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Criança no carro? Cuidado redobrado!

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“Nas escolas, por meio de peças teatrais e contação de histórias, trabalhamos a questão comportamental das crianças e dos professores, que são pessoas muito importantes na vida delas. É uma oportunidade de explicar, de uma maneira lúdica, a importância das cadeirinhas e dispositivos para quem usa”Marcelo Granja, diretor de Educação de Trânsito do Detran-DF

A segurança das crianças no trânsito é prioridade na fiscalização e na conscientização dos motoristas por parte do Governo do Distrito Federal (GDF). Dados do Departamento de Trânsito (Detran-DF) mostram que, entre janeiro e setembro deste ano, o número de vítimas fatais de crianças com até 12 anos de idade apresentou uma redução de 33% em comparação ao mesmo período de 2020.

Neste ano, dentre as crianças mortas em acidentes de trânsito, uma era ciclista e a outra era pedestre, o que significa que não foi registrada nenhuma vítima fatal em veículos até o momento no DF. Reflexo das regras mais rígidas para o transporte de passageiros com até 10 anos em veículos, regulamentadas no novo Código de Trânsito Brasileiro, que passou a vigorar em 12 de abril deste ano (leia mais abaixo).

Apesar da redução no número de vítimas fatais, as infrações relacionadas ao Artigo 160 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), relativo ao transporte de crianças em veículo automotor sem observância das normas de segurança, registrou um aumento de 17% nos nove primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado (2.689 infrações em 2021 contra 2.293 infrações em 2020), de acordo com o Detran-DF.

O Detran-DF realiza campanhas de conscientização em escolas para reforçar a importância da utilização das cadeirinhas e dispositivos de retenção | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Para reforçar a importância da utilização das cadeirinhas e dispositivos de retenção, o Detran-DF está fazendo campanhas de conscientização em diversas escolas. O diretor de Educação de Trânsito do órgão, Marcelo Granja, explica a escolha por este tipo de abordagem direta com as crianças: “Nas escolas, por meio de peças teatrais e contação de histórias, trabalhamos a questão comportamental das crianças e dos professores, que são pessoas muito importantes na vida delas. É uma oportunidade de explicar, de uma maneira lúdica, a importância das cadeirinhas e dispositivos para quem usa”.

Segundo o Observatório Nacional de Segurança Viária, a utilização das cadeirinhas e dos dispositivos de retenção aumenta em 70% a chance de sobrevivência das crianças em caso de acidentes. O presidente da seccional DF da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet-DF), Geraldo Guttemberg Soares Júnior, ressalta a importância dos equipamentos. “Em uma colisão, uma criança de 10 kg pode gerar um impacto de 100 kg em caso de acidente grave, não tem quem segure em uma batida frontal. Só há uma maneira de evitar o trauma: fazer com que ela fique fixa”, resume.

A diretora de Educação de Trânsito do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), Jucianne Nogueira, reforça o respeito às regras tanto em rodovias quanto em ruas convencionais. “O responsável pela segurança das crianças é o adulto. Observamos um crescimento na responsabilidade dos cidadãos, mas ainda não alcançamos a plenitude, pois em percursos menores, as pessoas tendem a não respeitar tanto, mas o uso é obrigatório”, afirma.

Sobre a nova regulamentação

A Lei nº 14.071/2020 trouxe uma série de alterações no CTB, como as novas regras para o transporte de crianças menores de 10 anos em automóveis. O uso de cadeirinhas e dispositivos de retenção, além de obrigatório, também leva em conta o peso e a altura do passageiro.

O não cumprimento das novas regras acarreta em infração gravíssima, que prevê multa de R$ 293,45, sete pontos na carteira e retenção do veículo.

Confira os critérios:

> Bebê conforto
Obrigatório para crianças com até 1 ano de idade; ou com peso de até 13 kg, conforme limite máximo definido pelo fabricante do dispositivo

> Cadeirinha
Obrigatória para crianças com idade superior a 1 ano e inferior ou igual a 4 anos; ou com peso entre 9 e 18 kg, conforme limite máximo definido pelo fabricante do dispositivo

> Assento de elevação
Obrigatório para crianças com idade superior a 4 anos e inferior ou igual a 7 anos e meio; ou com até 1,45 m de altura e peso entre 15 e 36 kg, conforme limite máximo definido pelo fabricante do dispositivo

> Cinto de segurança no banco de trás
Obrigatório para crianças com idade superior a 7 anos e meio e inferior ou igual a 10 anos; ou com altura inferior a 1,45 m

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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