Ação Social
Em bate-papo, Gracinha Caiado destaca papel das ações sociais do Estado na emancipação das mulheres
Promovido pela FacUnicamps, evento Mulher À Frente! Liderança, Determinação e Impacto Social reúne profissionais de referência em diversas áreas para debater protagonismo feminino
O impacto positivo das mulheres na sociedade e as políticas públicas desenvolvidas pelo Estado com foco na emancipação delas foram destacados pela coordenadora do Goiás Social, primeira-dama Gracinha Caiado, durante o bate-papo “Mulher À Frente! Liderança, Determinação e Impacto Social”, na noite desta terça-feira (19/03). Promovido pela FacUnicamps, o evento reuniu profissionais de referência em diversas áreas para debater o protagonismo feminino nos mais variados cenários.
Ao ser convidada ao palco, a primeira-dama foi apresentada como a pessoa por trás do sucesso do Goiás Social, “pilar da atual gestão e reconhecido como a maior política socioassistencial da história do Estado”. Gracinha lembrou que o trabalho começou cinco anos atrás, quando se perguntava qual seria a função de uma primeira-dama. “Naquele momento, decidi que iria trabalhar para ajudar quem precisa. Um estado rico como Goiás não pode estar bem se tem uma região riquíssima e outra carente. Temos de cuidar de todos”, frisou.
“O que o povo espera de um governante é oportunidade, ferramentas para que possa romper o ciclo da pobreza. Só vale a pena se conseguirmos fazer mudanças, de fato, na vida das pessoas”, disse Gracinha. Neste contexto, a coordenadora do Goiás Social trouxe alguns números que comprovam a força do Goiás Social e a transformação que tem feito na vida das goianas. “A bolsa do ProBem, 81% dos beneficiários são mulheres. No Crédito Social, chegou a 92%, e elas mudam a renda da família”, exemplificou.
A primeira-dama frisou que todas as ações e programas sociais são trabalhados com foco, prazo estabelecido e pensados para que os beneficiários possam ter a sua independência financeira – seja por meio de ações de incentivo à profissionalização, capacitação e educação em geral, como também ao emprego. “Sempre digo que o trabalho é o melhor programa social que podemos oferecer.”
Violência doméstica
Outro tema prioritário da atual gestão, a defesa da autonomia feminina por meio do combate à violência contra a mulher foi abordado por Gracinha. “Temos que trabalhar todos juntos contra este cenário”, clamou. No âmbito do poder público, o Goiás Social desenvolve diversos programas que dão suporte às vítimas, como o Mães de Goiás, o Goiás Por Elas e o Aluguel Social.
A primeira-dama destacou o trabalho das forças de segurança, acompanhando medidas protetivas, e identificando os casos de violência doméstica. Ainda, a abertura de novas delegacias especializadas pelo estado e a criação da Sala Lilás, que oferece ambiente acolhedor às vítimas. Incentivou que elas procurem ajuda do Governo de Goiás. “Nossa missão é dizer: denuncie. Nós vamos fazer de tudo para que você seja protegida, arrume um emprego e possa trabalhar. Porque é isso que a mulher quer, independência, autonomia. Viver em paz com sua família.”
Gracinha explicou sobre o aplicativo Mulher Segura, que permite à cidadã goiana acesso direto aos serviços do Estado para comunicar casos de violência, acionar a Polícia Militar em situações de emergência e ter à mão a localização dos batalhões e das delegacias próximas. Lançado no ano passado, já registrou 11,1 mil downloads.
Gracinha dividiu palco com outras nove mulheres, empresárias, profissionais da área da saúde e da comunicação, além da desembargadora Juliana Prudente. Entre os temas debatidos, chamaram atenção: liderança, o papel feminino no mundo corporativo e as múltiplas funções da mulher. A reitora da FacUnicamps, Patrícia Mendonça, afirmou que o bate-papo “é um evento para inspirar, compartilhar experiências e ajudar mulheres”. Cerca de mil pessoas assistiram ao painel.
Fotos: Adalberto Ruchelle e Junior Guimarães / Secretaria de Estado da Comunicação – Governo de Goiás
Ação Social
No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome
Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.
Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.
PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.
A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.
“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.
Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS
Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.
A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.
SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.
NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.
BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.
MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.
PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.
ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017. O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.
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