Minas Gerais

Uso correto da máscara é principal aliado na proteção contra novas cepas do coronavírus

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Use máscara. Esse é um alerta repetitivo, maçante, mas necessário, especialmente com o surgimento das novas cepas. Minas Gerais, assim como todo o país, já identificou a circulação de novas variantes do coronavírus, mais potentes e transmissíveis, o que vem gerando aumento dos casos, internações e óbitos no estado, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).

Por isso, mais do que nunca é fundamental escolher o tipo correto da máscara e o usá-la adequadamente, cobrindo totalmente o nariz e a boca, além de seguir as recomendações de distanciamento social e uso do álcool em gel nas mãos.

“É um cenário nunca antes vivido no estado, é o pior momento da pandemia, muito vinculado às novas cepas que vem circulando por aqui”, alerta o secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti.

Filtro

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o uso de bandanas, lenços, máscaras de plástico (conhecidas como face shields), máscaras de acrílico ou os modelos com válvula N95 ou PFF2 dentro dos aeroportos e aviões. Um dos objetivos da medida é tentar conter a transmissão comunitária das novas cepas entre os estados brasileiros.

“A máscara vai proteger o principal mecanismo de transmissão do vírus, que é a gotícula. Quando colocamos esta barreira física (máscara) no nariz e na boca, conseguimos reter na parte interna boa parte das gotículas quando falamos, tossimos e respiramos. Assim, diminuímos de forma significativa a troca destas gotículas entre as pessoas. Geralmente, máscaras simples de pano, tricô e outros materiais não profissionais têm uma capacidade muito baixa de filtrar o ar, não oferecendo a proteção necessária. O ideal é que as máscaras tenham pelo menos três camadas”, explica Flávio de Souza Lima, médico infectologista da diretoria assistencial da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).

Escolha certa

Até então comum somente em ambientes hospitalares ou em estabelecimentos da área da Saúde, principalmente pelos profissionais, as máscaras N95 ou PFF2 têm sido as mais recomendadas por especialistas. Ela possui poder de filtragem maior do que as cirúrgicas e é considerada um Equipamento de Proteção Individual (EPI).

Elas cobrem totalmente o nariz e boca de forma muito mais ajustada e “firme” ao rosto. Além de reter as gotículas, ainda protegem os usuários dos aerossóis, que são partículas minúsculas que ficam suspensas no ar por alguns minutos.

Já a versão com a válvula, que foi proibida pela Anvisa nos aeroportos e aviões, por exemplo, não filtra as partículas de dentro para fora (por causa da válvula), podendo contaminar o ambiente caso a pessoa esteja doente.

Apesar de recomendar a N95 como a opção mais segura, Flávio de Souza Lima afirma que, além das máscaras cirúrgicas, que são descartáveis, as pessoas devem se atentar não somente à estética da máscara, mas principalmente à sua qualidade. 

“Temos muitas opções baratas e de boa qualidade, de tecido mesmo. O importante é que a máscara tenha pelo menos três camadas para aumentar o filtro do ar e seja utilizada de forma correta. Não pode haver espaço para a saída e entrada do ar livremente em nosso sistema respiratório. O distanciamento entre as pessoas também na hora de conversar é outro importante aliado na prevenção”, ponderou o médio infectologista. Ele disse, ainda, que as pessoas podem continuar utilizando o face shield, mas como um complemento da máscara, e não como única proteção.

Mito

O infectologista ressalta a importância de se derrubar o mito de que a máscara promove um aumento de inspiração de gás carbônico a níveis acima dos tolerados pelo organismo, podendo causar algum tipo de problema. Muitas fake news circulam e acabam confundindo a população. Segundo Souza Lima, diversos estudos neste sentido já foram realizados. “Não há nenhum acúmulo significativo de gás carbônico e não há prejuízo para a saúde”, frisa.

A utilização da proteção facial na prática de esportes, segundo o infectologista, também é recomendada. Ele diz que algum desconforto e aumento da fadiga é natural devido aos filtros impostos pela máscara, mas que o maior benefício é assegurar a proteção das vias aéreas de possíveis contaminações.

“Se a pessoa conseguir usar a máscara durante exercícios físicos, não há nenhum prejuízo para a saúde também. É esperado que a capacidade física possa cair um pouco. Se a pessoa tiver sinais de fadiga ou exaustão, ela diminui a carga de esforço”, pondera.

Covid-19

Causada pelo coronavírus SARS-Cov-2, a covid-19 é transmitida principalmente por meio do contato com pequenas gotículas que contêm o vírus e são expelidas por pessoas infectadas. Quando entram em contato com as nossas vias aéreas, ele pode começar a se multiplicar no nosso corpo, desenvolvendo desde as formas leves às mais graves da doença, levando, inclusive, a óbito.

O uso das máscaras, aliadas às demais medidas de prevenção, é fundamental neste momento em que o sistema de Saúde do estado está sobrecarregado. Segundo o médico, somente a colaboração da população e o avanço do processo de vacinação contra a covid-19 serão capazes de ajudar a superar a pandemia.

“Quanto mais você reduz a transmissão e o surgimento de novos infectados, menos pessoas vão desenvolver a doença, principalmente da forma mais grave, que é o principal gargalo que estamos vivendo hoje em relação à capacidade de atendimento”, diz o médico, lembrando da importância de se evitar aglomerações.

Prevenção

Há pouco mais de um ano, o uso do item de proteção facial se tornou uma realidade que, até então, era praticada somente dos profissionais da Saúde. Elas serviam, principalmente, para proteger os trabalhadores da saúde e pacientes com doenças respiratórias.

