Política

Veto parcial da Governadoria ao Código de Bem-estar Animal tramita na Alego

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O veto parcial ao autógrafo de nº 144, de 25 de agosto de 2021, que trata do Código de Bem-estar Animal, tramita no Poder Legislativo estadual, oriundo da Governadoria, protocolado sob nº 7512/21. O texto da propositura sob veto é de autoria dos deputados Gustavo Sebba (PSDB), Delegado Humberto Teófilo (PSL), Cairo Salim (Pros), Virmondes Cruvinel (Cidadania), Henrique Arantes (MDB), Karlos Cabral (PDT), Charles Bento (PRTB) e Delegado Eduardo Prado (DC)  no processo nº 3278/19, e estabelece princípios, regras e medidas de proteção dos animais.  

No documento, o Executivo explica que o veto refere-se ao inciso X do artigo 5º, ao artigo 25, ao parágrafo único do artigo 26, ao artigo 31, também o acréscimo do § 3º ao artigo 3º da Lei nº 14.241, de 29 de julho de 2002, no artigo 8º do autógrafo referenciado, e expõe as razões do entendimento. 

A decisão teve como base os argumentos da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). Segundo a Semad, a inovação legislativa originalmente previa a captura de animais silvestres com o objetivo de perpetuação de espécies em extinção. “O ato de apanhar animais silvestres é irregular e as sanções cabíveis são, inclusive, maiores quando a espécie é ameaçada de extinção. Não faria sentido a captura, pois a espécie já estaria escassa no ambiente natural.” 

A pasta ainda fundamentou sua recomendação com base no artigo 29 da Lei Federal nº 9.605 (Lei de Crimes Ambientais), de 12 de fevereiro de 1998, e no artigo 24 do Decreto Federal nº 6.514, de 22 de julho de 2008, que dispõe sobre as infrações e as sanções administrativas referentes a crimes contra o meio ambiente e estabelece o processo administrativo federal para a sua apuração.

Também a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) assinala que o dispositivo restringe essa espécie de eutanásia e desconsidera os impactos das patologias não zoonóticas de rebanho para a cadeia produtiva da pecuária. Para evidenciar essa indicação, a Agrodefesa apontou que o abate de animais de produção deve ocorrer sob o acompanhamento do Serviço Veterinário Oficial (SVO), conforme a Resolução nº 1000, de 11 de maio de 2012, do Conselho Federal de Medicina Veterinária. 

Sobre a questão, a agência ressaltou que a eliminação de animais não deve ser restrita somente aos casos de doenças zoonóticas, mas estendida às doenças-alvo de programas sanitários oficiais que objetivam a abertura, a manutenção e/ou a ampliação de áreas livres de enfermidades de notificação compulsória em saúde animal, conforme estabelece a Lei nº 13.998, de 13 de dezembro de 2001. 

Já o artigo 25 do autógrafo veda o transporte de animal fraco, doente, ferido ou em adiantado estado de gestação, exceto para atendimento de urgência. “A recomendação de veto da Agrodefesa a esse dispositivo fundamenta-se no artigo 5º da Lei nº 13.998, de 2001, que permite o trânsito e a movimentação de animais em Goiás somente com a posse de documentos zoossanitários e outros previstos pela Defesa Sanitária Animal”, ressalta, além de assinalar outros detalhes pertinentes ao transporte e controle da sanidade animal.

Além disso, a Agrodefesa afirma que o artigo 31 da propositura, ao proibir a venda de cães e gatos que tenham menos de oito meses de vida, não é proporcional, tampouco razoável, na medida em que, a um só tempo, inviabiliza o comércio formal e incentiva a clandestinidade. 

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“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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