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Niterói abre hoje a série Cidades na Década do Oceano

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A preservação do oceano é o tema central da exposição gratuita Niterói na Década do Oceano, que será aberta ao público a partir de hoje (9), às 10h, no Caminho Niemeyer. Promovida pela prefeitura de Niterói e pela Secretaria Municipal das Culturas, a mostra faz parte do projeto Cidades na Década do Oceano, que integra a agenda global da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, coordenada pela Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A classificação é livre.

A exposição ficará na cúpula do Caminho Niemeyer, até 9 de outubro, devendo seguir, no início de 2023, para o Museu de Arte Contemporânea (MAC), também em Niterói, e para o Rio de Janeiro, em local que ainda está sendo definido. Hoje (8), ocorre a abertura para autoridades, parceiros e colaboradores. O Caminho Niemeyer está localizado na Rua Jornalista Rogério Coelho Neto, sem número, região central de Niterói. A mostra ficará franqueada à visitação de terça a sexta-feira, das 10h às 19h, e aos sábados e domingos, das 9h às 17h.

“Começamos a construir esse projeto a partir da cultura e está estreando em Niterói”, disse o diretor de produção do projeto, Victor Grimoni. Acrescentou que embora tenha nascido como projeto cultural e não ambiental, conseguiu unir várias frentes: social, ambiental, educação, economia. E esse projeto não podia ser diferente”. Grimoni explicou que Niterói foi escolhida para abrir a série por sua vocação natural e seu envolvimento com os mares, os corais, os oceanos. Já existe um grupo de trabalho da Década dos Oceanos em Niterói, boa parte da produção está na cidade e a diretora artística do projeto, Cris Duarte, é niteroiense e tem várias obras na exposição. “Ela tem raiz na cidade”. O projeto tem patrocínio da Lei Municipal de Cultura, a Lei do ISS, e ganhou novos parceiros.

Centro cultural

O Caminho Niemeyer também aderiu ao projeto. A presidente do Grupo Executivo do Caminho Niemeyer, Bárbara Siqueira, lembrou que esta é a segunda vez que a cúpula receberá uma exposição. E reforçou que o espaço está de portas abertas para as artes. “O Caminho Niemeyer é um espaço público, localizado no centro da cidade, e tem como principal objetivo atrair não só os niteroienses, como também os turistas, levando entretenimento, cultura e lazer para todos”, disse. Victor Grimoni afirmou também que o Caminho está usando a exposição, no melhor dos sentidos, para promover sua imagem como centro cultural, um espaço museológico”.

A programação é dividida em cinco frentes: a exposição de quadros da série Mares e Corais, com 37 pinturas da artista visual niteroiense Cris Duarte, e artes digitais; área imersiva com projeções de imagens e sons do oceano; instalação de esculturas feitas com materiais recicláveis; apresentação de performance artística de dança contemporânea, onde artistas transmitem a experiência oceânica da exposição por meio de seus corpos, nos fins de semana, a partir das 16h; e uma extensa agenda de palestras e oficinas sobre ciência oceânica. A programação pode ser acessada aqui .

Fins de semana

Victor Grimoni informou que são várias as atividades oferecidas ao público infantojuvenil e adulto nos fins de semana, das 9h às 17h, além da exposição, como a mini e a meia-maratona. A programação é variada. Os dias 10 e 11 próximos, por exemplo, serão dedicados às crianças, os Jovens Marujos, com contação de histórias e tendas interativas, entre outras atrações.

O fim de semana seguinte é denominado Repensando o lixo e procura mostrar como tornar o cotidiano mais sustentável. Nos dias 24 e 25 de setembro, serão comemorados os 30 anos do Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Maqua-Uerj), com destaque para a Vida Marinha.

No sábado seguinte (1º/10), véspera do primeiro turno das eleições, o foco será o Cinema do Mar, com exibição de vários filmes, no auditório. O último fim de semana, nos dias 8 e 9 de outubro, será dedicado às Soluções Pro Oceano que Queremos, com mesas redondas envolvendo especialistas das secretarias do Meio Ambiente e do Clima, da Companhia de Limpeza Urbana de Niterói. Todo o material será gravado e disponibilizado no You tube para quem não puder comparecer.

Conscientização

Cris Duarte acredita que a arte assume importante papel nesse projeto, como um dos canais para transmitir ideias e informações e despertar no público a conscientização sobre a questão da preservação dos oceanos. Em suas obras, a artista explora temas como praia, mar revolto, céu, recife de corais, reflexo da água e veleiro em alto-mar.

“A ideia é que as pinturas gerem no público um sentimento de amor pelos oceanos. Quero usar a arte para chamar a atenção para este tema maior, que é a sustentabilidade, e que envolve ciência, política, tecnologia e ações governamentais”, disse Cris. 

Edição: Graça Adjuto

Fonte: EBC Geral

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Ação Social

No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

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Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

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