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Governo de Goiás assina contratos para 1.782 novas casas a custo zero

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Foram lançadas ainda soluções tecnológicas para melhorar o acompanhamento de obras do programa Pra Ter Onde Morar – Construção e ampliar atendimento à população

O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Habitação (Agehab) e da Secretaria de Estado da Infraestrutura, apresentou, em solenidade no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, nesta quarta-feira (10/04), três novidades para a política habitacional do Estado. Uma delas é a implantação da sala de situação que passa a monitorar em tempo real o andamento das obras em todos os municípios. Outra novidade é a atendente virtual Marilar, que auxiliará beneficiários e candidatos a benefícios executados pela Agência, pelo aplicativo WhatsApp. Já para a construção de casas a custo zero, a cerimônia formalizou a contratação de 1.782 novas unidades em 42 municípios goianos. Participaram da cerimônia o vice-governador Daniel Vilela, o secretário estadual da Infraestrutura, Pedro Sales, e o presidente da Agehab, Alexandre Baldy, entre outras autoridades.

De acordo com Baldy, as novidades se alinham com a determinação do governador Ronaldo Caiado de ampliar e facilitar o acesso às políticas de habitação de interesse social de Goiás. “Tanto o governador como a primeira-dama, Gracinha Caiado, fizeram do atendimento social no Estado uma prioridade na meta de trazer melhoria para a vida dos goianos, especialmente para a parcela da população que mais precisa”, afirma Baldy.

Para o secretário Pedro Sales, isso se reflete na implantação de novos processos, como os lançados agora. “Todos os esforços da equipe da Agehab estão focados nesses objetivos”, completa. As duas ferramentas tecnológicas implementadas vão por esse caminho. A sala de situação para acompanhamento das obras, instalada na Diretoria Técnica da Agehab, agora acompanha em tempo real os novos canteiros de obras. Já no processo de contratação ficará determinada instalação de câmeras nos espaços de trabalho das construtoras, otimizando o trabalho de fiscalização.

No caso da atendente virtual Marilar, a Agência desenvolveu uma ferramenta de inteligência artificial que vai agilizar atendimento dos beneficiários. Além dos canais telefônicos, redes sociais e presencial, eles também poderão tirar suas dúvidas via WhatsApp. “Notamos que cerca de 90% das dúvidas ou solicitações de informações dos nossos beneficiários são sempre as mesmas e então implementamos mais esta ferramenta de comunicação que vai funcionar 24 horas por dia, todos os dias da semana. A própria tecnologia interage com o beneficiário e oferece as respostas mais usuais”, reitera o presidente da Agehab. Isso não interromperá, porém, a atuação de atendentes humanos em situações com demandas mais específicas.

Mais casas
Já as 1.782 novas moradias a custo zero, cujos contratos foram assinados durante a solenidade, representarão mais de R$ 315,5 milhões de investimentos provenientes do Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás (Protege) injetados na economia goiana. Para o Crédito Parceria, que entra em contrapartida à construção dessas unidades a custo zero, o valor é de R$ 153,1 milhões, provenientes da outorga de crédito, que resultarão em subsídios para 3.393 unidades habitacionais.

O vice-governador Daniel Vilela ressalta que o programa Pra Ter Onde Morar tornou-se referência no Brasil como o único que tem apresentado índices tão completos e em larga escala. “Somente Goiás faz hoje um programa com casas a custo zero, além de subsidiar os programas federais com o maior valor entre todos os estados do Brasil”, completa Daniel.

Com os acréscimos, o programa Pra Ter Onde Morar – Construção/Casas a Custo Zero terá um crescimento de 10,77%, expandindo de 130 para 144 municípios goianos. Além disso, houve um aumento de aproximadamente 22% na quantidade de unidades habitacionais contratadas. Segundo o vice-governador, os resultados demonstram o contínuo comprometimento do Governo de Goiás em proporcionar moradias dignas e acessíveis à população.

Foto: Pedro Nogueira / Agência Goiana de Habitação – Secretaria de Estado da Infraestrutura – Governo de Goiás

 

 

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No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

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Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

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