Saúde

SP: internações de crianças por covid-19 cresceram 47% na rede privada

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O número de crianças internadas com covid-19 cresceu nos hospitais particulares do estado de São Paulo. Isso é o que apontou uma pesquisa feita pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Laboratórios e Demais Estabelecimentos de Saúde do Estado de São Paulo (SindHosp), divulgada hoje (12).

Segundo a pesquisa, que apurou dados com 93 hospitais de 12 das 17 regionais de saúde do estado paulista entre os dias 8 e 11 de março, o aumento no número de crianças e adolescentes internados já corresponde a 47% na rede privada. O número absoluto de crianças internadas não foi divulgado pela pesquisa.

Ontem (11), segundo dados disponibilizados no site do governo estadual de São Paulo dedicado exclusivamente a informações sobre o novo coronavírus, três hospitais infantis administrados pela prefeitura da capital paulista registravam 28 pacientes internados, sete deles em estado grave. No Hospital Municipal Menino Jesus, havia ontem sete pacientes internados, sendo que quatro estavam em unidades de terapia intensiva (UTI). Já no hospital infantil Darcy Vargas eram sete os internados, sendo um em UTI. No Hospital Infantil Candido Fontoura São Paulo eram 14 os internados, sendo dois em UTIs.

O aumento dos casos de covid-19 em crianças já tem alertado algumas prefeituras do estado. Em Várzea Paulista, a prefeitura fez um comunicado aos pais, informando que a doença tem crescido entre as crianças e adolescentes da cidade. “A nova variante da covid-19, causada pelo novo coronavírus, tem atingido bem mais crianças e adolescentes do que a cepa anterior. Desde a última semana, dois pequenos varzinos tiveram o vírus confirmado”, informou a prefeitura esta semana, acrescentando que havia mais 17 crianças com suspeita da doença.

Em uma rede social, Felipe Amaral de Carvalho, assessor especial da saúde de Várzea Paulista, falou sobre o aumento de casos do novo coronavírus em crianças. “Há menos de 30 dias não víamos grandes números de casos em idades pediátricas. Agora já começamos a receber números que não tínhamos. Até então, as crianças eram assintomáticas, não desenvolviam a doença. E hoje temos outra realidade: o número de crianças que vem tendo quadro clínico e internamento médico vem subindo cada vez mais. Por isso reforçamos a importância do uso de máscara, da higienização das mãos e de ficar trancado em casa”.

Mortes

O levantamento feito pelo sindicato não tratou sobre o aumento nas mortes. Mas uma pesquisa feita pela Agência Brasil com base nos balanços divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo demonstrou que o estado já registra, nesses três primeiros meses de 2021, um incremento no número de mortes de crianças.

Somente neste ano, com dados computados entre 1º de janeiro e 12 de março, 22 crianças menores de 10 anos morreram por covid-19 em todo o estado de São Paulo. Esse número representa mais de 40% do que foi registrado em todo o ano passado, entre os meses de março a dezembro, com 52 mortes.

A primeira criança vítima de covid-19 do estado foi uma bebê de sete meses, da cidade de São Paulo, que morreu no dia 25 de abril.

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Saúde

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Saúde

Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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