Meio Ambiente

G20 Brasil anuncia as 13 cidades-sede das reuniões temáticas do G20

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Cúpula dos chefes de Estado e de Governo será em novembro de 2024, no Rio de Janeiro

O Brasil anunciou as 13 cidades-sede que irão receber as reuniões dos grupos de trabalho do G20: Brasília (DF), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Foz de Iguaçu (PR), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Salvador (BA), São Luís (MA) e Teresina (PI).

As primeiras reuniões estão programadas para dezembro, em Brasília, no Palácio do Itamaraty. Entre os  dias 11 e 15 ocorrem os encontros das Trilhas de Sherpas — que supervisiona as negociações e discute os pontos que formam a agenda da cúpula, e de Finanças — que trata de assuntos macroeconômicos. No dia 13, pela primeira vez na história, as Trilhas de Sherpas e de Finanças estarão em uma reunião conjunta no início dos trabalhos do G20, e não no fim, como acontecia em cúpulas anteriores. A integração entre as esferas políticas e financeiras será um desafio central durante esses encontros.

ACESSÍVEL – A descentralização das atividades é uma inovação desta edição, transformando o G20 em um fórum mais acessível e representativo. A realização das reuniões nas cidades-sede espalhadas pelas cinco regiões é uma estratégia para fomentar o turismo e o intercâmbio cultural e fortalecer relações bilaterais entre as cidades e as nações participantes. O secretário de Relações Internacionais do Governo do Distrito Federal e coordenador do G20 Brasília, Paco Britto, diz que o impacto econômico, de forma direta e indireta, será positivo na Capital Federal.

Segundo ele, as redes de hotéis da cidade contam com mais de 500 vagas disponíveis, nos meses de janeiro e fevereiro, para receber os visitantes. “Historicamente o período do início do ano é considerado de baixa temporada no Distrito Federal, mas com os eventos do G20 a cidade estará movimentada. Estamos colaborando com a Presidência brasileira para mostrar uma boa imagem de Brasília e do Brasil. Nos preparamos para receber as pessoas, e vamos fazer o possível e o impossível para que isso aconteça da melhor forma”, salienta.

Paco Britto acredita que a visibilidade do Brasil na liderança do G20 vai despertar interesse de investidores. Ele avalia que as reuniões do G20 não apenas destacam a relevância do país no cenário global, mas oferecem uma oportunidade valiosa para abordar questões específicas de cada região. “Brasília, em especial, vai ganhar muito a longo prazo. Temos capacidade para receber investimentos e oferecemos rentabilidade e segurança jurídica”.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas, Serafim Corrêa, diz que a cidade de Manaus tem uma tradição de sediar eventos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas, em 2016. Ele avalia que a escolha da cidade para receber reuniões do G20 mostra a relevância da Amazônia para o mundo, e que isso tem efeito imediato no número considerável de pessoas que estarão em Manaus.

“As economias mais importantes do mundo estarão em Manaus e terão a oportunidade de conhecer o nosso modelo econômico. Também vão trazer os olhos do mundo para ver a Amazônia de outra maneira. A outra oportunidade que nos parece bem relevante é a discussão de assuntos que interessam a Amazônia nessas oportunidades que teremos”, observa.

REUNIÕES MINISTERIAIS – Nos dias 21 e 22 de fevereiro de 2024 será realizada a primeira reunião ministerial da Trilha de Sherpas, no Rio de Janeiro. O encontro presencial estará sob a coordenação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Ainda em fevereiro, nos dias 28 e 29, é a vez de São Paulo sediar a reunião ministerial da Trilha de Finanças. Também de forma presencial, o evento terá a coordenação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Neste evento, a capital paulista vai receber ministros de finanças e presidentes de bancos centrais das maiores economias do mundo.

Os eventos programados incentivam a participação de líderes e populações locais, empresas e organizações, e representam um passo significativo na descentralização da diplomacia global e contribuem para soluções mais equitativas e sustentáveis sobre uma base de diversidade e entendimento mútuo. O G20 no Brasil em 2024 não é apenas um evento, mas uma oportunidade de redefinir as relações internacionais em um contexto mais inclusivo e participativo.

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Meio Ambiente

Caiado destaca queda de 18% no desmatamento em Goiás e prevê meta zero até 2030

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Dados foram passados durante encontro de ministros com governadores em Brasília para discutir ações de proteção do Cerrado

O governador Ronaldo Caiado participou de reunião com o Governo Federal nesta quarta-feira (27/03), em Brasília, para discutir maneiras de reduzir o desmatamento no Cerrado brasileiro. Na oportunidade, Caiado apresentou dados que mostram queda de 18% no desmatamento no ano de 2023 no estado, no comparativo com 2022. Ele também reiterou o compromisso do Governo de Goiás de zerar o desmatamento ilegal até 2030.

Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados em 28 de novembro do ano passado, constatam que Goiás liderou o percentual de queda na supressão de vegetação nativa entre todos os estados que possuem o bioma Cerrado. Com exceção de Mato Grosso (-17%), Minas Gerais (-12%) e Piauí (-5%), todas as outras unidades da federação registraram crescimento nos índices de desmatamento.

“Hoje, Goiás é um exemplo. Nós tivemos uma queda no desmatamento e estamos dentro dos parâmetros de exigência de primeiro mundo”, explicou Caiado ao citar que o estado realiza avaliação de toda a área que está sendo desmatada ilegalmente e exige a recomposição da vegetação suprimida sem autorização. “Além disso, fomos os primeiros no Brasil a fazer um acordo chamado Desmatamento Ilegal Zero em Goiás”, disse ao relembrar o pacto assinado com o setor produtivo em que se comprometeram a unir esforços para acabar com o desflorestamento até o 2030.

Situação preocupante
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que participou do encontro, destacou que a pasta está buscando soluções para combater a supressão ilegal no Cerrado assim como já está sendo feito na Amazônia. “Estamos conseguindo reduzir o desmatamento em mais de 50% na Amazônia, mas, infelizmente, a situação do Cerrado é preocupante. Por isso é fundamental a participação dos governos estaduais nesse processo”, pontuou, enfatizando que é possível fazer com que o desmatamento caia sem prejudicar os interesses econômicos, sociais e ambientais dos estados.

O chefe do Executivo estadual expressou preocupação com o Cadastro Ambiental Rural (CAR), sistema do governo federal responsável pelo cadastro de todos os imóveis rurais do país, que reúne informações ambientais das propriedades referentes às vegetações nativas, possibilitando o monitoramento do desmatamento no país. De acordo com Caiado, as informações dos imóveis goianos não chegam ao governo, inviabilizando a tomada de ações de prevenção.

A secretária estadual de Meio Ambiente de Goiás, Andrea Vulcanis, revelou que o estado está encerrando uma licitação para a contratação de um sistema próprio de cadastro ambiental rural, que será responsável pela análise dos dados estaduais. “Vamos conseguir manter as propriedades rurais absolutamente regularizadas perante a legislação brasileira”, explicou.

A reunião em Brasília foi presidida pelo Ministro da Casa Civil, Rui Costa, em parceria com os ministros do Meio Ambiente, Marina Silva; do Planejamento, Simone Tebet; e da Agricultura, Carlos Fávaro. Participaram também representantes do Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Bahia, Maranhão, Minas Gerais e Tocantins.

Fotos: Romullo Carvalho / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

 

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