Economia

Presidente da Eletrobras está confiante na capitalização da empresa

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O presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, disse hoje (12) que está confiante que o processo de capitalização da empresa ocorrerá em fevereiro de 2022, dentro do cronograma estabelecido pelo governo federal. “Acreditamos, sim, que é possível concluir. Sabemos que não é fácil. Temos diversos obstáculos. Nenhuma das etapas é simples. Estamos em meados de agosto e temos um prazo exíguo para concluir em fevereiro, mas acreditamos que é possível”.

Rodrigo Limp explicou que o processo tem etapas até que a operação seja efetivada. Um dos principais marcos até a capitalização é a definição pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) dos valores do bônus de outorga e do aporte financeiro. A Eletrobras já enviou as informações solicitadas, principalmente para a revisão de garantia física, disse Limp.

A outra etapa, segundo Limp, é a modelagem, em especial a segregação da Eletronuclear e de Itaipu, cujos estudos, a cargo do BNDES, devem ser concluídos no final de setembro. Caberá também ao Tribunal de Contas da União avaliar a operação como um todo.

Limp destacou, ainda, a parte da Eletrobras, que é a realização de assembleia de acionistas para aprovar as bonificações de outorga e a separação da Eletronuclear e de Itaipu, além da contratação de sindicato de bancos para coordenar a emissão de ações, onde será diluída a participação da União no controle da empresa, que passará a ser desestatizada, com controle privado.

Ele disse que caso a emissão de ações não seja suficiente para fazer a diluição, há possibilidade de ser feita uma oferta secundária de ações, que seria uma venda direta no mercado pela União, até que se concretize a desestatização.

Poder de mercado

Limp acredita que, com a saída da Eletronuclear e de Itaipu do processo, a Eletrobras ficará com um tamanho aceitável, em termos de concorrência. Ele disse que hoje a estatal não tem um poder de mercado sobre os preços de energia e não continuaria tendo, mesmo se fosse uma empresa privada.

Limp discorda de argumentos que asseguram que a Eletrobras teria um porte que inviabilizaria a competição, mesmo com a saída das duas empresas, e teria poder de mercado. Segundo ele, o setor é bem regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que tem todos os mecanismos para impedir práticas não competitivas, e que também o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) zela pela defesa da concorrência.

O presidente da Eletrobras disse ainda que o próprio modelo de formação de preços do sistema elétrico nacional é resultante de preços computacionais, definidos de forma centralizada, o que atua para mitigar qualquer possibilidade de exercer poder de mercado pela Eletrobras.

“Não vejo esse risco no setor elétrico de ter a Eletrobras um porte em que você diminua a competição. Pelo contrário. Ter a Eletrobras forte, participando ativamente da oferta, nos leilões, vai aumentar a competição e, com isso, tende-se a ter menores custos para os consumidores de energia”, disse.

Crise hídrica

A crise hídrica por que passa o Brasil desde outubro do ano passado não será empecilho à capitalização da Eletrobras, avaliou Rodrigo Limp. A crise hídrica, para ele, tem dois efeitos sobre o gerador de energia, que são a elevação do preço de liquidação das diferenças (PLD, que é o valor determinado diariamente para cada patamar de carga) e o agravamento do GSF (sigla em inglês para o risco hidrológico).

Limp estimou que o GSF deve passar por valores bem elevados enquanto durar o período seco. “Estamos com uma pressão sobre os preços de curto prazo e isso também se reflete nos preços no mercado livre, o que influencia naturalmente a estratégia de comercialização de todos os agentes”, explicou.

Sobre os efeitos no processo de capitalização como um todo, o presidente da Eletrobras qualificou de normal que a crise hídrica seja considerada, uma vez que a empresa possui significativa participação hidrelétrica. Ele acredita, porém, que isso não deverá afetar tanto a visão dos investidores. “A gestão da empresa passa credibilidade para que o mercado enxergue potenciais de ganho após a capitalização”.

Angra 3

Rodrigo Limp esclareceu que os investimentos programados para a Usina Nuclear Angra 3 sofreram atraso por vários motivos, entre os quais a pandemia da covid-19 e a parada de Angra 2 para manutenção.

Segundo Rodrigo Limp, a expectativa, entretanto, é recuperar os investimentos no segundo semestre, relativos à usina em construção, “pelo menos boa parte”, bem como os demais investimentos em geração e transmissão que haviam sido previstos para o segundo trimestre deste ano. O cronograma da obra não foi impactado e a entrada em operação da usina permanece em 2026. No segundo trimestre de 2021, R$ 250 milhões foram alocados em Angra 3.

Limp destacou que no primeiro semestre a Eletrobras investiu R$ 1,5 bilhão, “mais ou menos em linha com os dois últimos anos em que nós investimos R$ 3 bilhões por ano. Entendemos que é pouco pelo porte da Eletrobras. Ela tem capacidade, principalmente após a capitalização, de investir mais, um montante condizente com o porte e a importância da empresa”.

Edição: Fernando Fraga

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Sorteio da Nota Fiscal Goiana premia moradores de 34 municípios

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Ao todo foram 158 ganhadores em abril. Prêmio máximo de R$ 50 mil foi sorteado para uma moradora de Goiânia

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria da Economia, realizou na manhã desta quinta-feira (25/04), o sorteio mensal da Nota Fiscal Goiana (NFG) com premiações que somam R$ 200 mil. O maior prêmio, de R$ 50 mil, saiu para a moradora da capital, Catarina Amato Ferreira. A relação de todos os ganhadores já está disponível para consulta no site do programa.

O coordenador da Nota Fiscal Goiana, Leonardo Vieira de Paula, revela que a ganhadora do prêmio máximo concorreu com 16 bilhetes, em um universo de quase 3,7 milhões gerados para essa edição, de número 88. Foram consideradas as notas fiscais com CPF das compras do mês de março no varejo goiano.

Outros 157 inscritos tiveram seus bilhetes sorteados e vão ganhar os demais prêmios: três de R$ 10 mil; quatro de R$ 5 mil; 50 de R$ 1 mil e 100 de R$ 500,00 cada. Os nomes dos ganhadores já estão divulgados no site do programa https://goias.gov.br/nfgoiana, que também deve ser acessado para solicitar o pagamento do dinheiro.

Do total, 80 residem em Goiânia, 15 em Aparecida de Goiânia, nove em Anápolis, cinco em Trindade e cinco em Rio Verde. Moradores de outras 28 cidades goianas e dois do Distrito Federal também foram sorteados. A premiação foi acompanhada por vários servidores da Economia e pelo superintendente de Informações Fiscais, Luciano Pessoa.

Dia das Mães
Quem não foi sorteado neste sorteio pode continuar pedindo o CPF na nota para concorrer à edição de maio, prevista para o final do mês. “O Dia das Mães é uma das datas em que o comércio está mais aquecido. Então, é uma excelente oportunidade para os participantes no programa aumentarem suas chances de ganhar. A compra pode ser de qualquer valor, não existe valor mínimo, basta ter o CPF na nota para concorrer. Ao somar R$ 100 em compras, o inscrito ganha um bilhete”, detalha Leonardo.

Quem ainda não é inscrito, terá a oportunidade de participar do sorteio de maio desde que se inscreva, pelo site, e peça o CPF na nota em todos os estabelecimentos do varejo goiano. A NFG também concede desconto de até 10% no valor do IPVA do participante, além de beneficiar os times de futebol da primeira divisão do campeonato goiano.

Fotos: Secretaria da Economia / Secretaria da Economia – Governo de Goiás

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