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Registro sanitário garante segurança a produção de ovos

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“Essa parceria vai continuar com todas as pessoas que produzem aqui dentro do Distrito Federal. O interesse do governo Ibaneis é que as pessoas trabalhem dentro da legalidade”Cândido Teles, secretário da Agricultura

A Secretaria da Agricultura do Distrito Federal (Seagri-DF) certificou nesta terça-feira (14) a Granja Sol Nascente com o registro sanitário na categoria entreposto de ovos. A qualificação, entregue na sede da pasta, foi conferida pela Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal e Vegetal (Dipova) ao ponto localizado na Feira do Produtor de Ceilândia.

A granja atuava no mercado de maneira informal e, este ano, procurou regularizar-se junto à Dipova. Segundo o secretário de Agricultura, Candido Teles, que entregou o certificado de registro aos proprietários do estabelecimento, é prazeroso saber que as pessoas que têm seus empreendimentos querem trabalhar dentro da lei. “Essa parceria vai continuar com todas as pessoas que produzem aqui dentro do Distrito Federal. O interesse do governo Ibaneis é que as pessoas trabalhem dentro da legalidade”, afirmou. “A Seagri não tem interesse de multar as pessoas, tem interesse de que as pessoas trabalhem dentro da lei”, complementou Candido Teles.

O selo de inspeção é uma garantia para o consumidor sobre a qualidade do que ele compra; certifica o produto como de uma agroindústria registrada | Fotos: Divulgação/Seagri-DF

Com uma produção média de 252 mil ovos ao mês, a agroindústria conta atualmente com 15 funcionários. Com a certificação obtida, a expectativa é de contratar mais 5 pessoas para atender à demanda crescente do mercado. Para a subsecretária de Defesa Agropecuária da Seagri-DF, Danielle Araújo, o registro sanitário agrega valor aos produtos, abrindo novas oportunidades de vendas aos estabelecimentos.

“Procurem se formalizar. Não é algo inalcançável. A prova está aqui hoje com a granja Sol Nascente. Vamos registrar e agregar valor aos produtos e fornecer alimentos com segurança para a população do Distrito Federal”Marco Antônio Martins, diretor da Dipova

“O selo de inspeção informa ao consumidor que aquele produto foi produzido por uma agroindústria registrada. E o consumidor hoje busca saber onde e como sua alimentação foi produzida. Saber que o alimento foi produzido de acordo com os parâmetros sanitários e fiscalizado pelo Estado, sem dúvidas traz mais segurança e confiança aos comerciantes e ao consumidor”, destacou a subsecretária da Seagri-DF.

O registro sanitário é uma exigência legal, necessária para a garantia da segurança dos alimentos fornecidos aos consumidores. “Com esse registro, a agroindústria vai poder fornecer um alimento com segurança para o consumidor final, que é o principal objetivo da Dipova”, afirmou o diretor Marco Antônio Martins.

Para a proprietária da granja Sol Nascente, Silvia Pereira, o registro sanitário contribui para o crescimento da empresa. “Esse registro sanitário muda tudo, porque é uma nova oportunidade de crescimento, de geração de empregos”, destacou Sílvia. “A gente recebeu toda a orientação, e com todo o empenho da Seagri, da Dipova, conseguimos estar aqui hoje, recebendo esse selo”, complementou.

Caso uma agroindústria de ovos esteja funcionando sem o registro sanitário, precisa procurar a Dipova, na Seagri-DF, ou a Emater-DF. “Procurem se formalizar. Não é algo inalcançável. A prova está aqui hoje com a granja Sol Nascente. Vamos registrar e agregar valor aos produtos e fornecer alimentos com segurança para a população do Distrito Federal”, concluiu Marco Antônio Martins, diretor da Dipova.

*Com informações da Seagri-DF

Fonte: Governo DF

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Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino

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Nova etapa de execução é concretizada via convênio entre MDS e Consórcio Nordeste, no valor de R$ 311 milhões. Na área rural de Juazeiro (BA), os moradores estão otimistas com as novas possibilidades trazidas pelo acesso à água

No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.

Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural

A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.

O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.

Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.

“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.

A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.

PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.

“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.

A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.

Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.

CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.

Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.

“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.

O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.

“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.

AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.

As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.

 

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