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“Governo de Goiás trabalha todos os dias para enfrentar e acabar com a violência doméstica”, diz Gracinha Caiado no lançamento do Goiás por Elas

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Beneficiadas do novo programa do Goiás Social são mulheres vítimas de violência doméstica, em situação de vulnerabilidade social, com medida protetiva e inscritas no CadÚnico. Além de apoio financeiro, elas terão prioridade no acesso aos demais programas sociais do governo

Gracinha Caiado coordena entrega de cartões programa Goiás Por Elas: “Em Goiás não existe desproteção à mulher que sofre violência. Aqui, nossa polícia prende sim o agressor”

Gracinha Caiado coordena entrega de cartões programa Goiás Por Elas: “Em Goiás não existe desproteção à mulher que sofre violência. Aqui, nossa polícia prende sim o agressor”

O Governo de Goiás, por meio do Goiás Social, entregou nesta sexta-feira (07/07), em solenidade realizada no auditório da Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO), os primeiros cartões do programa Goiás Por Elas a 158 mulheres vítimas de violência doméstica. Residentes em diferentes municípios do Estado, elas receberão mensalmente um valor de R$ 300, pelo período de até um ano. A previsão é de 1 mil beneficiárias em um primeiro momento, com investimento anual de R$ 3,6 milhões.

“Cumprimento a cada uma de vocês por ter tido a coragem, a força e a consciência de que quem ama não agride, não bate, não machuca”, afirmou a presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais (GPS), primeira-dama Gracinha Caiado, que comandou a entrega nesta manhã. “Não é fácil denunciar aquele que você ama ou amou um dia. Mas essa é uma situação que não podemos tolerar”, frisou. “Em Goiás, não existe desproteção à mulher que sofre violência. Aqui, nossa polícia prende sim o agressor”, ressaltou.

“Nem eu nem ninguém pode imaginar o que vocês passaram, mas quero dizer que, em nome do Governo de Goiás, estamos sempre trabalhando para que possamos, juntos, enfrentar esse problema e oferecer a vocês todas as ferramentas para romperem o ciclo da violência”, acrescentou a primeira-dama. O programa, instituído pela Lei 21.812, de março de 2023, visa garantir o amparo social e financeiro às mulheres em situação de violência e em vulnerabilidade social, contribuindo para romper com o ciclo em que se encontram. As beneficiadas estão inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e possuem medida protetiva de urgência.

Além do valor mensal, elas terão prioridade no acesso aos demais programas sociais do governo, como o Mães de Goiás, Aluguel Social, Crédito Social e Aprendiz do Futuro, bem como a cursos de qualificação profissional e vagas de emprego. “Isso é apenas a porta de entrada para um programa que é maior, que é o Goiás Social. Vocês terão prioridade em todos os programas da área social”, assegurou o titular da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds), Wellington Matos. “Essa transformação, além da liberdade financeira, vai trazer liberdade de vida. Em Goiás, vocês não estarão sozinhas e a tolerância à violência é zero”, completou.

Condições
Para garantir a permanência no programa, as beneficiárias deverão comprovar, quando solicitado, que estão sendo acompanhadas pela Rede de Proteção à Mulher e pela Rede de Assistência Social dos municípios. Quem estiver gestante deve realizar todas as consultas relativas ao exame pré-natal e o acompanhamento nutricional e de saúde para crianças até os seis anos de idade. “Um dos grandes desafios da Segurança Pública hoje é a redução deste crime covarde contra mulher. Estamos fazendo todos os esforços e evitando tudo aquilo que a gente pode fazer, para minimizar e reduzir esses índices”, garantiu o secretário Renato Brum.

O descredenciamento do programa ocorrerá por solicitação da própria beneficiária, caso saia da condição de vulnerabilidade social, se houver descumprimento de algum dos requisitos, falta de atualização cadastral ou saída do CadÚnico. A constatação de fraude para a obtenção do benefício também gera descredenciamento. Os recursos do Goiás Por Elas são oriundos do Fundo Protege.

Também participaram da solenidade a diretora-geral da OVG, Adryanna Melo Caiado; o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Bruno Peixoto; a coordenadora do Núcleo Especializado de Defesa e Promoção dos Direitos da Mulher (Nudem), Tatiana Maria Bronzato Nogueira; o juiz de Direito do Tribunal de Justiça de Goiás, Victor Umbelino; a delegada titular da 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), Ana Elisa Gomes Martins, e da 2ª Deam Azuen Magda Albarello; a comandante do Batalhão Maria da Penha PMGO, Major Marinéia Mascarenhas Bittencourt; e da Patrulha Mulher Mais Segura da Guarda Municipal, Luiza Pereira Sol.

Fotos: Wesley Costa / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

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Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

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