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Temporada 2022 da Sala Cecilia Meirelles começa em março, no Rio

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A Sala Cecília Meireles, espaço da Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (Funarj), inicia a Temporada 2022 nos próximos dias 11 de março, às 19h, e 12 de março, já com o novo horário de sábados, às 16h, com a Série Orquestras. Os concertos serão presenciais, com transmissão pelo YouTube.

A programação da Temporada 2022 tem o apoio da Associação dos Amigos da Sala Cecília Meireles, com patrocínio da Petrobras e da mineradora Vale. Ela engloba recitais com grandes solistas e concertos, com obras do repertório coral-sinfônico envolvendo da música barroca ao jazz, e passando pela nova criação contemporânea. A nova programação estará no site da Sala a partir desta segunda-feira (7). Está prevista na temporada a estreia de uma obra encomendada pela Sala Cecília Meireles. Serão diversas séries e festivais que celebram temas e datas importantes, como os 175 anos de morte de Mendelssohn e os modernistas cariocas que precederam a Semana de Arte Moderna de 1922.

Série Orquestras

A Série Orquestras começa com a Orquestra Petrobras Sinfônica, sob a regência do maestro Isaac Karabtchevsky e apresentando Ricardo Amado, no violino. Do programa fazem parte “Seis Maracatus de Capiba”, de César Guerra-Peixe (1914-1993); Concertino para violino e orquestra de câmara; e Museu da Inconfidência. Tanto para o dia 11 quanto para o dia 12 de março, os ingressos têm valor de R$ 40.

As principais orquestras do Rio de Janeiro se apresentarão durante o ano para o público da Sala Cecília Meireles durante toda a temporada de 2022, dirigidas também pelos maestros Claudio Cruz, Fabio Mechetti, Luiz Fernando Malheiro, Tobias Volkmann e Marco Aurélio Lischt. Serão interpretadas obras do repertório sinfônico e coral-sinfônico no espaço da Funarj. Destaque ainda para os programas dedicados aos compositores Brahms (7 e 8 de outubro) e Bach (17 de dezembro).

Outras séries

No dia 16/3, às 18h, com ingressos a 20,00, começará a Série Música de Câmara, com o Quinteto de Sopros da Filarmônica de Minas formado por Cássia Renata Lima, flauta; Alexandre Barros, oboé; Marcus Julius Lander, clarinete; Adolfo Cabrerizo, fagote; e Alma Liebrecht, trompa. O programa começa com três peças breves de Jacques Ibert (1890-1962): Allegro, Andante e Assez lent; seguindo-se Samuel Barber (1910-1981), com Summer music; Suíte, de Radamés Gnattali (1906-1988); e Quinteto, de Heitor Villa-Lobos (1887-1959). Outros destaques são o espetáculo Estações Impressionistas do Quinta Essentia e o duo formado pelas intérpretes Elisa Fukuda e Vera Astrachan.

Na sexta-feira 25/3, às 19h, com ingressos a R$ 40, a Série Pianistas apresenta jovens pianistas franceses, entre os quais Théo Fouchenneret. O programa inclui a Sonata para piano nº 28, op.101, de Ludwig van Beethoven; Fantasie, op.1, de Robert Schumann (1810-1856); e Rondo capriccioso op.14, de Felix Mendelssohn (1809-1847). A Série Pianistas será dedicada à memória de Jacques Klein, diretor da Sala Cecília Meireles em duas ocasiões (1971-1976 e 1980-1982), pelo 40º aniversário de sua morte. Clélia Iruzun, que foi uma das alunas de Klein, fará um recital especial em memória do mestre.

Instrumento e voz

No dia 18/3, começa o Festival Violoncelo em Foco. O festival traz grandes intérpretes do instrumento como Fábio Presgrave, Pavel Gomziakov, Marina Martins, Rafael Cesário e Gustavo Tavares. Destaque para os dois concertos com Antônio Meneses interpretando a integral das Suítes para Violoncelo de Bach e o conjunto de oito violoncelos que apresentará obras de Villa-Lobos e Mario Tavares, integrado por Hugo Pilger, Marcus Ribeiro, Mateus Cecatto, Janaína Salles, Emília Valova, Paulo Santoro, Ricardo Santoro e Glenda Kreinski.

