Política
Karlos Cabral contesta exclusão de servidores do Executivo do reajuste de data-base
O deputado Karlos Cabral (PDT) subiu à tribuna durante a Ordem do Dia para contestar dispositivos inscritos no projeto nº 0977/22, os quais excluem algumas categorias do reajuste da data-base previsto para os servidores do Poder Executivo. Segundo observou o parlamentar, a revisão geral de 10,16% proposta pela Governadoria, não se aplicará aos funcionários de entidades paraestatais de Goiás nem ao pessoal do magistério.
As restrições citadas por Cabral estão listadas no artigo 3º da matéria, que passa, agora, pela primeira fase de votação. Como a possibilidade de emenda prejudicaria a inclusão das demais categorias beneficiárias na folha de pagamento deste mês, o parlamentar fez um apelo ao governo de Ronaldo Caiado (UB) para que acate projeto de sua autoria que versa sobre o tema e propõe pagamento retroativo da data-base para servidores públicos em Goiás. O pedetista afirma que, desta forma, aqueles servidores que ficarem excluídos do projeto da Governadoria teriam a chance de acesso ao benefício, que lhes é de direito.
O parlamentar também esclareceu que a aprovação do reajuste do piso para os profissionais do magistério, que foi validado em primeira fase, no início da sessão, não se trata de aumento, mas, sim, de adequação a uma garantia legal. “Não é ganho a mais além da perda inflacionária, mas apenas a lei estadual do piso”, dissertou.
Cabral defendeu, por fim, que a saída apresentada ao Governo estadual, para que acate o projeto sobre a data-base de sua autoria não irá ferir o Regime de Recuperação Fiscal de Goiás. “Isso, inclusive, é algo que já está sendo feito pelo Estado do Rio de Janeiro que também está em RRF”, observou.
Política
“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças
Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população
No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).
O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.
Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.
“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.
Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.
Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.
Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.
Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás
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