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Com 117 mortos, Petrópolis volta a enfrentar chuvas e alagamentos

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Chuvas que caíram no fim desta tarde (17) em Petrópolis voltaram a gerar dificuldades para o município. As ruas Washington Luiz e Coronel Veiga, que ligam o centro histórico ao bairro Quintandinha, foram fechados para o tráfego em decorrência de alagamentos e inundações.

“Em uma hora, houve o registro de 60,54 milímetros”, informou a Defesa Civil municipal. Com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, o órgão atua na sinalização e orientação da população. 

Outras vias da cidades foram interditadas pela Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans). Entre elas, a Estrada da Saudade, a Rua Silva Jardim, a Rua do Túnel, a Rua Marques de Pará, a Rua Santos Dumont e um dos sentidos da Rua do Imperador.

A Defesa Civil municipal emitiu alerta de mobilização para evacuação de moradores das áreas de risco do Quitandinha. Moradores das comunidades receberam o informe por mensagem de celular e por aplicativos. “A orientação é que os moradores de áreas de risco, que não tenham a opção de se acolher em casa de familiares em área segura, se desloquem para os pontos de apoio que funcionam na região”, diz a Defesa Civil. Ao todo, 25 escolas foram designadas pela prefeitura para receber os desabrigados.

Bombeiros, moradores e voluntários trabalham no local do deslizamento no Morro da Oficina, após a chuva que castigou Petrópolis, na região serrana fluminense Bombeiros, moradores e voluntários trabalham no local do deslizamento no Morro da Oficina, após a chuva que castigou Petrópolis, na região serrana fluminense

Bombeiros, moradores e voluntários trabalham no local do deslizamento no Morro da Oficina, após a chuva que castigou Petrópolis, na região serrana fluminense – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Até o momento, já foram registradas 117 mortes desde o temporal de terça-feira (15). Segundo o governo do Rio de Janeiro, foi a pior chuva na cidade desde 1932.

As chuvas impactaram também para os serviços de saúde, tendo sido suspensa alguns atendimentos, incluindo a vacinação contra a covid-19. “Além da dificuldade de acesso de alguns profissionais aos locais de trabalho, devido às interdições, algumas unidades também sofreram danos com a chuva”, informou a Secretaria de Saúde, acrescentando que trabalha para restabelecer a normalidade dos atendimentos. A pasta está priorizando a atuação em unidades próximas ao Morro da Oficina, o local mais atingido. Houve um grande deslizamento de terra no local, que fica próximo à Rua Tereza, conhecida área comercial perto do centro histórico. A prefeitura estima que cerca de 80 casas tenham sido afetadas.

Hoje mais cedo, um novo deslizamento, dessa vez na comunidade 24 de Maio, exigiu rápida mobilização da Defesa Civil. Uma casa chegou a ser atingida, mas ninguém ficou ferido. Após a ocorrência, o órgão organizou a evacuação da Rua Nova.

Também foi interditada a Vila Manoel Correa, com acesso pela Rua Teresa. A medida é considerada preventiva. O tráfego de veículos na região também está impossibilitado.

O receio com novos deslizamentos aumenta diante da previsão meteorológica. Um aviso da Defesa Civil alertou para a possibilidade de pancadas de chuvas moderadas a fortes entre a tarde de hoje (17) e a madrugada de amanhã (18). Nas últimas horas, 14 das 18 sirenes instaladas próximas a áreas de risco da cidade foram acionadas.

Apesar das novas chuvas, o Corpo de Bombeiros informou que mantém as atividades de buscas por vítimas sem interrupção. A corporação conta com mais de 500 pessoas atuando no salvamento em toda a cidade. Segundo os dados divulgados, 24 pessoas já foram resgatas com vida.

Bombeiros, moradores e voluntários trabalham no local do deslizamento no Morro da Oficina, após a chuva que castigou Petrópolis, na região serrana fluminense Bombeiros, moradores e voluntários trabalham no local do deslizamento no Morro da Oficina, após a chuva que castigou Petrópolis, na região serrana fluminense

Bombeiros, moradores e voluntários trabalham no local do deslizamento no Morro da Oficina, após a chuva que castigou Petrópolis, na região serrana fluminense – Tânia Rêgo/Agência Brasil

*Matéria atualizada às 20h19 para acréscimo de informação.

