Distrito Federal

Oficina virtual de dança ajuda a combater o estresse

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Carol Barreiro, dançarina, artista, produtora cultural, professora de dança contemporânea e de artes marciais | Foto: Divulgação/Secec

A oficina O mecanismo do tremor na dança, virtual e gratuita, pretende combater o estresse em oito encontros durante o mês de abril. Com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) Ocupação no valor de R$ 76,4 mil, a iniciativa foi realizada em 2019 no Centro de Dança, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec), gerando 18 empregos diretos e 25 indiretos.

O tremor do corpo (natural, dito neurogênico) como resposta automática diante do estresse, da tensão e do medo – um gatilho para reações de luta, fuga ou congelamento em humanos e animais– é utilizado pela artista da dança da cena brasiliense Daniela Braga no enfrentamento a estados de ansiedade, depressão e transtornos de humor, sofrimentos que se exacerbaram durante a pandemia da Covid-19.

A oficina, com 90 participantes, está com inscrições encerradas. O encerramento, contudo, será gratuito e aberto ao público, previsto para o dia 30 de abril, com uma sessão de improvisação (jam).

Inspiração e expiração

A oficina é fruto de pesquisa de mestrado que Daniela fez em Londres (Inglaterra), entre 2016 e 2018, em Prática Criativa em Dança (Somática e Performance), no Conservatório Trinity Laban. Ela explica que traumas e estresse produzem uma desconexão entre corpo e mente, com impactos negativos sobre coordenação motora, resiliência, cognição e equilíbrio emocional.

Essa desintegração do eu ou self – dependendo da abordagem psicológica – pode ser revertida com princípios somáticos, vale dizer, com movimentos criativos. “Sacudir o corpo, tremer, pode devolver o sistema físico ao seu estado de equilíbrio (homeostase), favorecendo o engajamento social”, resume a pesquisadora.

A dançarina, artista, produtora cultural, professora de dança contemporânea e de artes marciais Carol Barreiro é a idealizadora do projeto Dança Marcial – encontros entre improvisação e marcialidade, que abrange a oficina de Daniela. A bacharel e mestra em Artes Cênicas pela UnB integra desde 2016, junto com Janaína Mello, o duo de produtoras independentes do DF Ninja Loka Produção.

“Para o projeto, é muito interessante esse recorte”, diz Carol. Ela explica que, ainda que Daniela não esteja no foco da empreitada – entre dança, luta e improvisação –, ela tem muito a contribuir com o conceito de dança marcial. “Ela pode dar ferramentas para artistas marciais e dançarinos sobre esses mecanismos para restabelecer as condições de entrar em cena ou em uma luta depois de uma situação de estresse”, reforça.

Não é um processo terapêutico e sim somático, usando a prática de movimentos criativos para aliviar a tensão que estamos vivendoDaniela Braga, artista de dança

Três perguntas para Daniela Braga

Quais os antecedentes históricos para sua pesquisa?

Se você procurar no Google, verá que pandemias como a da Peste Negra, no século 14, na Europa, foram acompanhadas de um fenômeno inexplicável, o de danças coletivas (“macabre dance”), em que as pessoas, em grupos que chegavam às centenas, dançavam nas ruas até a exaustão. [A hipótese é de que tentavam recuperar o equilíbrio frente às mortes em massa que estavam vivenciando e não eram capazes de explicar].

Trabalhar com o tremor do corpo pretende alcançar o quê?

Pretende transformar essa resposta biológica natural, o tremor depois do estresse e do trauma, num princípio somático que acarrete aumento do bem-estar, da autorregulação, de retorno ao equilíbrio físico e mental.

É como uma terapia?

Mas não é um processo terapêutico e sim somático, usando a prática de movimentos criativos para aliviar a tensão que estamos vivendo.

Serviço:

Evento: O mecanismo do tremor na dança

Oficina virtual e gratuita

8 encontros pela plataforma Zoom

Período: 6 a 29 abril

Terças e quintas, das 17h às 19h

Informações: (61) 99166-3900 – Carol Barreiro

*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

Fonte: Governo DF

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Distrito Federal

Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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