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Catedral de Petrópolis é reaberta ao público

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Um dos mais importantes símbolos do município de Petrópolis, na região serrana do estado do Rio de Janeiro, a Catedral de São Pedro de Alcântara reabriu hoje (1º), após restauração, oferecendo aos visitantes um novo atrativo turístico.

Marco do reerguimento de Petrópolis após as enchentes do verão, a restauração da igreja abre caminho, a partir de agora, para um programa de visitação a partes da construção que nunca antes haviam sido abertas ao público, restituindo a petropolitanos e turistas a contemplação dos atributos culturais e históricos da igreja, que é um dos cartões-postais da cidade.

A restauração da catedral recebeu investimentos no valor de R$ 13,4 milhões, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com base na lei federal de incentivo à cultura, e durou um ano e meio. As obras abrangeram o restauro de todo o patrimônio arquitetônico e artístico e o reforço da estrutura, porque uma movimentação de solo, nas chuvas de 1988, havia causado rachaduras nas paredes.

Obra coletiva

O bispo de Petrópolis, Dom Gregório Paixão, destacou que a restauração foi obra coletiva de empresas e trabalhadores, além da prefeitura petropolitana. “Não podemos nos esquecer de ninguém. Desde os trabalhadores do canteiro de obras até os técnicos e coordenadores, todos trabalharam com afinco para entregarmos à cidade este patrimônio. Além de igreja mãe da diocese, a catedral é um bem artístico e cultural dos brasileiros”, afirmou o bispo.

O entorno da igreja também foi restaurado pela prefeitura, incluindo a recuperação da Rua São Pedro de Alcântara e remodelação de todo o jardim. O novo roteiro de visitação foi percorrido por autoridades e outros convidados após a missa de reabertura, celebrada hoje (1º), às 10h, por Dom Gregório Paixão. A visita incluiu passeio sobre as abóbodas, exposição de peças sacras e subida à base da torre sineira.

Já a visitação à parte alta do templo, que começa em uma escada em caracol no fundo da igreja, ainda não tem previsão de data para ser iniciada. O roteiro passa pelo órgão, onde os visitantes poderão ver a galeria de peças sacras conservadas pela igreja. Sobre as abóbodas e sob o madeirame do telhado, uma passarela metálica conduz a um holograma e a telas de vídeo com a história da Catedral. A última parada é na base da torre, com vista panorâmica da cidade.

Símbolo petropolitano

O prefeito Rubens Bomtempo destacou a importância da entrega do templo restaurado aos fiéis e de sua reincorporação ao roteiro turístico religioso de Petrópolis. “A Catedral de São Pedro de Alcântara é um símbolo constitutivo da vida petropolitana. Ter a igreja reaberta e restaurada é um orgulho para todos nós. Ela não é somente referência de religiosidade, mas também um marco urbanístico”, afirmou Bomtempo.

Catedral São Pedro de Alcântara em Petrópolis Catedral São Pedro de Alcântara em Petrópolis

Catedral São Pedro de Alcântara em Petrópolis – RJ, por Diadorim Ideias/Isabela Kassow/Mapa de Cultura do Rio de Janeiro

O sonho católico de construção de uma catedral em Petrópolis remonta a 1846, ano em que foi criada a Paróquia de São Pedro de Alcântara. A pedra fundamental da obra data de 1876. Como a construção não teve continuidade, a segunda pedra foi lançada em 1884. Nas duas vezes, estavam presentes o imperador Pedro II e sua filha, a Princesa Isabel.

Em estilo neogótico, o projeto original da catedral foi criado pelo engenheiro e arquiteto Francisco de Azevedo Monteiro Caminhoá. As obras seguiram até 1901 e ficaram paralisadas por 17 anos. Em 1918, o projeto foi retomado e adaptado às finanças da Igreja pelo engenheiro Heitor da Silva Costa, que também concebeu e conduziu a construção do Cristo Redentor, na capital fluminense.

