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RJ: Supermercados tiram de circulação 4,3 bilhões de sacolas plásticas

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Em dois anos da Lei 8.473, de junho de 2019, mais conhecida como Lei das Sacolas Plásticas, a Associação dos Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj) registrou a retirada de circulação de 4,3 bilhões de sacolinhas das lojas do setor. Os dois anos da lei serão completados neste sábado (26).

Em entrevista hoje (25) à Agência Brasil, a superintendente da Asserj, Keila Prates, lembrou que o Rio de Janeiro foi pioneiro no país na aprovação desse tipo de lei em âmbito estadual. Em São Paulo e Espírito Santo haviam leis similares, mas apenas nas capitais. A Asserj auxiliou o relator do projeto, deputado Carlos Minc, na implantação da lei, “ajudando o relator no sentido de como poderia cumprir (a lei) e preparar as lojas para atender os clientes nessa mudança de grande impacto para a sociedade”, disse Keila. A partir do momento em que a lei permitiu a cobrança das sacolas, os supermercados tiveram que dar aos clientes a opção de compra de sacolas de ráfia, as chamadas sacolas retornáveis. A entidade investiu também na parte educacional, mostrando ao consumidor o impacto que as sacolas geram ao meio ambiente.

O resultado disso foram 4,3 bilhões de sacolas plásticas retiradas de circulação e de descarte no meio ambiente, em aterros sanitários e rios e seus afluentes, disse a superintendente. No primeiro ano de vigência da lei, a redução chegou a 2 bilhões a menos de sacolas plásticas distribuídas pelas redes associadas. No segundo ano, foram mais 2,3 bilhões retirados de circulação. “No primeiro ano da lei, tínhamos que reduzir em 40% a distribuição ao consumidor e atingimos 50%. No segundo ano, chegamos a 58% de sacolas plásticas a menos no meio ambiente”, destacou o presidente da Asserj, Fábio Queiróz.

A lei determina que no prazo de quatro anos, haja uma redução de 70% no consumo de sacolas plásticas. A superintendente acredita que essa meta poderá ser antecipada, com base em pesquisa realizada pela Asserj entre os dias 18 e 21 deste mês, com 510 consumidores, que revelou que 70% não utilizam mais a sacola plástica para embalar as compras. Ou seja, 7 em cada 10 clientes já usam bolsas retornáveis ou utilizam caixas de papelão para levar os produtos pra casa. Ainda de acordo com a pesquisa, quase 90% dos entrevistados disseram que conhecem os impactos das sacolas no meio ambiente. “A gente tem a expectativa que pode cumprir essa meta antes do prazo”, observou Keila.

Campanha

Keila Prates salientou que todos os associados da Asserj estão engajados em uma campanha que será iniciada na próxima segunda-feira (28) com o objetivo de restaurar essa informação para os clientes. A Semana de Incentivo à Redução do Uso das Sacolas Plásticas se estenderá até o dia 1º de julho. As lojas vão trabalhar com cartazes e recados em áudio aos consumidores incentivando-os a levar suas próprias sacolas para reduzir o uso das sacolinhas plásticas. A campanha será veiculada também nas redes sociais de todos os supermercados. “A campanha é para o consumidor parar de vez de usar sacola plástica e levar sua própria sacola de casa”.

O objetivo final é excluir a sacola plástica do meio ambiente no médio e longo prazos. Os supermercados têm um papel importante nisso, na parte de conscientização de seus clientes. Keila ressaltou, por outro lado, que isso depende também de uma nova lei, que é competência dos legisladores e do governo. “Os supermercados estão abertos e à disposição para abraçar uma lei mais severa a respeito das sacolas, inclusive visando sua extinção total”, garantiu.

Desde 26 de junho de 2019, os supermercados de grande porte disponibilizam apenas as novas sacolas, produzidas com mais de 51% de fontes renováveis, a preço de custo, sem lucro para os lojistas.