Edição: Bruna Saniele

Fonte: EBC Geral

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Educação

Em função da calamidade no Rio Grande do Sul, Governo adia Concurso Público Nacional Unificado

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A nova data será anunciada quando houver condições climáticas e logísticas de aplicação da prova em todo o território nacional

Em razão da situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul, o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) será adiado em todo o país. A nova data vai ser anunciada assim que houver condições climáticas e logísticas de aplicação da prova em todo o território nacional. O anúncio foi feito na tarde desta sexta-feira, 3 de maio, pela ministra da Gestão e Inovação nos Serviços Públicos, Esther Dweck.

A decisão foi tomada de forma coletiva, após análise das condições no Rio Grande do Sul, em conjunto com a Advocacia-Geral da União (AGU), a Defensoria Pública da União (DPU) e a Procuradoria-geral do Estado do Rio Grande do Sul, além do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). A oficialização da medida foi efetivada a partir de um Termo de Acordo (confira em anexo).

“Essa decisão de adiamento busca garantir a integridade dos participantes, inclusive sua integridade física nas regiões onde seria impossível o deslocamento. Mas é uma integridade em todas as dimensões, preservando a vida das pessoas e também conferindo segurança jurídica ao concurso, que é algo essencial para todo mundo que está prestando concurso”, afirmou Esther Dweck.

A ministra assegurou que nos próximos dias, após a resolução das questões logísticas envolvidas, será anunciada a nova data. “Não temos uma nova data. Eu quero deixar claro que podemos, nas próximas semanas, divulgar a nova data. Nesse momento, toda a questão logística envolvida com a prova não nos permite dar uma nova data com segurança. A gente imagina que algumas semanas, ou até menos, a gente consiga divulgar a nova data”, enfatizou.

A ministra Esther Dweck enfatizou que a solução é a mais segura para todos em todo o país, ao garantir as mesmas chances para todos os candidatos em todos os lugares. “O adiamento reforça o compromisso do governo com a construção de um país melhor, um país mais inclusivo, com respeito ao próximo e a construção de uma democracia com a cara do Brasil. Por isso a gente não pode deixar ninguém de fora”, declarou Dweck.

O governo ouviu a população gaúcha e decidiu pelo adiamento. O Brasil se solidariza com o Rio Grande do Sul neste momento de dificuldades e vai prestar toda ajuda necessária” Paulo Pimenta, ministro da Secom

EMERGÊNCIA – Para o ministro Paulo Pimenta, a decisão, além de garantir isonomia a todos os candidatos, permite ao Governo Federal focar ainda mais os esforços na ajuda humanitária necessária ao Rio Grande do Sul. “O governo federal ouviu a população gaúcha e decidiu pelo adiamento da prova em todo Brasil. O Brasil se solidariza com o Rio Grande do Sul neste momento de dificuldades e vai prestar toda ajuda necessária”, disse.

O ministro afirmou que o foco do Governo Federal está no resgate das vítimas e restabelecimento das condições básicas de infraestrutura, como desobstrução de vias e restabelecimento de serviços essenciais, como energia elétrica e comunicações. Ele destacou que, devido à continuidade das chuvas, ainda não é possível calcular o alcance total dos danos. “Isso é aquilo que chamamos de segunda etapa: trabalho de reconstrução. E esse levantamento dos valores se dará a partir do plano de trabalho apresentado por cada município e pelo estado, mediante homologação da defesa civil”.

Pimenta disse que não há um valor acordado, mas assegurou que o Governo Federal não estabelecerá um limite para os recursos e irá prover o suporte financeiro necessário para a reconstrução das cidades. “O que o presidente Lula afirmou ontem é que não há limite definido. Vamos disponibilizar o recurso necessário para que, nas questões de responsabilidade do Governo Federal, todos os pleitos de reconstrução sejam atendidos”, declarou. Pimenta e o ministro da Integração de do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, voltam neste sábado para o Rio Grande do Sul para instalar um escritório de governo no estado.

ENEM DOS CONCURSOS – Conhecido como Enem dos Concursos por sua abrangência, o Concurso unificado tem mais de 2,14 milhões de inscritos de todas as regiões do país. Eles vão concorrer a 6.640 vagas em 21 órgãos da Administração Pública Federal. Quando remarcadas, as provas devem ocorrer em 228 municípios de todos os estados e no Distrito Federal.

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