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Minas Gerais é o estado mais afetado pelas cheias em fevereiro

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O Sistema de Alerta de Eventos Críticos (Sace) informou, nesta terça-feira (22), que Minas Gerais é o estado mais afetado pelas cheias em fevereiro. O Sace é uma plataforma desenvolvida pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) para disponibilizar todas as informações geradas no contexto dos sistemas de alerta hidrológico para cada bacia hidrográfica.

Tais informações incluem o monitoramento automático de chuvas e níveis de rios em diversas estações hidrometeorológicas, com links para os mapas de riscos dos municípios e boletins de monitoramento e alertas publicados.

O objetivo dos sistemas de alerta é monitorar e gerar informações de qualidade, para subsidiar a tomada de decisões pelos órgãos relacionadas à mitigação dos impactos de eventos hidrológicos extremos.

O Serviço Geológico do Brasil está monitorando as cheias na Região Sudeste e emite boletins extraordinários com previsão para as bacias dos rios Doce, Muriaé, São Francisco, Pomba e Velhas.

A bacia do Rio Doce, por exemplo, está em alerta desde o início do mês de fevereiro e conta atualmente com cinco municípios que ultrapassaram a cota de inundação: Ponte Nova, Tumiritinga e Governador Valadares, em Minas Gerais, e Colatina e Linhares, no Espírito Santo.

Segundo o SGB-CPRM, nos últimos dias, as estações de monitoramento registraram aumento significativo no volume de água. A estação do município de Linhares chegou a atingir 4,53 metros às 12h de hoje (22) para uma cota de inundação na região de 3,45 m. A tendência é que o rio continue subindo no local nas próximas horas, afirmam técnicos do SGB.

Na bacia do Rio São Francisco, cinco municípios ultrapassaram a cota de inundação. Além de Propriá, São Romão e Pirapora, Pedras de Maria da Cruz está com 9,34m, e São Francisco, com 9,70 m, em situação de inundação crítica.

Na bacia do Rio Muriaé, não há inundações, mas existem estações acima da cota de alerta. A cidade de Cardoso Moreira, banhada pelo Muriaé, no Rio de Janeiro, chegou a atingir a marca de 7,5 m, dois metros e meio acima do nível de alerta. Cardoso Moreira também está em estado de alerta. Porciúncula, no Rio de Janeiro, e Patrocínio do Muriaé e Carangola, em Minas Gerais, ultrapassaram a cota de atenção.

Já o Rio Pomba teve redução de volume em relação à semana passada e não apresenta mais estações em estado de inundação. No município de Santo Antônio de Pádua, no Rio de Janeiro, o rio está em situação de atenção. Em Aperibé, também no estado do Rio, o estado é de alerta.

Os dados são produzidos em razão da parceria entre o SGB-CPRM e a Agência Nacional de Águas (ANA) para a gestão e operação da Rede Hidrometeorológica Nacional.

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Geral

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“Caminhos assistenciais” do Governo Federal liberam rodovias para garantir abastecimento do Rio Grande do Sul

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Prioridade é a liberação ágil de trechos essenciais para assegurar o fluxo de veículos com suprimentos, comida, oxigênio e combustível

Com mais de 400 cidades atingidas pelo alto volume de chuvas que caiu sobre o território gaúcho, o Governo Federal desenvolveu um plano emergencial para reestabelecer o fluxo viário em rotas estratégicas para assegurar o atendimento da população e impedir o desabastecimento de itens essenciais para a população do Rio Grande do Sul.

“Esses caminhos assistenciais, como estamos chamando, são para garantir salvamento e abastecimento do estado, sobretudo com oxigênio e remédio, comida e água, além da chegada de combustível, para não haver outras paralisações nesta crise e intensificarem ainda mais o sofrimento do povo gaúcho neste momento”, informou o ministro dos Transportes, Renan Filho. “É um plano de trabalho com prioridades a serem adotadas em 48 horas”.

Para isso, são usados maquinários pesados, como tratores, escavadeiras, guindastes e caminhões. Há cerca de 200 equipamentos e 600 homens atuando diretamente no estado. Em alguns pontos de rompimento de trechos de estrada, a solução é preencher as brechas com pedras para permitir a passagem dos veículos. Um dos trechos liberados é a BR 290, que liga Porto Alegre a Santa Maria e segue até a fronteira com a Argentina, por onde passa 30% do comércio internacional do país. Equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), de concessionárias e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) seguem no para restabelecer o fluxo viário.

“Liberamos o fluxo na BR 290. O momento é de trabalhar pela preservação da vida, reencontro das famílias e reconstrução do Rio Grande do Sul. Nesses caminhos serão permitidos transporte de alimentos, remédios, oxigênio, combustíveis, resgates e pacientes em ambulâncias”, comentou o ministro.

Já estão liberados também trechos das BRs-116/RS, entre Estância Velha a Nova Petrópolis; de Vacaria a Campestre da Serra; e de Caxias a São Marcos. Também foi restabelecido o fluxo na BR-392/RS, de Santa Maria a Caçapava do Sul, possibilitando o acesso ao Porto de Rio Grande, beneficiando a região de Pelotas. Até esta quarta-feira (8/5), serão realizadas ainda as seguintes liberações: na BR-116/RS, sentido norte do estado, no trecho do Viaduto da Scharlau, e a ponte sobre o Rio dos Sinos.

 

Na BR-470, passagem liberada de Carlos Barbosa a Montenegro; na BR-386, a ponte sobre o rio Taquari, em Estrela e Lajeado também teve o fluxo retomado, assim como na BR-290, de Eldorado a Santa Maria, com construção de um bueiro. Já no caso da BR-158, de Santa Maria a Cruz Alta, o trânsito ainda ocorre com escolta, apenas para passagens de veículos emergenciais, pois há risco no trajeto. Trânsito liberado também na BR-448, a Rodovia do Parque.

Para o ministro, chama a atenção nesse desastre a amplitude, a velocidade com que as águas subiram e a demora no escoamento, o que dificulta o dimensionamento da crise e o atendimento. “A prioridade agora é salvar vidas, liberar vias para passagem de equipes de resgate e pronto socorro e, depois, pensarmos na reconstrução”, listou.

Rodovias liberadas e em processo de liberação

1 BILHÃO – Em reunião com parlamentares na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, o ministro ainda informou que cerca de R$ 1 bilhão serão destinados pelo Governo Federal à reconstrução de rodovias federais, além do orçamento previamente destinado ao estado de R$ 1,7 bilhão.

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