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Araraquara endurece medidas para frear novas cepas do coronavírus

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Após a confirmação de que novas cepas do coronavírus encontradas em Manaus (AM) estão circulando em Araraquara, a prefeitura elaborou um novo decreto municipal endurecendo as medidas de isolamento social no município, já que os leitos de enfermaria e de UTI operam próximos da ocupação total, informou a prefeitura da cidade. Araraquara fica a 270 quilômetros (km) da capital paulista.

A principal alteração que o Decreto nº 12.485 traz é a restrição de circulação de veículos e de pessoas pelas ruas. Somente poderá circular quem trabalha em um serviço considerado essencial (como supermercados, farmácias, postos de combustíveis, entre outros) e quem for utilizar um desses serviços. O decreto entra em vigor hoje (15) e tem efeito até o dia 1º de março. Segundo a prefeitura, equipes farão blitz pelas ruas para a orientar sobre as novas medidas. 

Outra mudança é a proibição de que o comércio em geral utilize o sistema drive-thru. Somente estabelecimentos que já possuem essa estrutura física poderão continuar utilizando essa modalidade de venda, como é o caso de algumas redes de lanchonetes e pizzarias. A venda por delivery no setor de alimentação está liberada.

Enquanto Araraquara continuar na Fase Vermelha do Plano São Paulo, ficarão proibidos os atendimentos presenciais nos seguintes estabelecimentos: shopping center, galerias e estabelecimentos congêneres; comércio e serviços em geral; bares e restaurantes; salões de beleza e barbearias; academias de esportes de todas as modalidades, centros de ginásticas e estabelecimentos congêneres; educação complementar não regulada; eventos, convenções e atividades culturais; e atividades de construção civil, incluídas as lojas de tintas e de materiais para construção.

Poderão funcionar, até as 20h, supermercados, hipermercados, açougues, padarias, feiras livres, cerealistas e congêneres. O consumo de gêneros alimentícios no local, no entanto, está proibido e o estabelecimento deve estipular horário exclusivo para ingresso de idosos. Também podem funcionar até as 20h estabelecimentos de saúde animal, óticas (um cliente por vez) e indústrias, sendo que a lotação máxima dos veículos de transporte próprio de empregados deve ser de 30% e é preciso manter distanciamento de ao menos 3 metros entre um operário e outro na entrada e na saída da indústria.

Também poderão funcionar transportadoras, armazéns e oficinas de veículos automotores (com agendamento e portas mantidas fechadas) e atendimento ao público ou autoatendimento em agências bancárias, cooperativas de crédito ou estabelecimentos congêneres (filas com espaçamento de 3 metros e manutenção de empregado ou segurança durante toda a duração do atendimento).

Não há limitação de horário para o funcionamento de hospitais, clínicas, farmácias, lavanderias e serviços de limpeza. Postos de combustíveis poderão funcionar até as 19h, de segunda a sábado, sendo proibido o atendimento presencial ao público nas lojas de conveniência (exceto naquelas que comportem padarias).Supermercados, hipermercados e demais estabelecimentos de alimentação deverão distribuir senhas na entrada, permitir o ingresso de apenas uma pessoa por família e liberar a entrada de até 30% da capacidade total.

Ocupação de leitos

Segundo o boletim do Comitê de Contingência do Coronavírus divulgado no último sábado (13), Araraquara registra 100% de ocupação dos leitos de enfermaria e 84% dos leitos de UTI, com 201 novos casos confirmados da covid-19.

No final da tarde de sexta (12), o Instituto de Medicina Tropical, órgão vinculado à Universidade de São Paulo, confirmou que cepas do coronavírus encontradas em Manaus (AM) e no Reino Unido foram identificadas em pacientes com resultado positivo para covid-19 em Araraquara. As amostras tinham sido enviadas pelo Serviço Especial de Saúde de Araraquara (Sesa) para análise.

Nas últimas semanas, havia a suspeita entre os profissionais de saúde de que uma nova variante do vírus pudesse estar na cidade, já que houve um aumento brusco no número de novos casos, internações e óbitos, além de pacientes mais novos apresentarem complicações e precisarem de internação.

Em apenas 13 dias, fevereiro já é o mês com o maior número de óbitos pela covid-19, com 27 mortes, superando as 24 registradas em todo mês de janeiro. Dois óbitos foram registradas neste sábado.

Edição: Denise Griesinger

Fonte: EBC Saúde

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Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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