Nacional

Animais para adoção procuram novas famílias em Brasília

Publicado

em


O início do ano é sempre um momento de renovação. Entre os planos para o ciclo que se inicia, pode estar a companhia de um novo amigo – ou, para muitos, um novo membro da família. Na gerência de Vigilância Ambiental, em Brasília, há 10 animais, entre cães e gatos, à espera de adoção. Os animais são dóceis e saudáveis, machos e fêmeas, sem raças definidas.

Isaías Silva Chianca, gerente de zoonoses da Diretoria de Vigilância Ambiental do Distrito Federal, conta que os animais são levados para a zoonoses por diversas razões, como agressões, maus-tratos, abandono ou por vínculo epidemiológico, quando há suspeita de oferecerem risco à saúde pública.

Alguns dos cachorros que estão disponíveis para adoção foram levados para lá por ordem judicial, há cerca de dois anos. “Os animais que estão aqui vieram em virtude de uma acumuladora de cães, que foi internada para tratamento de saúde. O juiz determinou que nós ficássemos com os animais. Nós os recebemos e eles foram encaminhados para adoção”, explica Chianca.

O gerente de zoonoses do DF ressalta que, quando os animais chegam à zoonoses, eles são examinados. É feita triagem, exame de leishmaniose e de raiva. Tendo resultado negativo, aplica-se a antirrábica, controle de vermes, carrapatos e pulgas e os animais são disponibilizados para adoção. Além disso, todos os bichos são castrados.

Conheça alguns dos bichinhos:

Gata Kiara está para adoção Gata Kiara está para adoção

A gatinha Kiara é a protagonista de uma história curiosa. Ela chegou em março de 2021 na Zoonoses. Fugiu, engravidou e teve os filhotinhos no capô de um dos carros da Vigilância Sanitária. Foi resgatada novamente e recebeu o tratamento necessário. Agora, os quatro filhotinhos de Kiara foram adotados e ela ficou.

Cachorro Vini está para adoção Cachorro Vini está para adoção

O cachorrinho Vini tem pelugem marrom, porte médio, e também está em busca de um dono que se dedique a mostrar carinho.

Por causa dos maltratos, Vini demonstra um comportamento retraído, mas que pode ser redefinido por alguém que lhe dê segurança e amor.

Gato Flanginha está para adoção Gato Flanginha está para adoção

Franjinha, por sua vez, também foi de uma pessoa acumuladora. É um gato adulto, amarelo, peludo e um pouco inseguro.

Gosta de tirar longos cochilos e, com um pouco de paciência e dedicação, logo se acostuma com o toque humano.

Como adotar

Chianca explica que os critérios da zoonoses para adoção são bastante objetivos. “A pessoa precisa ser maior de idade e ter comprovante de residência. Cumprindo esses critérios, ela vai assinar um termo de responsabilidade, no qual se conscientiza que precisa tratar bem esses animais e que, a partir daquele momento, passará a ser responsável pela guarda deles.”

Para levar um pet para casa, é necessário dirigir-se à Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), portando documento de identificação e levando coleira, no caso de adoção de cães, ou caixa de transporte, para gatos.

Bons cuidados

Quem pretende adotar um animal deve levar em conta que, se o bichinho vai dormir ou viver em ambiente externo, é importante que ele tenha uma área onde possa se refugiar do sol, da chuva, do vento, do calor e do frio.

O local de descanso, fora ou dentro da casa, deve ser confortável e limpo. Casas devem ser cercadas e protegidas para impedir a fuga do animal. Em apartamentos, as janelas devem ser teladas para evitar quedas, fugas e acidentes.

A Dival fica no Setor de Áreas Isoladas Norte (Sain), lote 4, Estrada do Contorno Bosque, Noroeste. O horário de visitação é das 10h às 15h, de segunda a sexta-feira.

Ouça na Radioagência Nacional

Aplicativo ajuda animais de estimação a encontrar novos donos

São Paulo

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e da Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico (Cosap), informou à Agência Brasil que, atualmente, tem 307 animais disponíveis para adoção: 166 cães, 116 gatos, 8 cavalos, 2 porcos e 15 coelhos. Dentre estes, 50 são considerados idosos.

É possível conhecer e acessar a história de cada um dos animais online.

Todos os animais são castrados, vacinados, vermifugados, identificados por microchip e possuem Registro Geral do Animal (RGA), conforme Lei Municipal nº13.131/01.

Para a adoção dos animais é necessário apresentar a documentação do tutor (RG e CPF), além de comprovante de residência recente (dos últimos três meses) e o pagamento de taxa pública de R$ 29,30.

O processo de adoção prevê entrevista para avaliação do perfil do interessado e pode incluir vistoria prévia no imóvel. Também está previsto o acompanhamento posterior à adoção.

O Centro Municipal de Adoção de Cães e Gatos está localizado na Rua Santa Eulália, 86, Santana. O horário de atendimento para adoções é das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira, e das 9h às 15h, aos sábados. Informações adicionais podem ser obtidas pelo número (11) 2974-7892.

Um lar também para os idosos

O cartão Cuida Bem Idoso é um Programa de incentivo à adoção de cães e gatos idosos que estão alojados no Centro Municipal de Adoção, em São Paulo. Boa parte dos animais são portadores de doenças crônicas e todos com uma bagagem triste de abandono e maus tratos. São considerados idosos cães e gatos com idade a partir de oito anos.

Quem adotar um cão ou gato idoso no Centro Municipal de Adoção receberá o cartão Cuida Bem Idoso que permitirá atendimento prioritário e vitalício desse animal em qualquer uma das unidades dos Hospitais Veterinários Públicos da capital.

Direitos animais

Apesar de considerados crimes, a violência física e o abandono de animais domésticos ainda são praticados em grandes proporções. É disso que trata o episódio Sobre animais e direitos, do programa Caminhos da Reportagem.

Saiba mais no Caminhos da Reportagem:

Edição: Pedro Ivo de Oliveira

Fonte: EBC Geral

Comentários do Facebook

Ação Social

No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

Publicados

em

Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA