Minas Gerais

Emater-MG testa cultivares de mandioca em diferentes regiões do estado

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Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e a Embrapa Cerrados fizeram parceria para estudar diversas cultivares de mandioca, desenvolvidas pela empresa federal de pesquisa agropecuária. Foram implantadas 60 unidades de avaliação, em diversos municípios mineiros. São 30 para o estudo das chamadas cultivares de mesa, próprias para o consumo in natura, e outras 30 destinadas ao uso industrial. 

As manivas (caules), doadas pela Embrapa, foram plantadas nas propriedades de agricultores parceiros, lado a lado com as lavouras tradicionais. As regiões escolhidas em Minas: Noroeste, Central, Norte, Mucuri, Sul e Zona da Mata.

“Será aplicado o método de pesquisa participativa. São verificadas diversas variáveis agronômicas, como desenvolvimento das plantas, resistência a pragas, doenças e produtividade. No caso de mandioca de mesa, depois são avaliadas as raízes, o ponto de cozimento, a presença de fibras e outras características, do ponto de vista nutricional e de aceitação pelos consumidores”, explica coordenador estadual de Olericultura da Emater-MG, Georgeton Silveira.

Vantagens

Para os produtores que cederam parte de suas propriedades para a pesquisa, a vantagem é que poderão contar com material genético de qualidade comprovada, e ainda poderão saber quais as cultivares mais adaptadas para sua região, obtendo assim uniformidade na produção.

O engenheiro agrônomo da Emater-MG destaca, ainda, a importância de se desenvolver cultivares fortificadas de mandioca, em especial para consumo de grupos específicos, como na alimentação escolar.

“Esse trabalho é essencial em programas de aquisição de alimentos para uso institucional, como o Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar). O betacaroteno, presente nas mandiocas de polpa amarela, é precursor da vitamina A no organismo humano. Vai ser uma forma de melhorar a nutrição dos alunos, com um alimento já amplamente utilizado, tanto na forma natural, como em bolos, biscoitos, pão de queijo”, afirma Georgeton Silveira.

Preferências

Outra etapa importante da pesquisa é a aceitação junto ao mercado. Afinal, as raízes dessas cultivares têm aspecto um pouco diferente das tradicionais. No mercado mineiro, por exemplo, a preferência dos consumidores é pelas raízes de polpa branca. As cultivares de mesa a serem avaliadas são: BRS 396, BRS 397, BRS 398, BRS 399, BRS 429, todas com polpa amarela, ricas em betacaroteno, e as BRS 400 e BRS 401, ambas de polpa rosada, ricas em licopeno.

O plantio das novas cultivares foi feito em novembro de 2020, e o tempo estimado para os primeiros resultados é de um ano para as cultivares de mesa, e de 18 meses para as de indústria, que demoram mais a serem colhidas, para melhor desenvolvimento do amido.

Industrial

Os estudos sobre as cultivares próprias para a indústria são conduzidos pelo engenheiro agrônomo Sérgio Brás Regina, coordenador estadual de Culturas da Emater-MG. Foram plantadas as cultivares BRS 417, 418, 419 e 420, também desenvolvidas pela Embrapa. Neste caso, se avalia também o rendimento de amido das raízes para produção de farinha, fécula (polvilho) de mandioca, produtos usados na fabricação de vários derivados. Ele acrescenta que a pesquisa tem ainda uma outra vertente, a de avaliação das propriedades das partes aéreas da mandioca, em termos nutricionais, para ajudar na alimentação de gado.

“No caso das mandiocas de indústria teremos uma poda intermediária. Técnicos da Emater-MG vão avaliar as características nutritivas das ramas para a alimentação animal. Metade das manivas obtidas nesta primeira poda serão doadas aos produtores parceiros. O restante vamos distribuir para outros municípios, que não foram incluídos inicialmente no estudo. Essas unidades experimentais podem se multiplicar em até cinco vezes”, afirma Sérgio Regina.

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Minas Gerais

Alunos voltam às aulas presenciais em 85 escolas de Minas Gerais

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Nesta segunda-feira (21/6), 85 escolas em 16 municípios retomaram as atividades presenciais no modelo híbrido desenvolvido pela Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG). A semana marca importante passo nas atividades da rede estadual, após quase um ano e meio de ensino remoto.

Com toda segurança e cuidado com a comunidade escolar, foram aplicados os protocolos sanitários, definidos pelo Comitê Extraordinário Covid-19 e Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), e implementado um checklist nas unidades de ensino para garantir que todos estejam e se sintam seguros neste momento.

A retomada está sendo feita, nesta semana, em escolas de municípios localizados nas ondas amarela e/ou verde do Plano Minas Consciente, e nos quais as prefeituras não apresentaram nenhuma restrição.

Além disso, a participação dos estudantes nas atividades presenciais é facultativa às famílias. Nos casos em que os pais ou responsáveis optarem por não liberar o aluno para o ensino presencial, será mantido o regime totalmente remoto, para garantir a continuidade dos estudos. O estudante que optar por permanecer com suas atividades de forma remota, continuará desenvolvendo suas atividades sem prejuízos.

Alegria pelo retorno

Na Escola Estadual Eleonora Nunes Pereira, em Itabira, a manhã foi de recepção aos alunos e comemoração pelo reencontro. Juliana Luciana Santos, mãe do aluno Davi Emmanuel Santos, destaca o acolhimento e segurança do cumprimento dos protocolos para confiar seu filho à escola. “É uma satisfação imensa ver o sorriso no rosto do meu filho, de estar de volta à escola. Conhecer os novos amigos, a professora, a escola de forma geral”, destaca.

Ainda de acordo com Juliana, perceber o trabalho para deixar o ambiente seguro a deixou tranquila. “Pude perceber os cuidados, a segurança que a escola está nos fornecendo e eu me senti muito feliz com esse cuidado com o público. Não só com as crianças; a gente pode notar, eles passam essa segurança pra gente e pudemos ver isso”, pontua.
 

SEE / Reprodução

Empolgada, a diretora da unidade de ensino, Rosilene Simone de Carvalho, recepcionou pais e alunos na entrada da escola. Emocionada com o momento, ela faz um chamado para quem ainda não pôde voltar às aulas. “Estamos preparados para receber a comunidade escolar como um todo e ter nossos alunos de volta. Portões estão abertos esperando todos os estudantes”, ressalta.  

Segurança dos protocolos

Em Morro do Pilar, a felicidade em poder voltar ao convívio escolar não foi diferente. Na porta da Escola Estadual Cardeal Mota, os alunos foram recebidos com muita alegria e, desde o momento da chegada, já começaram a ter contato com os protocolos estabelecidos para a segurança sanitária. 

A vida voltando aos corredores e salas de aula das escolas, com a presença dos alunos, é muito importante, mas ainda não foi possível em todos os municípios e regiões de Minas. Todo o processo de retomada está sendo feito de forma planejada, segura e gradual, respeitando os protocolos sanitários e as evoluções das ondas do plano Minas Consciente, que monitora os índices epidemiológicos no estado. Assim, é fundamental que as famílias fiquem atentas às comunicações feitas pelas escolas para que recebam todas as orientações necessárias. Em caso de dúvidas, o contato com o gestor escolar é de extrema importância para esclarecimentos de todas as informações.

Para que o retorno aconteça com toda segurança, todas as escolas estaduais passaram por um checklist criterioso, validado pelo diretor da escola e pelo inspetor escolar, para aplicação dos protocolos sanitários, com adequações no ambiente e disponibilização dos equipamentos de proteção e produtos de higiene e limpeza. Tudo foi feito com muito cuidado para proporcionar à comunidade escolar um ambiente seguro.

Para confirmar em qual onda do Plano Minas Consciente seu município está, acesse www.mg.gov.br/minasconsciente

Ondas

Sempre que algum município for classificado na onda amarela ou verde, podendo ser consideradas também as microrregiões, será possível a retomada das atividades presenciais, desde que não exista nenhum decreto municipal de impedimento.

Havendo disponibilidade, o retorno sempre se dará primeiramente com o acolhimento dos professores e profissionais nas escolas em uma semana e, na semana seguinte, com a volta dos alunos. Essa dinâmica gradual e alternada – de acolhimento primeiramente dos profissionais e na outra semana dos alunos – deve prevalecer para a retomada em cada unidade de ensino. Por isso, é importante que as famílias mantenham sempre o contato com a direção da escola para acompanharem as informações.

A retomada das atividades escolares presenciais começa a partir dos anos iniciais do ensino fundamental, nível de ensino com estudantes em fase de alfabetização e com maior necessidade de apoio presencial para o processo de aprendizagem e para a criação de vínculos com as escolas e os professores. No ensino híbrido, haverá alternância entre o atendimento presencial e o remoto.

Nesta semana de 21 a 25/6, por exemplo, os alunos participam das atividades pedagógicas presenciais; na semana seguinte, as unidades de ensino não terão atividades presenciais e os professores farão o atendimento pelo aplicativo Conexão Escola. Já na outra semana, as atividades voltam a ser presenciais – e assim por diante.

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