Além da covid-19, doutor Flávio ressalta que a utilização das máscaras protege as pessoas do contágio de diversas outras doenças graves.

“O uso das máscaras ajuda na prevenção de doenças bacterianas e virais que são infecciosas e transmitidas por vias aéreas, como meningite, tuberculose e outros tipos de gripes”, afirmou.

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Minas Gerais

Alunos voltam às aulas presenciais em 85 escolas de Minas Gerais

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Nesta segunda-feira (21/6), 85 escolas em 16 municípios retomaram as atividades presenciais no modelo híbrido desenvolvido pela Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG). A semana marca importante passo nas atividades da rede estadual, após quase um ano e meio de ensino remoto.

Com toda segurança e cuidado com a comunidade escolar, foram aplicados os protocolos sanitários, definidos pelo Comitê Extraordinário Covid-19 e Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), e implementado um checklist nas unidades de ensino para garantir que todos estejam e se sintam seguros neste momento.

A retomada está sendo feita, nesta semana, em escolas de municípios localizados nas ondas amarela e/ou verde do Plano Minas Consciente, e nos quais as prefeituras não apresentaram nenhuma restrição.

Além disso, a participação dos estudantes nas atividades presenciais é facultativa às famílias. Nos casos em que os pais ou responsáveis optarem por não liberar o aluno para o ensino presencial, será mantido o regime totalmente remoto, para garantir a continuidade dos estudos. O estudante que optar por permanecer com suas atividades de forma remota, continuará desenvolvendo suas atividades sem prejuízos.

Alegria pelo retorno

Na Escola Estadual Eleonora Nunes Pereira, em Itabira, a manhã foi de recepção aos alunos e comemoração pelo reencontro. Juliana Luciana Santos, mãe do aluno Davi Emmanuel Santos, destaca o acolhimento e segurança do cumprimento dos protocolos para confiar seu filho à escola. “É uma satisfação imensa ver o sorriso no rosto do meu filho, de estar de volta à escola. Conhecer os novos amigos, a professora, a escola de forma geral”, destaca.

Ainda de acordo com Juliana, perceber o trabalho para deixar o ambiente seguro a deixou tranquila. “Pude perceber os cuidados, a segurança que a escola está nos fornecendo e eu me senti muito feliz com esse cuidado com o público. Não só com as crianças; a gente pode notar, eles passam essa segurança pra gente e pudemos ver isso”, pontua.
 

SEE / Reprodução

Empolgada, a diretora da unidade de ensino, Rosilene Simone de Carvalho, recepcionou pais e alunos na entrada da escola. Emocionada com o momento, ela faz um chamado para quem ainda não pôde voltar às aulas. “Estamos preparados para receber a comunidade escolar como um todo e ter nossos alunos de volta. Portões estão abertos esperando todos os estudantes”, ressalta.  

Segurança dos protocolos

Em Morro do Pilar, a felicidade em poder voltar ao convívio escolar não foi diferente. Na porta da Escola Estadual Cardeal Mota, os alunos foram recebidos com muita alegria e, desde o momento da chegada, já começaram a ter contato com os protocolos estabelecidos para a segurança sanitária. 

A vida voltando aos corredores e salas de aula das escolas, com a presença dos alunos, é muito importante, mas ainda não foi possível em todos os municípios e regiões de Minas. Todo o processo de retomada está sendo feito de forma planejada, segura e gradual, respeitando os protocolos sanitários e as evoluções das ondas do plano Minas Consciente, que monitora os índices epidemiológicos no estado. Assim, é fundamental que as famílias fiquem atentas às comunicações feitas pelas escolas para que recebam todas as orientações necessárias. Em caso de dúvidas, o contato com o gestor escolar é de extrema importância para esclarecimentos de todas as informações.

Para que o retorno aconteça com toda segurança, todas as escolas estaduais passaram por um checklist criterioso, validado pelo diretor da escola e pelo inspetor escolar, para aplicação dos protocolos sanitários, com adequações no ambiente e disponibilização dos equipamentos de proteção e produtos de higiene e limpeza. Tudo foi feito com muito cuidado para proporcionar à comunidade escolar um ambiente seguro.

Para confirmar em qual onda do Plano Minas Consciente seu município está, acesse www.mg.gov.br/minasconsciente

Ondas

Sempre que algum município for classificado na onda amarela ou verde, podendo ser consideradas também as microrregiões, será possível a retomada das atividades presenciais, desde que não exista nenhum decreto municipal de impedimento.

Havendo disponibilidade, o retorno sempre se dará primeiramente com o acolhimento dos professores e profissionais nas escolas em uma semana e, na semana seguinte, com a volta dos alunos. Essa dinâmica gradual e alternada – de acolhimento primeiramente dos profissionais e na outra semana dos alunos – deve prevalecer para a retomada em cada unidade de ensino. Por isso, é importante que as famílias mantenham sempre o contato com a direção da escola para acompanharem as informações.

A retomada das atividades escolares presenciais começa a partir dos anos iniciais do ensino fundamental, nível de ensino com estudantes em fase de alfabetização e com maior necessidade de apoio presencial para o processo de aprendizagem e para a criação de vínculos com as escolas e os professores. No ensino híbrido, haverá alternância entre o atendimento presencial e o remoto.

Nesta semana de 21 a 25/6, por exemplo, os alunos participam das atividades pedagógicas presenciais; na semana seguinte, as unidades de ensino não terão atividades presenciais e os professores farão o atendimento pelo aplicativo Conexão Escola. Já na outra semana, as atividades voltam a ser presenciais – e assim por diante.

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