Edição: Valéria Aguiar

Fonte: EBC Geral

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Lula segue para o Rio Grande do Sul, acompanhado de ministros e líderes dos poderes Legislativo e Judiciário

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Estado registra 329 municípios atingidos e 686.482 pessoas afetadas. A frente fria tem previsão de altos volumes de chuva para o norte do Rio Grande do Sul, todo o estado de Santa Catarina e sul do Paraná

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, seguiu para o Rio Grande do Sul na manhã deste domingo, 5 de maio, acompanhado por uma comitiva de ministros e líderes dos poderes Legislativo e Judiciário. O grupo se une aos ministros Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), que já estão no estado e acompanham de perto as ações de socorro e assistência do Governo Federal à população gaúcha.

Embarcaram com o presidente a primeira-dama, Janja Lula, e os ministros Rui Costa (Casa Civil), José Mucio (Defesa), Fernando Haddad (Fazenda), Renan Filho (Transportes), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Camilo Santana (Educação), Nísia Trindade (Saúde), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Wellington Dias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Jader Filho (Cidades), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais). Também seguem para o Rio Grande do Sul os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, os ministros Edson Fachin (STF) e Bruno Dantas (presidente do Tribunal de Contas da União), além do comandante do Exército Brasileiro, general Tomás Paiva.

Neste domingo, durante o Regina Caeli (uma das peças da liturgia católica, denominadas “antífonas marianas”), o Papa Francisco manifestou solidariedade e dirigiu suas orações aos povos dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, afetados pelas fortes chuvas e enchentes.

Atualizações nas ações de socorro e assistência ao Rio Grande do Sul

Ministério da Defesa
Resgate de pessoas isoladas em Lajeado, Encantado, Taquari, Estrela, Nova Santa Rita, Montenegro, Sinimbu, Canoas, Bento Gonçalves, Campo Bom e São Sebastião do Caí. Em São Gabriel, Bagé, Alegrete e Cristal, também foram realizadas operações de apoio à reestruturação de imóveis destruídos e realocação de pessoas desabrigadas. Em Candelária e São Valentim do Sul, o contingente ainda realizou a desobstrução de vias. Em Restinga Seca, atuaram para o lançamento de uma ponte e restituição dos acessos. Em Porto Alegre e Cachoeira do Sul, atuaram no apoio à organização e distribuição de doações e aos abrigos de desabrigados. Foram realizados 9.749 resgates nos últimos dias, sendo 402 aéreos, 2.340 fluviais e 7.007 terrestres – 69 pessoas demandaram um trabalho de evacuação aeromédica. São 647 militares das Forças Armadas envolvidos nas operações, sendo 426 do Exército, 155 da Marinha e 66 da Força Aérea.

Força Aérea Brasileira (FAB)
Nesta madrugada, a aeronave KC-390 Millennium transportou mais de 18 toneladas de materiais do Grupamento de Apoio Logístico de Campanha (GALC). Decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ) com destino à Base Aérea de Canoas, transportando geradores, banheiros químicos, barracas operacionais, colchões, materiais de apoio elétrico e hidráulico que vão prover suporte de alimentação, alojamento, higienização (banho e sanitários) e manutenção da assistência à população gaúcha. Além de toda a carga, a aeronave ainda transportou 14 militares do GALC, que farão a montagem de toda a estrutura em Canoas. A atuação desse efetivo tem a finalidade de apoiar logisticamente as operações na calamidade pública.

Polícia Rodoviária Federal (PRF)
No balanço da manhã, a PRF apontou a previsão de reforço de 75 agentes no efetivo envolvido nas operações. Até o momento, estão destacados 99. A força relatou extrema dificuldade de movimentação do efetivo em razão dos pontos bloqueados. Estão empregadas na operação 20 viaturas e três aeronaves. Cento e cinquenta resgates terrestres já foram realizados e 54 pessoas (e três animais) demandaram resgate aéreo.

BALANÇO — De acordo com a última atualização do governo estadual, são 329 municípios atingidos e já são 686.482 pessoas afetadas. O estado contabiliza 79.253 desalojadas e outras 14.447 pessoas em abrigos, com 72 mortes, 150 feridos e 103 desaparecidas.

PREVISÃO DO TEMPO — De acordo com os órgãos de monitoramento e previsão hidrometeorológica — Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Serviço Geológico do Brasil (SGB) e Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) — a frente fria tem previsão de altos volumes de chuva para o norte do Rio Grande do Sul, todo o estado de Santa Catarina e sul do Paraná.

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