Meio Ambiente

Caiado destaca queda de 18% no desmatamento em Goiás e prevê meta zero até 2030

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Dados foram passados durante encontro de ministros com governadores em Brasília para discutir ações de proteção do Cerrado

O governador Ronaldo Caiado participou de reunião com o Governo Federal nesta quarta-feira (27/03), em Brasília, para discutir maneiras de reduzir o desmatamento no Cerrado brasileiro. Na oportunidade, Caiado apresentou dados que mostram queda de 18% no desmatamento no ano de 2023 no estado, no comparativo com 2022. Ele também reiterou o compromisso do Governo de Goiás de zerar o desmatamento ilegal até 2030.

Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados em 28 de novembro do ano passado, constatam que Goiás liderou o percentual de queda na supressão de vegetação nativa entre todos os estados que possuem o bioma Cerrado. Com exceção de Mato Grosso (-17%), Minas Gerais (-12%) e Piauí (-5%), todas as outras unidades da federação registraram crescimento nos índices de desmatamento.

“Hoje, Goiás é um exemplo. Nós tivemos uma queda no desmatamento e estamos dentro dos parâmetros de exigência de primeiro mundo”, explicou Caiado ao citar que o estado realiza avaliação de toda a área que está sendo desmatada ilegalmente e exige a recomposição da vegetação suprimida sem autorização. “Além disso, fomos os primeiros no Brasil a fazer um acordo chamado Desmatamento Ilegal Zero em Goiás”, disse ao relembrar o pacto assinado com o setor produtivo em que se comprometeram a unir esforços para acabar com o desflorestamento até o 2030.

Situação preocupante
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que participou do encontro, destacou que a pasta está buscando soluções para combater a supressão ilegal no Cerrado assim como já está sendo feito na Amazônia. “Estamos conseguindo reduzir o desmatamento em mais de 50% na Amazônia, mas, infelizmente, a situação do Cerrado é preocupante. Por isso é fundamental a participação dos governos estaduais nesse processo”, pontuou, enfatizando que é possível fazer com que o desmatamento caia sem prejudicar os interesses econômicos, sociais e ambientais dos estados.

O chefe do Executivo estadual expressou preocupação com o Cadastro Ambiental Rural (CAR), sistema do governo federal responsável pelo cadastro de todos os imóveis rurais do país, que reúne informações ambientais das propriedades referentes às vegetações nativas, possibilitando o monitoramento do desmatamento no país. De acordo com Caiado, as informações dos imóveis goianos não chegam ao governo, inviabilizando a tomada de ações de prevenção.

A secretária estadual de Meio Ambiente de Goiás, Andrea Vulcanis, revelou que o estado está encerrando uma licitação para a contratação de um sistema próprio de cadastro ambiental rural, que será responsável pela análise dos dados estaduais. “Vamos conseguir manter as propriedades rurais absolutamente regularizadas perante a legislação brasileira”, explicou.

A reunião em Brasília foi presidida pelo Ministro da Casa Civil, Rui Costa, em parceria com os ministros do Meio Ambiente, Marina Silva; do Planejamento, Simone Tebet; e da Agricultura, Carlos Fávaro. Participaram também representantes do Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Bahia, Maranhão, Minas Gerais e Tocantins.

Fotos: Romullo Carvalho / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

 

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Meio Ambiente

Governo Federal dialoga com estados para combate ao desmatamento no Cerrado

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Ministros da Casa Civil, Meio Ambiente, Agricultura, Ciência e Tecnologia e Planejamento receberam governadores e pactuaram ações conjuntas para o bioma

Unificar base de dados, formar grupo de trabalho para reuniões periódicas e definir cidades prioritárias para o combate ao desmatamento ilegal no Cerrado são ações destaque pactuadas na tarde desta quarta-feira (27) entre o Governo Federal e os governos dos oito estados com a presença do bioma.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, liderou a agenda ao lado da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, dialogando com os governadores dos estados do Maranhão, Carlos Brandão; Minas Gerais, Romeu Zema; Goiás, Ronaldo Caiado; Mato Grosso, Mauro Mendes; Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel; Tocantins, Wanderlei Barbosa, e da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão; e do secretário de Meio Ambiente da Bahia, Eduardo Sodré. Também participaram da agenda os ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro; do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

O ministro Rui Costa abriu a reunião com o detalhamento do trabalho feito pelo governo brasileiro até aqui para que a produção agropecuária e a sustentabilidade caminhem em harmonia. “O presidente Lula fez intensas agendas internacionais, que culminaram na abertura de 100 novos mercados para a nossa agropecuária, e trouxe a preocupação e a exigência mundial da questão da sustentabilidade”, disse Costa ao comemorar a liderança do Brasil como grande produtor e fornecedor mundial de alimentos.

Nesse sentido, o ministro convidou cada governador para participar da força-tarefa do combate ao desmatamento ilegal no Cerrado. “Vamos unificar os nossos sistemas, integrar nossas bases de dados para que os nossos produtores tenham segurança e o apoio necessário para acessar novos mercados e novos investidores”, assinalou Costa.

Além da unificação proposta e aceita, um grupo de trabalho entre ministros e governadores se reunirá periodicamente para acompanhar dados e tomar decisões, outra medida é destacar as cidades destes oito estados em que a situação do desmatamento é mais preocupante. O tripé das medidas acordadas hoje já está em andamento. “Sabemos da importância do nosso país para ajudar o mundo na questão da segurança alimentar, e vamos avançar na sustentabilidade, no investimento em tecnologia. Esta é uma grande oportunidade para o Brasil”, destacou.

A ministra Marina Silva disse que o país vai trabalhar para o aumento de produção por ganho de produtividade. “O mundo está colocando a questão da sustentabilidade, da preservação da biodiversidade como parte de sua agenda estratégica e, nesse sentido, vamos trabalhar para que esses pré-requisitos sejam cumpridos”, assinalou ao pontuar os desafios climáticos que vêm pela frente.

Os governadores manifestaram concordância para a força-tarefa e apresentaram suas atuações no combate ao desmatamento ilegal em seus estados. “No Mato Grosso, conseguimos identificar qualquer desmatamento acima de meio hectare em até 24 horas”, afirmou o governador Mauro Mendes. Para além do combate ao desmatamento, o governador Carlos Brandão Júnior, apresentou um dos projetos do estado do Maranhão para a preservação ambiental: o programa Floresta Viva. “Estamos organizando no Maranhão este programa, que faz um contraponto ao desmatamento”.

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