A inauguração, com a Catedral inacabada, ocorreu em 29 de novembro de 1925. O órgão de nove toneladas, com 2.227 tubos, foi instalado em 1937, em meio ao prosseguimento das obras. Dois anos depois, o templo ganhou o Mausoléu Imperial, com o sepultamento dos restos mortais do imperador Dom Pedro II e da imperatriz Teresa Cristina.

A torre da catedral começou a ser construída somente em 1960, sendo concluída em 1969. Em 1971, a igreja recebeu os restos mortais da Princesa Isabel e de seu marido, o Conde D’Eu, colocados na Capela Imperial. Em 1980, a Catedral foi tombada como bem cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Visita

Ontem (30 de junho), o ministro do Turismo, Carlos Brito, visitou a Catedral, acompanhado pelo prefeito de Petrópolis e outras autoridades. Durante as visitas, o ministro entregou ao prefeito o Boletim de Inteligência Mercadológica do Turismo Religioso. O ministro informou que o Boletim objetiva disponibilizar informações qualificadas e detalhadas sobre Turismo Religioso, além do mapeamento do segmento no Brasil, com informações por estados sobre os principais destinos brasileiros, seus atrativos, principais eventos a cada mês do ano, assim como as religiões relacionadas a essas práticas e espaços sagrados.

As obras de restauração da Catedral foram acompanhadas pelo Iphan, vinculado à Secretaria Especial da Cultura, do Ministério do Turismo. O projeto de restauração foi proposto pela Mitra Diocesana de Petrópolis e contemplou outros serviços, como limpeza, recuperação das fachadas, cobertura e revestimentos interiores.

O prefeito Rubens Bomtempo destacou que a presença do ministro do Turismo na cidade confirma a “recuperação desse setor que é tão importante para a nossa economia. Quando falamos de turismo, falamos também de preservação do patrimônio e da história”, ressaltou.

O bispo de Petrópolis, Dom Gregório Paixão, acompanhou a comitiva na visita e mencionou a importância do turismo religioso para a cidade. “A catedral recebe 300 mil visitantes por ano. Esse tipo de turismo une os povos e acolhe todas as pessoas”, disse o bispo.

A expectativa é que a reabertura da Catedral ao público impulsionará a visitação turística no local, reforçando, por outro lado, a vocação da cidade para o turismo histórico-cultural do país. As obras devem resultar em aumento de público e incremento anual na economia local em torno de R$ 10 milhões. 

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Geral

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DOAÇÃO DE SANGUE: Governo Federal lança aplicativo para incentivar doação de sangue

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Plataforma Hemovida é gratuita e está integrada ao ConecteSUS. No aplicativo, é possível localizar a rede de saúde mais próxima, visualizar histórico de doações e convidar amigos

Incentivar a doação de sangue voluntária, captar mais doadores e conscientizar a população sobre a importância de manter os estoques de sangue em níveis seguros. Esses são alguns dos objetivos do aplicativo Hemovida, lançado pelo Governo Federal nesta segunda-feira, 27 de novembro, por meio do Ministério da Saúde. O aplicativo está integrado ao ConecteSUS e permite ao cidadão localizar facilmente a rede de saúde mais próxima, baixar a carteira do doador, entre outras funcionalidades.

O anúncio do aplicativo foi feito no Dia Nacional do Doador de Sangue, em 25 de novembro, pelo Ministério da Saúde e está disponível para download nas principais lojas de aplicativos (Android e iOS). Com a ferramenta, é possível verificar o histórico completo de doações, baixar a carteira do doador, onde constam tipo sanguíneo e data da última doação, além da fácil localização da rede de saúde mais próxima.

Para se cadastrar no ConecteSUS Cidadão, é necessário efetuar o download do aplicativo nas lojas Android ou iOS, ou por meio do site do ConecteSus. O login no app é feito pelo acesso único do Governo Federal (gov.br). Segundo o Ministério da Saúde, a plataforma tem potencial de ser uma ponte entre os hemocentros da rede pública e possíveis doadores, além de  desempenhar um papel importante na disseminação de informações sobre a doação de sangue e campanhas em andamento.

Confira as funcionalidades do aplicativo: 

Carteira do Doador: Carteirinha virtual com informações de saúde, tipo sanguíneo e a data da última doação. Fornece um registro pessoal e útil em situações de emergência;

Minhas Doações: Histórico completo de doações, incluindo as realizadas, canceladas e agendadas. Há opção de fazer autodeclaração de doação de sangue para manter um registro do compromisso com a causa;

Serviços Hemoterápicos: Localização da rede de saúde mais próxima, possibilitando identificar onde doar e receber informações sobre os serviços disponíveis em cada unidade;

Convidar Amigos: Promoção da doação de sangue entre amigos e familiares, permitindo compartilhar experiências nas redes sociais e incentivar outras pessoas a se tornarem doadoras;

Regras para Doar Sangue: Informações detalhadas sobre como e quem pode doar, bem como os cuidados necessários no dia da doação. Garante que os doadores estejam bem-informados e preparados;

Campanhas: Alertas sobre campanhas regionais e nacionais de doação de sangue, permitindo que as pessoas se envolvam em iniciativas de manutenção dos estoques de sangue nos níveis adequados;

Avaliar Doação: Perspectiva sobre a experiência de doação, avaliação do estabelecimento, dos profissionais e satisfação geral. Contribui para a melhoria contínua do processo de doação.

 

Lorenzo de Parnanselli, 23 anos, doou sangue pela primeira vez em 2019 para ajudar um familiar

Lorenzo de Parnanselli, 23 anos, doou sangue pela primeira vez em 2019 para ajudar um familiar

“Agora, em 2023, eu voltei a sentir esse desejo de doar porque o meu sangue é O negativo, é o doador universal”

ATO SOLIDÁRIO – Na porta da Fundação Hemocentro de Brasília, Paula Melo, psicóloga de 27 anos, confessa que doar sangue, para ela, é um dos principais atos de caridade que ela realiza. “O que me motiva a doar sangue é o bem, é ajudar as pessoas. Eu já passei por muitas situações de amigos, meus parentes, parentes de amigos precisarem de sangue e eu sempre gostei de ajudar”, conta Paula, que foi acompanhada de uma amiga.

Direto de João Pessoa, na Paraíba, Lorenzo de Parnanselli, 23 anos, doou sangue pela primeira vez em 2019 para ajudar um familiar. “Agora, em 2023, eu voltei a sentir esse desejo de doar porque o meu sangue é O negativo, é o doador universal”, garantiu. Ele também é cadastrado como doador de medula óssea e se orgulha ao dizer: “Doar sangue e ser um doador de medula óssea são compromissos que assumi movidos por um desejo profundo de ajudar o próximo. Ajudar o próximo me faz feliz”.

Paula e Lorenzo estão entre as pessoas que contribuíram para o aumento das doações neste ano. Segundo o Ministério da Saúde, as taxas de doação de sangue no Brasil cresceram em 2023. Entre janeiro e setembro de 2022, foram coletadas 2.340.048 bolsas de sangue (com 450 a 500ml cada). Este ano, no mesmo período, a coleta ficou em 2.452.425, o que representa aumento de 112.377 bolsas. Cada doação pode ajudar a salvar até quatro vidas.

SEJA UM DOADOR – A doação de sangue é totalmente voluntária e, para doar, é necessário ter entre 16 e 69 anos; pesar mais de 50 quilos e estar em bom estado de saúde. O candidato deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação e não estar em jejum. No dia da doação, é imprescindível levar documento de identidade com foto.

Para os menores de 18 anos, é necessário autorização do responsável legal. Entre 60 e 69 anos, a pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos. Os homens podem doar a cada dois meses e, no máximo, quatro doações ao ano. Mulheres podem doar a cada três meses, com no máximo três doações anuais.

No dia da doação não é necessário jejum. O doador precisa fazer um repouso mínimo de seis horas na noite anterior à doação, não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores, evitar fumar por pelo menos duas horas antes e depois da doação e evitar ingerir alimentos gordurosos.

Veja a lista de hemocentros.

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