Economia

Infraestrutura receberá recursos de Santa Catarina para obras viárias

Publicado

em


O Ministério da Infraestrutura e o governo de Santa Catarina assinaram, nesta quarta-feira (15), acordo de cooperação técnica para acelerar obras de duplicação na BR-470 e em mais três rodovias federais que cortam o estado.

Pelo acordo, o governo estadual repassará ao governo federal, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), R$ 465 milhões para aplicação nas quatro rodovias. A transferência recebeu aval da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc).

Os recursos serão assim distribuídos: a BR-470 receberá R$ 300 milhões; a BR-163, R$ 100 milhões; a BR-280, R$ 50 milhões; e a BR-285, R$ 15 milhões.

O Dnit será responsável pelo acompanhamento, pela orientação, fiscalização e pelo apoio técnico à execução das obras. Uma parte dos recursos será transferida ainda neste ano, e as outras parcelas serão pagas até meados do ano que vem.

“É uma parceria importante, que vem nos socorrer no momento de necessidade, que vai dar fôlego para a obra, e que representa o esforço e a união de muitos atores”, afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas. “Temos enfrentado o pior momento de nossa história, de todos os tempos, em termos de orçamento. O ministério, que já teve aí R$ 21 bilhões por ano para investir, hoje tem R$ 6,5 bilhões”, acrescentou.

Para o governador catarinense, Carlos Moisés, que participou da cerimônia de assinatura do acordo em Brasília, independentemente da origem dos recursos, é preciso atender o interesse da população. “O governo faz esse movimento por entender que as pessoas que vivem nas cidades não querem saber se a rodovia é municipal, estadual, federal, se o recurso é do governo federal, do estado ou do município”, afirmou.

Principal obra prevista no acordo, a duplicação da BR-470 é uma demanda antiga dos empresários catarinenses. A rodovia liga cidades como Itajaí, Blumenau, Rio do Sul, Curitibanos e Campos Novos, conectando as regiões do Planalto e do Oeste do estado ao litoral. Trata-se da via de ligação dos polos econômicos mais importantes do estado com o Porto de Itajaí, que é o segundo maior do país em movimentação de contêineres, e responsável pela exportação de quase toda a produção de Santa Catarina.

Edição: Nádia Franco

Comentários do Facebook
Continue lendo
Propaganda
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

BNDES volta a reduzir juros de linha para exportações brasileiras e torna melhorias permanentes

Publicados

em

Medida do Plano mais Produção do BNDES amplia a competitividade da indústria nacional no mercado externo, principalmente das empresas de micro, pequeno e médio porte. Novas condições passam a ser permanentes para a linha Exim Pré-Embarque, após os resultados obtidos com as reduções temporárias em 2023 e no início de 2024.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) promoveu nova redução de juros no BNDES Exim Pré-Embarque, linha de crédito que financia a produção de bens nacionais voltados à exportação. As melhorias no produto também passam a ser permanentes, já que deixam de existir duas limitações: um orçamento restrito a R$ 2 bilhões para operações com os juros mais baixos e teto de R$ 150 milhões em financiamentos ao ano por cliente.

No caso das micro, pequenas e médias empresas, o spread (remuneração que o cliente paga ao BNDES ao obter um financiamento) de 0,5% ao ano passa a ser fixo. Essa taxa vigorou durante curto período no início deste ano, mas, fora das condições especiais que agora se tornam perenes, essa remuneração do BNDES poderia chegar a até 1,30% a.a.

No caso das grandes empresas, a nova remuneração do Banco fica limitada a 0,8% ao ano, se o financiamento for para exportação de bens de capital (produtos industrializados de maior valor agregado), ou 1,05% a.a., se o produto a ser exportado for bens de consumo. Nas antigas condições do BNDES Exim Pré-Embarque, essas taxas eram de, respectivamente, 1,05% a.a. e R$ 1,30% a.a.

“Mais de 90% do mercado mundial está fora do Brasil, por isso, baratear o custo do financiamento das exportações de empresas brasileiras é fundamental para que a indústria tenha condições de ampliar mercados, ganhar escala e ser mais competitiva. E o resultado é todo em benefício do país, com geração de emprego e de renda, objetivos centrais do governo do presidente Lula”, Aloizio Mercadante.

Mais de 90% do mercado mundial está fora do Brasil, por isso, baratear o custo do financiamento das exportações de empresas brasileiras é fundamental para que a indústria tenha condições de ampliar mercados, ganhar escala e ser mais competitiva. E o resultado é todo em benefício do país, com geração de emprego e de renda, objetivos centrais do governo do presidente Lula” Aloizio Mercadante, presidente do BNDES

O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do Banco, José Luis Gordon, ressaltou ainda que “a ampliação do apoio à exportação é um dos objetivos que compõem a Estratégia de Longo Prazo do BNDES e que a redução do spread nas linhas de pré-embarque compõe um dos eixos do Programa Nova Indústria Brasil, do Governo Federal”.

As novas condições são válidas tanto para operações diretas (realizadas pelo cliente diretamente com o BNDES e que precisam ter um valor mínimo de R$ 20 milhões) quanto para as chamadas operações indiretas (aquelas que não possuem valor mínimo e que são realizadas por meio de um agente financeiro intermediário, a exemplo de bancos comerciais ou de montadoras).

CUSTO FINANCEIRO — Além dos novos spreads do BNDES, o custo financeiro total das operações do produto BNDES Exim Pré-Embarque é composto do custo financeiro (que pode ser TLP, Selic, ou SOFR, por exemplo) mais o spread de risco. No caso das operações indiretas, o spread de risco é substituído por uma taxa de 0,15% ao ano. Para esses casos, há também a remuneração do agente financeiro que é negociada diretamente entre esse e o exportador.

Em termos históricos, o BNDES Exim Pré-embarque já atendeu a mais de 1.500 empresas exportadoras brasileiras, tendo desembolsado mais de US$ 60 bilhões no período. Utilizado pelos produtores nacionais como forma de reduzir o custo de capital de giro para produção, a linha aumenta a competitividade das empresas brasileiras no mercado internacional e é o produto voltado à exportação mais acessado do Banco, tanto em valor desembolsado quanto em número de companhias nacionais apoiadas.

Além da pulverização dos recursos entre mais empresas, o BNDES Exim Pré-embarque também contribui para desenvolver a cadeia produtiva nacional, uma vez que o financiamento fornecido pelo BNDES exige um conteúdo nacional mínimo nos bens a serem comercializados no exterior.

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA