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Tebet destaca otimismo econômico durante participação no Bom Dia, Ministro

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Ministra do Planejamento e Orçamento conversa com radialistas de todo o país sobre reforma tributária, piso de enfermagem, lei de igualdade salarial e Programa de Aceleração do Crescimento

Nesta quarta-feira (5/7), a ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) conversou com rádios de todas as regiões, conectadas com a transmissão do programa Bom dia, Ministro, e destacou dois dos principais temas em debate na agenda política do país: a reforma tributária e o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Tebet se mostrou otimista com os números da equipe econômica e animada com a expectativa de crescimento do Brasil.

Tebet se mostrou otimista com números da equipe econômica - Foto: Rafa Neddermeyer (EBC)

Tebet se mostrou otimista com números da equipe econômica – Foto: Rafa Neddermeyer (EBC)

“O aumento de investimentos; dólar caindo; taxa de desemprego caindo; inflação caindo; tudo isso faz com que a gente tenha convicção de que crescendo e gerando empregos a gente diminui a desigualdade social”, listou a ministra. “Precisamos de estabilidade e precisamos também colocar o pobre no orçamento para desenvolver o Brasil”.

A ministra ainda detalhou, no bate-papo com radialistas, diversos aspectos do Plano Plurianual, da Lei de Igualdade Salarial, sancionada pelo presidente na segunda-feira (3), do Censo Demográfico, dos investimentos em saneamento básico, do piso de enfermagem e da queda de juros.

O programa foi transmitido pelas redes sociais do CanalGov e nos canais abertos de rádio e TV da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Ao vivo, contou com a participação de jornalistas das rádio Caçula (do Mato Grosso do Sul); Cultura (de Pernambuco); Nacional AM (Brasília); Nova Brasil FM (representando São Paulo e os estados do Sudeste); Itatiaia (de Minas Gerais); Gaúcha (do Rio Grande do Sul); Liberdade (do Ceará); e Belém FM (do Pará).

Acompanhe os principais trechos do programa com a ministra Simone Tebet

  • PLANO PLURIANUAL — O plano é um planejamento que a Constituição determina do que o Governo Federal que está em exercício vai fazer enquanto está no poder. A diferença desse PPA é que vai ser o mais participativo da história, construído pelas mãos do povo brasileiro. E o que as pessoas mais querem é o básico. O Brasil é tão diverso, mas naquilo que é básico a desigualdade se faz presente em todos os lugares, isso só confirma que o país tem um déficit social imenso e isso é inconcebível num país tão rico.
  • IGUALDADE SALARIAL — Quando a gente fala em avançar em políticas públicas no combate à violência contra a mulher, a gente tem o apoio de todos, inclusive parlamentares do sexo masculino. Mas, quando falamos de empoderamento, de garantir às mulheres igualdade e melhores condições, tudo é mais difícil. A gente percebe por conta disso que o problema é uma questão cultural. A importância de termos mais mulheres na política é para que tenhamos mulheres olhando por mulheres. Porque se nós não fizermos por elas, ninguém vai fazer. Agora é lei e vai doer no bolso de quem descumprir.
  • FISCALIZAÇÃO DA LEI — Nós iremos ter um disque denúncia para que qualquer mulher que se sinta violada ou prejudicada nesse aspecto possa fazer denúncia. Essa denúncia será encaminhada para o Ministério do Trabalho, que vai regulamentar essa lei pra garantir a fiscalização. Em caso de descumprimento da lei, será aplicada uma multa.
  • CENSO DEMOGRÁFICO — O Censo é a base de tudo, é o nosso raio-x. O Censo começou ruim ano passado, mas colocamos mais R$ 380 milhões de reais, porque esse dinheiro não é gasto, é uma economia de bilhões em recursos para serem aplicados em políticas públicas necessárias. A boa notícia é que nós conversamos com o Congresso e ele aprovou na Câmara e no Senado e o presidente já sancionou a lei estabelecendo que em função desse tempo todo, em que o Censo mostrou que não somos do tamanho que imaginávamos, nenhum município e estado vai perder valores de fundos na monta da perda da sua população. O que vai acontecer é uma escadinha do ano que vem até 2026, que eles vão perder apenas 10% do valor que eles perderiam.
  • MINHA CASA, MINHA VIDA — Houve muita evolução no MCMV. As casas estão melhores construídas e a legislação já exige uma série de instrumentos, ou seja, que ela tenha asfalto, iluminação, que esteja próxima de postos de saúde, escolas, creches, etc. E no caso do saneamento, sem saneamento não temos saúde pública. As empresas privadas que receberem esse serviço público terão um prazo para que possamos dobrar o número de tratamento de esgoto no brasil e quase chegar a universalização da água tratada. Essas duas coisas se juntam: o marco do saneamento vai acelerar a construção de dutos para garantir saneamento básico para população, aliada ao fato que o Ministério da Cidades está muito atento em relação às áreas que são apresentadas pelos municípios para a construção de casas para dar qualidade de vida pra quem vai receber a casa própria.
  • CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL — O cidadão quer saber se a vida dele vai melhorar ou não, se ele vai ter emprego, renda, se vai colocar alimento na mesa, e é isso que interessa. Um Brasil que alimenta o mundo ter a vergonhosa marca de deixar 6 milhões de crianças dormindo com fome todos os dias, significa que o Brasil não cresce. Porque o que gera emprego, renda, qualidade de vida é crescimento sustentável e duradouro. Quando o Brasil não cresce, ele não gera emprego. Além de ajustar as contas públicas, a minha obrigação e responsabilidade é controlar gastos, gastar bem o pouco que se tem para sobrar para o que o povo precisa. O povo precisa de emprego, casa popular, creche, saúde pública.
  • INVESTIMENTO FEDERAL — O novo PAC, que vai ser anunciado em breve, é um pacote de projetos de investimentos para fazer o Brasil voltar a crescer. Investimentos públicos do orçamento brasileiro, mas também um pacote de investimentos privados. Teremos três linhas de frente: investimento público, com base no valor do orçamento, aquilo que é o imposto do povo brasileiro, investimento privados através de concessões (rodovias, portos, aeroportos, ferrovias) e também Participação Público-Privada. A única diferença agora é que estamos esperando o arcabouço ser aprovado para ver quanto de espaço fiscal a gente vai ter para falar o valor desse pacote.
  • REFORMA TRIBUTÁRIA — A reforma tributária ideal é aquela possível que passe, nós estamos brincando com o povo brasileiro há mais de 30 anos. O sistema tributário no Brasil é um dos piores do mundo. A carga tributária é tamanha, o sistema tributário é tão caótico, que o empresário, especialmente da indústria, não consegue competir com o mundo e não consegue ter segurança de que ele vai ter retorno financeiro. A Reforma Tributária é a única bala de prata. Quer fazer o Brasil crescer? Qualidade de vida, renda, carteira assinada, sobrar dinheiro para lazer? Aprovem a reforma tributária!
  • PISO DE ENFERMAGEM — Eu posso falar até assumindo parte da culpa em relação a isso porque eu tava no senado quando nós aprovamos o piso de enfermagem. Mas a gente saiu de uma pandemia muito machucado, e na pressa faltou foi um pouco mais de cuidado e zelo na feitura da emenda constitucional, a lei e o texto não ficaram claros, isso gerou muita dúvida. Nós já colocamos R$ 7 bilhões esse ano pra repassar aos estados e municípios. O dinheiro já está garantido, e a boa notícia é que mesmo com o teto de gastos, o piso da enfermagem está fora. A segunda boa notícia é que no orçamento do ano que vem nós vamos colocar o valor cheio para repassar para estados e municípios para repassar o piso de enfermagem pro setor público.
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Ação Social

No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

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Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

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