Saúde

Prefeitura de BH prorroga estado de calamidade pública por 180 dias

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A prefeitura de Belo Horizonte prorrogou o estado de calamidade pública no município por mais 180 dias, em razão da pandemia de covid-19. O decreto, assinado pelo prefeito Alexandre Kalil, foi publicado hoje (19) no Diário Oficial do Município.

De acordo com a publicação, a medida foi necessária pois a estabilização da doença em patamares baixos e a tendência de queda percebida até outubro não se mantiveram. Além disso, os indicadores epidemiológicos e de capacidade assistencial têm aumentado significativamente e não há previsão de cobertura vacinal suficiente de forma a evitar risco epidemiológico e assistencial.

A decretação do estado de calamidade pública reduz burocracias para implementação de ações e dispensa o governo local de cumprir metas fiscais, além de facilitar acesso a recursos do governo federal.

“A diminuição de receitas se mantém em razão da queda de arrecadação de tributos e preços públicos e das medidas de auxílio aos setores diretamente afetados pelas restrições impostas para contenção do avanço da pandemia. Compete ao município zelar pela preservação do bem-estar da população e pela manutenção dos serviços públicos e das atividades socioeconômicas, bem como adotar imediatamente as medidas que se fizerem necessárias para, em regime de cooperação, combater situações emergenciais”, diz o decreto publicado neste sábado.

A prorrogação será ainda submetida à avaliação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Funcionamento do comércio

O Diário Oficial traz também o decreto de ampliação do horário de funcionamento do comércio em duas horas, inclusive aos sábados. A medida, de acordo com a prefeitura, visa “diluir a concentração de consumidores e aumentar o distanciamento social”.

“Isso não é porque a situação está boa, isso é uma medida técnica para evitar aglomerações. Que fique muito claro que essa abertura de horário é justamente ao contrário: é porque os números estão estáveis, mas elevados. Então que fique claro: isso não é para passear na rua, é para um não chegar perto do outro e ficar cada vez mais distantes”, afirmou Alexandre Kalil, em comunicado divulgado pela prefeitura.

Lojas de rua e as instaladas em galerias e centros de comércio poderão abrir de segunda-feira a sábado, entre as 9h e as 20h (a regra atual é das 10h às 19h nos dias da semana e, aos sábados, das 9h às 18h). Já os shoppings centers poderão funcionar de segunda a sábado, entre as 10h e as 21h (hoje, o horário permitido é entre as 12h e as 21h). Os novos horários passam a valer a partir deste sábado e não há prazo para serem revistos, ou seja, valem para além dos períodos natalino e de Ano-Novo.

De acordo com a prefeitura, continua em vigor a permissão para o funcionamento excepcional do comércio amanhã (20), domingo que antecede o Natal. Aos domingos, nos shoppings, é permitida apenas a retirada de produtos no estacionamento, em formato drive-thru, sem restrição de horário. “A decisão atende ao pedido dos lojistas da capital e auxiliará na distribuição dos consumidores em um momento de grande concentração de compras, bem como servirá para avaliar o comportamento após as festas de fim de ano”, informou o Executivo local.

Ainda não há autorização para realização de festas em salões, clubes e similares. “O risco de contágio ainda é elevado, e a pandemia está em aceleração no município, impactando significativamente no volume de internações de pacientes contaminados pelo novo coronavírus”, diz a prefeitura.

Edição: Valéria Aguiar

Fonte: EBC Saúde

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Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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