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Com assistência técnica, professora empreende no campo

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Michele Alves Evangelista, 40 anos, é um exemplo de persistência e empreendedorismo. Foi há dois anos que ela, que também é professora, decidiu comprar uma propriedade no Lago Oeste e começou a empreender no meio rural. Foi também com muita luta que ela conseguiu dois pontos de comercialização em shoppings da cidade, onde vende seus produtos e de outros produtores do Lago Oeste.

Em feirinhas de dois shoppings, Michele vende frutas, hortaliças, geleias, ovos, pães, biscoitos e roscas fabricadas por ela e por mais três produtores | Fotos: Emater

No início, quando decidiu comprar uma propriedade rural, a ideia era apenas ter mais espaço. No entanto, a chácara adquirida já tinha entre 50 e 60 pés de goiaba. “A gente pensou: o que fazer com isso? Foi aí que procuramos a Emater e tudo começou”, lembra.

“Temos atendido muitos casos assim, de pessoas que nunca tiveram ligação com a agricultura e, de repente, se mudaram para uma propriedade rural. Esse também é o público da Emater”Isabella Belo, extensionista do escritório da Emater em Sobradinho

Seguindo conselhos recebidos por técnicos da Emater, Michele e o marido decidiram podar as goiabeiras para verificar se elas seriam produtivas. As que não produziram foram retiradas. Em seguida, também sob orientação da Emater, iniciou a fabricação de geleias e o processo para regularizar a agroindústria.

Além de goiaba, Michele cultiva figo e amora na chácara. Ela conta que produz de maneira orgânica, mas ainda está em processo de certificação. Somente quando todo o trâmite estiver finalizado ela poderá usar o selo verde “Produto Orgânico Brasil”, que atesta a origem do alimento.

O restante das frutas que usa nas geleias – morango, jabuticaba, abacaxi, abacaxi com pimenta, maçã, pimenta, manga com damasco e cupuaçu – compra de outros agricultores. “Exceto o cupuaçu, que vem do Pará, as outras são todas do DF”, conta ela, que procura adquirir apenas produtos orgânicos ou agroecológicos, incluindo o açúcar usado na produção.

Michele faz geleias de goiaba, figo e amora com frutas que ela mesma cultiva. O restante das frutas que usa nos doces, compra de outros agricultores

Comercialização

A produtora começou a vender as geleias a pessoas que encomendavam diretamente dela. Mas, depois de muita persistência, conseguiu espaço em duas feiras que ocorrem nos shoppings Liberty Mall e Brasília Shopping, além da Ceasa.

“Eu entregava geleia para a dona de uma loja do shopping [Liberty] e um dia ela me falou da feirinha que acontecia no local todas as quartas-feiras. Procurei o marketing do shopping e pedi espaço. Um dia, um produtor que já comercializava verduras no local acabou desistindo e o shopping me ofereceu o espaço dele”, conta Michele, que vende frutas, hortaliças, geleias, ovos, pães, biscoitos e roscas fabricadas por ela e por mais três produtores.

A participação na feira do Brasília Shopping também surgiu da persistência de Michelle, que procurou a administração do centro comercial depois de ler uma postagem nas redes sociais. Ela conseguiu o espaço, aos sábados, onde vende os mesmos produtos do Liberty. Para a Ceasa, aos sábados, leva bolos e geleias.

Ampliar a produção de frutas na chácara será o próximo passo de Michele, para depender cada vez menos de outros produtores

Assistência técnica

Ampliar a produção de frutas na chácara será o próximo passo de Michele, para depender cada vez menos de outros produtores. “Ainda não consegui dinheiro pra fazer tudo que quero, mas já está nos planos”, afirma.

E ela conta com o apoio da Emater também para isso, conforme explica a extensionista Isabella Belo, do escritório de Sobradinho. “Ajudamos a Michele desde o início, com manejo, plantio, regularização da agroindústria, do selo de orgânicos com assistência técnica. Fornecemos todas as orientações sobre cada um dos passos que ela deu, porque essa é função da Emater.”

Isabella conta que movimentos como o da professora, que levava uma vida urbana e acabou se mudando para uma propriedade rural, têm sido cada vez mais comuns no DF. “Temos atendido muitos casos assim, de pessoas que nunca tiveram ligação com a agricultura e, de repente, se mudaram para uma propriedade rural, geralmente pequena, e começaram a produzir e a gerar renda. Esse também é o público da Emater. Podemos ajudar”, informa.

*Com informações da Emater

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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