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CHUVAS: Governo Federal anuncia escritório em Lajeado (RS) para atender demandas da região pós passagem do ciclone

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Comitiva ministerial visitou mais uma vez municípios atingidos pelos efeitos das fortes chuvas no Rio Grande do Sul e fez novos anúncios para retomada econômica e reconstrução de estruturas de educação e saúde

O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, anunciou, nesta quinta-feira (28/9) que o Vale do Taquari contará com um escritório do Governo Federal em Lajeado (RS) para atuar na reconstrução da região, atingida por fortes enchentes nas últimas semanas. Paulo Pimenta está no estado em mais uma incursão de uma comitiva ministerial à região, acompanhado de técnicos de diversas áreas para ajudar os municípios a recuperar estruturas danificadas e destruídas, atender a população e apontar soluções.

Com este novo escritório, buscamos construir pontes entre Brasília e o Rio Grande do Sul, aproximando ainda mais o Governo Federal dessa realidade vivida pelos gaúchos e possibilitando uma atuação mais direta e eficaz” Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

A tragédia já resultou na morte de pelo menos 50 gaúchos e gerou prejuízos bilionários. Mais de 22 mil pessoas estão desalojadas, segundo informações da Defesa Civil do estado. “Com este novo escritório, buscamos construir pontes entre Brasília e o Rio Grande do Sul, aproximando ainda mais o Governo Federal dessa realidade vivida pelos gaúchos e possibilitando uma atuação mais direta e eficaz”, destacou o Ministro da Secom.

A sede do escritório ficará na agência da Caixa Econômica Federal, no centro de Lajeado, e contará com salas de trabalho e de reunião, entre outras estruturas. O escritório já começou a atuar nesta quarta (27/9), com previsão de funcionamento até o fim do próximo mês. O objetivo é implementar, com maior celeridade, as ações de socorro aos municípios atingidos pela tragédia climática.

ARTICULAÇÃO – Além de aumentar a presença física e política na região, a estrutura governamental será o ponto de referência para que municípios e entidades possam encaminhar demandas, além de servir de referência para parlamentares estaduais e federais. Outra finalidade será articular ações em andamento e futuras para facilitar a interlocução entre os poderes municipais, estadual e federal. A Secretaria de Comunicação Social da Presidência e a Caixa Econômica Federal são as responsáveis pela organização da estrutura, que prevê a divulgação de relatórios diários das ações para a imprensa.

linha de crédito tem como alvo empresários de vários portes e produtores rurais dos municípios em situação de calamidade pública da região, para auxílio na retomada de atividades econômicas e na manutenção de empregos. “É um recurso em torno de R$ 1,4 bilhão. Será disponibilizado sem juros, com dois anos de carência, três anos para pagar e tem como objetivo a retomada da atividade econômica da região. Pequenos negócios, médios empreendedores, todo o objetivo dessa medida é a garantia do emprego, da atividade econômica na região”, afirmou o ministro.

COMITIVA – A comitiva federal visitou nesta quinta os municípios de Lajeado, Muçum, Estrela e Roca Sales, todos muito atingidos pelos efeitos das chuvas intensas. Integram a comitiva ministros de diferentes pastas como Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), além de equipes técnicas de outros ministérios e órgãos e da primeira-dama, Janja Lula da Silva.

REUNIÕES TÉCNICAS – Segundo Paulo Pimenta, a visita desta quinta teve um caráter mais técnico, no sentido de detalhar diversas ações tomadas pelo Governo Federal para auxiliar prefeituras e o Governo do Estado.

Queremos que a população desta região e do estado tenha pleno conhecimento da possibilidade que têm de acessar a muitas dessas iniciativas que permitem um benefício direto para as pessoas atingidas por esta enchente”

“Hoje foi um dia de trabalho, um dia em que fizemos reuniões técnicas na área da saúde, da educação, da habitação, da assistência social, da agricultura familiar, da infraestrutura, da cultura com o pessoal da área do comércio, pessoal da área de indústria, para conversar com cada setor sobre as políticas públicas que estamos implementando, em parceria com o governo do Estado e com as prefeituras”, pontuou o ministro da Secom.

“Queremos que a população desta região e do estado tenha pleno conhecimento da possibilidade que têm de acessar a muitas dessas iniciativas que permitem um benefício direto para as pessoas atingidas por esta enchente”, prosseguiu.

HABITAÇÃO E INFRAESTRUTURA – Paulo Pimenta explicou que no campo da habitação um levantamento está em curso para identificar a situação das moradias afetadas pelas enchentes. O secretário de Habitação do Ministério das Cidades esteve aqui para identificar em cada cidade a situação de família por família. É uma parceria que envolve também a Caixa Econômica Federal. Tem casas que precisam ser reconstruídas, tem casas que vão ser reformadas, tem moradias que não poderão continuar no local onde estavam. Mas, para isso, é preciso que seja feito de forma detalhada uma identificação de cada situação, um laudo”, ressaltou o ministro, que destacou o papel da Defesa Civil nesse esforço.

“Esse trabalho também tem sido feito de forma permanente pelas equipes da Defesa Civil que estão aqui desde o início à disposição das prefeituras e do governo do estado para a elaboração dos planos de trabalho. Os planos de trabalho são fundamentais para garantir a agilidade na liberação dos recursos”.

Ainda na área de recomposição da infraestrutura, Pimenta afirmou que a situação das escolas terá atenção especial. “O presidente Lula determinou ao ministro Camilo (Camilo Santana, da Educação) uma prioridade do ponto de vista da reconstrução e reforma de escolas, para garantir os alunos e alunas em sala de aula o mais rapidamente possível”, frisou.

RECURSOS – Desde o início da crise das chuvas no Rio Grande do Sul, o Governo Federal já anunciou, além de uma linha de crédito de mais de R$ 1 bilhão para recuperação econômica, a liberação de R$ 600 milhões em valores do FGTS para 354 mil trabalhadores da região que têm recursos no fundo de garantia. O vice-presidente Geraldo Alckmin, durante visita no dia 10 de setembro, anunciou R$ 741 milhões para atendimento aos municípios atingidos pelos efeitos do ciclone extratropical no estadoem recursos que envolviam ações de socorro às vítimas, estruturação de abrigos temporários, ações de defesa civil e aquisição de cestas básicas e logística para liberação de vias.

SAÚDE E CULTURA – O responsável pela Secom também afirmou que o Ministério da Saúde está empenhado na reconstrução de hospitais e unidades de saúde que ficaram comprometidas. “Essas duas áreas terão uma política específica por parte do nosso governo”, explicou Paulo Pimenta. Além disso, ações na área da Cultura foram anunciadas com foco, entre outros temas, na recomposição de bibliotecas atingidas e na construção de centros culturais nas regiões afetadas.

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Ação Social

No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

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Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

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