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Mais de 400 pessoas nas oficinas do Pdot neste sábado (17)

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As oficinas temáticas de revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot) que ocorreram neste sábado (16) mobilizaram 434 moradores de oito regiões administrativas do Distrito Federal. As reuniões promovidas pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) aconteceram presencialmente em São Sebastião e Sobradinho, e de forma virtual pelo aplicativo Zoom e pelo canal do YouTube Conexão Seduh.

Muitos dos moradores que compareceram presencialmente aos debates pertencem a entidades que representam importantes segmentos da sociedade | Foto: Divulgação/Seduh

O objetivo das oficinas é ouvir dos moradores quais os principais desafios a serem enfrentados na cidade aonde vivem. E são essas propostas que serão analisadas pelas equipes técnicas da Seduh para serem contempladas no novo Plano Diretor.

“Queremos que nossa área seja incluída no Pdot, para regularizar nossas terras. É uma área de baixa renda que, apesar de ser rural, já virou uma cidade”Tiago Pereira, Associação dos Moradores e Produtores Rurais de Sobradinho dos Melos

“Situações de precariedade de habitação, ocupações irregulares, questões da zona rural, mobilidade, que precisam de uma resposta do governo, muitas vezes essa resposta só pode ser dada a partir de uma atualização do Pdot. Por isso é fundamental que o processo seja feito coletivamente”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mateus Oliveira.

Muitos dos moradores que compareceram presencialmente aos debates pertencem a entidades que representam importantes segmentos da sociedade. Como é o caso de Tiago Pereira, da Associação dos Moradores e Produtores Rurais de Sobradinho dos Melos, área rural do Paranoá.

A entidade representa cerca de 6 mil famílias da região e luta pela regularização do território. “Queremos que nossa área seja incluída no Pdot, para regularizar nossas terras. É uma área de baixa renda que, apesar de ser rural, já virou uma cidade”, conta Tiago.

“Situações de precariedade de habitação, ocupações irregulares, questões da zona rural, mobilidade, precisam de uma resposta do governo a partir de uma atualização do Pdot. Por isso é fundamental que o processo seja feito coletivamente”Mateus Oliveira, secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação

Ele participou da oficina que ocorreu pela manhã em São Sebastião, no Centro Educacional São Francisco, e teve a presença de moradores da própria região, do Paranoá, Jardim Botânico e Itapoã.

Para a moradora de São Sebastião Raiane Martins, a expectativa é que a atualização do Pdot também melhore a questão do transporte público na região. “Hoje em dia as pessoas moram nas regiões administrativas, mas trabalham no centro. Essa questão da mobilidade e o crescimento desordenado são muito importantes de serem resolvidas”, ponderou.

A segunda oficina do dia foi no Ginásio de Esportes de Sobradinho, que recepcionou os habitantes de Planaltina, Fercal Sobradinho e Sobradinho II.

Para a líder comunitária de Sobradinho, Rita de Cássia, a revisão do Plano Diretor é “aguardada com expectativa por comunidades carentes como o assentamento Dorothy e Chácara dos Abacateiros, que precisam de infraestrutura mínima para sobreviver.

Já a diretora da escola classe Núcleo Rural Córrego do Atoleiro de Planaltina, Magda Bernardes, também está otimista com os debates: “Estou confiante que essa área que foi transformada em urbana pelo Pdot de 2009, voltará a ser rural”.

O debate sobre o Pdot também vem acontecendo em outras instâncias como, por exemplo, nas reuniões livres que são organizadas por pequenos grupos da comunidade para debater os desafios das suas regiões| Foto: Divulgação/Seduh

Participação Coletiva

A secretária executiva de Planejamento e Preservação da Seduh, Giselle Moll, lembrou que a pasta tem trabalhado na revisão do Pdot desde 2018. Primeiro, foi definida a metodologia e, agora, estão na fase de diagnóstico, uma das etapas em que a população é ouvida. “Após as oficinas, ainda teremos 3 audiências públicas para que a população possa homologar o texto do Plano Diretor antes de ser encaminhado à CLDF”, explica.

Mas essa não é a única instância de participação da população. O debate vem acontecendo em outras instâncias como, por exemplo, nas reuniões livres que são organizadas por pequenos grupos da comunidade para debater os desafios das suas regiões. Após o encontro, eles enviam para a Seduh, um documento com propostas para o Pdot.

Além disso, no meio deste ano a Seduh realizou uma série de Oficinas Temáticas virtuais para debater o Pdot com a população.

E todas essas etapas são acompanhadas pelo Comitê de Gestão Participativa, que reúne 28 representantes de várias áreas da sociedade civil que foram selecionados a partir de chamamento público.

Além da população, estiveram presentes nas oficinas os administradores regionais de São Sebastião, Alan Valim; do Paranoá, Sérgio Damaceno; do Itapoã, Marcos Cotrim; o chefe de gabinete da Administração Regional do Jardim Botânico, José Elias; da Fercal, Fernando Lima; de Sobradinho, Abílio Castro; de Sobradinho II, Osmar Felício; e de Planaltina, Célio Rodrigues.

Também marcaram presença o presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Rafael Prudente, e os deputados distritais João Hermeto de Oliveira e Claudio Abrantes.

Oficinas

Ao todo, serão sete oficinas temáticas organizadas pela Seduh, em outubro, sempre aos sábados, nos períodos da manhã e tarde. Confira abaixo o cronograma com as sete oficinas:

*Com informações da Seduh

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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