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União leva novas cores a Taguatinga

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Resultado do trabalho de 11 artistas, as pinturas renovaram todo o ambiente | Fotos: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Há 16 anos morando no Distrito Federal, a baiana Elisângela Bispo dos Santos, 41 anos, desde que chegou, vende bijuterias numa banca em frente à fachada do Centro de Ensino Médio EIT (Cemeit) de Taguatinga. Sentada num banco de costas para a Avenida Comercial, há cerca de dois meses ela acompanha a transformação radical pela qual aquele espaço vem passando.

E não foram poucas mudanças. Antes cheio de mato, com as paredes desgastadas e grades antigas enferrujadas, o lugar, que virou morada de pessoas em situação de rua, ganhou visual alegre. Agora, cores vivas de 11 artistas da cidade e do entorno fazem parte do cenário, junto a novos alambrados coloridos instalados, grama plantada e o piso da calçada reformado.  A entrega dessa primeira parte do projeto de reforma foi feita na manhã desta terça-feira (5).

“Tenho minha banquinha aqui há 15 anos e nunca vi uma obra tão bonita como essa nesse lugar”, conta Elisângela. Por sua vez, o coordenador regional de Ensino de Taguatinga, Juscelino Nunes Carvalho, responsável pela iniciativa do projeto, reforça: “Nasci em Taguatinga, passei minha infância nessa rua, ficava inconformado de ver o lugar largado do jeito que estava”.

Elisangela Bispo: “Tenho minha banquinha aqui há 15 anos e nunca vi uma obra tão bonita como essa nesse lugar”

Os painéis pintados por grafiteiros trazem temas diversos que homenageiam a cidade. Lá estão a ave branca, símbolo de Taguatinga, além de referências à arte urbana – como o hip-hop -, educação e exaltação às áreas verdes da Região Administrativa (RA).

Os artistas entraram com o talento e a criatividade. A administração local valeu-se de recursos de emenda parlamentar de R$ 170 mil, montante destinado por dois deputados distritais – R$ 125 mil por Leandro Grass e R$ 45 mil por Reginaldo Veras. É a união fazendo a força para o bem-estar da comunidade local.

“Amei participar desse projeto e tentar falar um pouquinho de Taguatinga”, comenta o artista visual Minoru Kasegava, 41 anos, que estilizou a famosa águia de Taguatinga num espaço entre 4 m de altura por 6 m de largura. “Fiz a águia mais realista que pude, mantendo as cores da bandeira de Taguatinga”, explica, destacando o azul e o branco.

Parque da Praça

O administrador de Taguatinga, Bispo Renato Andrade, destaca a importância do trabalho em equipe na realização dessa ação de resgate do espaço. “Foram várias mãos trabalhando para que essa ação pudesse acontecer”, relata. “O próximo passo nosso é a revitalização do Teatro da Praça”.

Parte da verba para essa segunda etapa do projeto de reforma do Centro Cultural da Praça já está garantida por meio de emenda parlamentar – R$ 125 mil aportados pela deputada distrital Júlia Lucy. Essa verba será utilizada no reparo das instalações elétricas, do ar-condicionado e de parte dos estofados, que serão trocados.
“Esses trabalhos representam um pontapé no projeto de retomada da autoestima da cidade, para as pessoas notaram que algo está sendo feito”, avalia Juscelino Carvalho. E todo mundo percebe. “Fiquei muito feliz de passar na frente da escola em que estudei e ver que estão cuidando bem dela”, elogiou a empresária Cândace Costa, 52 anos, de passagem na região.

“Esses trabalhos representam um pontapé no projeto de retomada da autoestima da cidade” Juscelino Nunes Carvalho, coordenador regional de Ensino de Taguatinga

Escola pioneira

Espaço Cultural: vida nova ao contexto no qual se destaca parte da história de uma cidade que faz parte dos primórdios de Brasília

A história do Cemeit de Taguatinga se confunde com o surgimento da própria cidade, uma das pioneiras do DF. Idealizada em 1959 pelo poeta Caldêncio Mewton de Carvalho Souza – então funcionário do Ministério da Educação -, o espaço nasceu primeiro como Escola Industrial de Taguatinga (EIT), para ensinar filhos de operários que trabalhavam duro na construção da nova capital a se especializarem em algum curso profissionalizante.

Dois anos depois, o local se tornaria a primeira escola de ensino médio de Taguatinga. Já o Teatro da Praça, criado em 1966 e desvinculado da escola desde os anos 1990, faz parte de complexo cultural que abriga a Biblioteca Pública Machado de Assis, a Academia Taguatinguense de Letras e a Biblioteca Braille Dorina Nowil.

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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