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Políticas públicas de iniciativa parlamentar é tema de pesquisa de mestrado defendida por procurador da Alego

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O procurador da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), Murilo Teixeira Costa acaba de ter aprovada sua dissertação de mestrado, com o tema “Instituição de Políticas Públicas por Iniciativa Parlamentar: Limites, Possibilidades e Qualidade”. O estudo foi desenvolvido e avaliado dentro do Curso de Mestrado em Direito e Ciência Jurídica da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em Portugal. 

O trabalho apresentado por Murilo Costa buscou uma análise sobre a temática referente à instituição de políticas públicas por iniciativa parlamentar, enfocando os limites e as possibilidades desse domínio de atuação parlamentar e, bem assim, os critérios qualitativos para que essa atividade ocorra de forma eficaz, eficiente e efetiva.  

Murilo Costa afirma que no mestrado da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa procurou representar a Procuradoria e o qualificado corpo de servidores da Casa, e se diz grato ao presidente Lissauer Vieira (PSD) e aos seus chefes pela oportunidade de estudo e de aperfeiçoamento. “Pretendo retribuir a confiança com eficiência no desempenho de minhas funções de consultoria e de assessoramento jurídico, bem assim como professor colaborador na Escola do Legislativo”, disse. 

O mestrado 

A pesquisa teve como perspectiva contextual a sistemática constitucional brasileira, sem prejuízo de realizar uma abordagem valendo-se das lições do direito comparado. “Sendo impossível realizar uma investigação exaustiva que esgote toda essa matéria, a pesquisa se concentrou em determinados pontos que geram mais tensão entre Governo e Legislativo no que concerne à formulação de políticas públicas por iniciativa parlamentar, com especial relevo às questões orçamentário-financeiras e atinentes à qualidade material e formal das políticas públicas, sem pretensões, ademais, de examinar o tema da justiciabilidade dos direitos sociais”, explica Murilo na apresentação de seu trabalho. 

O tema central proposto na tese apresentada, segundo o procurador, é investigado, dedutivamente, por meio de um percurso que vai desde o alcance e possibilidades da iniciativa parlamentar nessa matéria, passando pelo processo de avaliação de impacto legislativo e sua relação com a qualidade substancial das proposições, não prescindindo de uma análise da questão orçamentária. “E culmina com o estudo sobre a qualidade formal, no sentido textual, das políticas públicas e sua relação com a segurança jurídica e com determinados mecanismos políticos que podem influenciar o debate, a redação e a aprovação de tais atos normativos na esfera do Legislativo”, explica. 

Murilo expõe, ainda, que seu trabalho propõe uma reflexão sobre o relevo do elemento textual na instituição de políticas públicas com abordagem sobre uma questão atual e que tem se agravado no Parlamento, que consiste na dificuldade em se alcançar consensos nas matérias em discussão e a utilização inadequada dos conceitos jurídicos indeterminados como estratagema político para a resolução de tais impasses. “Prática esta que tem potencial para comprometer a qualidade formal dos atos normativos, inclusive daqueles que criem políticas públicas, ocasionar complicações à atividade interpretativa e aplicação das normas e ensejar, em determinadas situações, a violação dos princípios do Estado de direito democrático, da segurança jurídica e da determinabilidade”, pontua o procurador da Alego. 

O mestrado de Murilo foi orientado pelo professor doutor Pedro Abel Carvalho de Amaral Fernández Sánchez, e concluído no último dia 7 de dezembro, quando, nas instalações da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, foi realizada a prova pública de defesa da pesquisa para uma banca composta pelos professores: doutor Fernando Manuel Pereira Loureiro Bastos, que presidiu o júri; doutor João Miguel Range Prata Roque, arguente; doutor João Pedro Alves Gomes de Almeida, vogal; e seu orientador Pedro Sánchez. 

O curso teve início em setembro de 2019, de forma presencial, e é dividido em duas fases. No primeiro ano são cursadas quatro disciplinas, com a obrigação de apresentar quatro artigos científicos em cada uma delas. Os artigos são avaliados pelos correspondentes professores e o aluno somente é aprovado para segunda fase do mestrado se obtiver média de, no mínimo, 14 valores, numa escala de 0 a 20.  

A segunda fase do curso corresponde à elaboração, entrega e defesa da dissertação perante o Júri, sendo aprovado o aluno que obtiver nota acima de 14 valores. Esta fase conta com a escolha do orientador, a elaboração e entrega da dissertação. Então acontece um período de análise, que é realizada pelo Conselho Científico da Faculdade, responsável por avaliar se a dissertação está em condições de ser defendida. Em caso positivo, é formado o Júri e marcada a defesa.  

O período de duração total é, em média, de três a cinco anos e depende da capacidade de cada aluno em elaborar e entregar os artigos científicos, e ser aprovado na primeira fase.

Fonte: Assembleia Legislativa de GO

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“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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