A Série Cantares tem na voz seu grande destaque e contará com a participação de cantores brasileiros, do tenor uruguaio Alfonso Mujica e da soprano italiana Antonella Cesare. O tenor Paulo Mandarino e o pianista André dos Santos apresentarão o espetáculo Amores e Sonetos Impossíveis, enquanto o barítono Vinícius Atique e o violonista Fábio Zanon interpretarão um repertório dedicado a canções espanholas.

Há ainda a série Sala Jazz, dedicada à música popular vocal e instrumental, com realização no Espaço Guiomar Novaes. Entre os convidados, Nelson Faria (voz e violão), Gilson Peranzetta (piano) e Julie Wein (voz e piano). A Série Sala Contemporânea, por sua vez, traça um painel da música dos séculos 20 e 21, desde Schoenberg à nova geração de compositores. A programação ressalta a Abstrai Ensemble, que faz a estreia brasileira de “Dmaathen”, de Iannis Xenakis, e de outras obras.

Na programação da Ópera na Sala, serão apresentadas três óperas de câmara contemporâneas, que são “O doido e a morte”, do compositor português Alexandre Delgado; e as infantis “O rei de uma nota só” e “A borboleta azul” de Jorge Antunes, homenageado pelos seus 80 anos.

Mendelssohn

Os 175 anos de morte de Felix Mendelssohn serão apreciados pelo público no Festival Mendelssohn, em sua música para cordas, que ele começou a escrever aos 14 anos. O Quarteto Carlos Gomes e músicos convidados apresentam a integral dos quartetos, quintetos e o famoso octeto em quatro concertos, levando os espectadores para uma viagem ao universo sonoro do compositor alemão.

No Festival Modernistas Cariocas, as homenagens são para os precursores da Semana de Arte Moderna de 1922. O evento se baseia em pesquisas do musicólogo Manoel Correa do Lago registradas em seu livro “O círculo Veloso-Guerra e Darius Milhaud no Brasil – Modernismo musical no Rio de Janeiro antes da Semana”, para reconstituir os programas de intérpretes como Nininha Veloso-Guerra, que tocavam a nova música de Debussy, Alberto Nepomuceno, Villa-Lobos (que participou da Semana), Darius Milhaud e Glauco Velasquez.

Programa Gestores e Orquestras Juvenis

A Sala Cecília Meireles apresenta também na nova temporada o Programa Gestores 2022, destinado a músicos e administradores da área da cultura interessados em gestão de salas de concerto. O Programa Gestores 2022 inclui, em seu primeiro módulo, palestras e tutoriais online com profissionais que atuam no espaço e também convidados. Os resultados dos laboratórios de programação musical e produção de concertos dos módulos 2 e 3 serão apresentados em formato de festival com 12 concertos, no Espaço Guiomar Novaes.

Outra atração é o Festival de Orquestras Juvenis e grupos que utilizam a música como ferramenta de integração social, que se apresentarão no final de semana de 9 a 11 de dezembro. Haverá também na Sala Cecilia Meireles master-classes, nas quais grandes intérpretes nacionais e estrangeiros que participam da temporada vão compartilhar experiências e conhecimentos musicais com estudantes de música e jovens artistas. Entre eles estão Jean Louis Steuerman, Nelson Faria, Gilson Peranzetta, Antonio Meneses, Fabio Zanon, Quarteto Carlos Gomes e Andrew Simpson.

Concerto de Natal

Encerrando a temporada, no dia 17 de dezembro, às 16h, será realizado o Concerto de Natal, apresentando a peça de Bach Oratório de Natal Bwv 248 – Cantatas 1, 2 e 3. Participação de Marly Montoni, soprano; Lara Cavalcanti, mezzo; Anibal Mancini, tenor; Marcelo Coutinho, barítono; o Coral Canarinhos de Petrópolis; o Coral das Meninas Cantoras de Petrópolis; e a Orquestra Sinfônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) sob a regência de Marco Aurélio Lischt. (Alana Gandra)

A programação internacional da Sala Cecília Meireles tem apoio do Instituto Camões e DG Artes (Portugal), Instituto Italiano de Cultura e Consulado-Geral da França no Rio. O período de 23 a 26 de abril está reservado para a realização do Concurso Internacional de Piano – Lilian Barretto, na Sala Cecilia Meireles.

Edição: Nélio Neves de Andrade

Fonte: EBC Geral

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Ação Social

No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

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Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

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