Nacional

Petrópolis: vítimas tentam retomar vida, mas sem definição de moradia

Publicado

em


Passados 11 dias da tragédia que assolou Petrópolis e que tirou a vida de pelo menos 217 pessoas, a preocupação dos sobreviventes passa a ser onde morar. Nos primeiros dias que se seguiram ao temporal de 15 de fevereiro, a maioria buscou abrigo na casa de parentes, de amigos ou em abrigos – que nesta sexta-feira (25) reuniam 889 pessoas, em 13 pontos de apoio.

Porém, com o passar do tempo, a busca passou a ser por um endereço próprio, pois dividir o espaço com estranhos ou mesmo familiares não é algo fácil, por causa do aperto ou do comportamento dos outros, o que muitas vezes acaba gerando atritos.

No Morro da Oficina, é grande o número de pessoas subindo e descendo as ladeiras, trazendo nas mãos sacolas com o pouco que restou de suas vidas, objetos e peças de roupas localizados dentro dos imóveis que não foram abaixo, mas que não têm mais condições de segurança, por estarem à beira de barrancos, com as paredes rachadas ou em frente a enormes buracos que se abriram no chão.

Testemunhos da tragédia

A moradora do Morro da Oficina Rosilane Amaral Pereira retira pertences de sua casa dez dias após as chuvas em Petrópolis. A moradora do Morro da Oficina Rosilane Amaral Pereira retira pertences de sua casa dez dias após as chuvas em Petrópolis.

A moradora do Morro da Oficina Rosilane Amaral Pereira retira pertences de sua casa dez dias após as chuvas em Petrópolis. – Fernando Frazão/Agência Brasil

“Eu estava em casa com a minha filha e chovia muito. Eu escutei um estrondo e vi aquela avalanche de lama. Nós corremos para o quarto e ficamos presos lá, tentando sair. Quando quebrei uma telha, vi que não tinha mais morro. Graças a Deus tivemos a vida preservada, mas o recomeço é muito difícil. Perder tudo é complicado. Estou na casa da minha sogra e agora é aguardar essa saga do aluguel social. Eles falaram que vão dar, mas não disseram o dia. Dão um número de telefone que só chama até cair”, relatou Rosilane Amaral da Silva.

Sentada à beira do caminho onde antes havia sua casa, junto do marido, Jaime, motorista de aplicativo, eles foram pegar algumas coisas que pudessem carregar, como roupas e objetos pessoais, antes que a casa caísse em definitivo, pois ficou à beira do barranco que se formou, quando o morro veio abaixo. “A única coisa que minha filha pediu para trazer é uma caixa de fotos antigas”.

O comerciante Jaime dos Santos retoma atividades em sua lanchonete no Morro da Oficina, após as chuvas em Petrópolis. O comerciante Jaime dos Santos retoma atividades em sua lanchonete no Morro da Oficina, após as chuvas em Petrópolis.

O comerciante Jaime dos Santos retoma atividades em sua lanchonete no Morro da Oficina, após as chuvas em Petrópolis. – Fernando Frazão/Agência Brasil

Situação semelhante vive a família de Marisa Pereira, que ficou com a casa preservada, mas teve a mãe soterrada no deslizamento, atingida na casa de uma vizinha, no Morro da Oficina.

A funcionária pública Marisa Pereira, que perdeu a mãe soterrada no deslizamento de terra, busca objetos pessoais em sua casa no Morro da Oficina, dez dias após as chuvas em Petrópolis. A funcionária pública Marisa Pereira, que perdeu a mãe soterrada no deslizamento de terra, busca objetos pessoais em sua casa no Morro da Oficina, dez dias após as chuvas em Petrópolis.

A funcionária pública Marisa Pereira, que perdeu a mãe soterrada no deslizamento de terra, busca objetos pessoais em sua casa no Morro da Oficina, dez dias após as chuvas em Petrópolis. – Fernando Frazão/Agência Brasil

“O prefeito disse que vai botar uma equipe para procurar casas de aluguel social. Não quer saber das condições das famílias, se tem filhos nas escolas próximas. O certo é dar o dinheiro e cada um se organizar. E, além disso, ninguém vai querer alugar uma casa sabendo que é para a prefeitura. Pois eles falam que vão repassar para o proprietário, aí atrasam um mês, dois meses, e te ameaçam botar pra fora. Vão botar a gente onde? Estão nos tratando como se fôssemos mais um número”, reclamou Marisa, que trabalha em uma creche.

Em outra parte do morro, a aposentada Maria José subia com dificuldade a imensa escadaria que leva à parte alta, procurando a sombra de um muro para descansar.

“Eu estou perdida, um desespero só. No dia que caiu isso tudo, parecia que tinha vindo um furacão. Todo mundo que eu conhecia está morto, tudo debaixo dessa terra. Morreu tudo. Eu estava em casa e vi quando desceu. Minha neta perguntou o que era e eu disse que o céu estava caindo. Vi a tragédia passar pela minha janela. Essas imagens não saem da minha cabeça. É uma coisa horrível. Agora estou na casa de uma amiga. Eu quero voltar para a minha casa. Mas não sei o que vão fazer comigo. O pessoal não deixa eu voltar”, disse ela, que morava há 45 anos no local.

A prefeitura de Petrópolis foi procurada para se manifestar sobre o andamento dos processos de aluguéis sociais, mas não se pronunciou até a publicação da matéria.

Donativos

Em uma grande tenda armada na rua em frente ao Morro da Oficina, milhares de peças de roupas e centenas de pares de calçados são disputados por moradores atingidos pela tragédia. Alguns ficaram sem nada, apenas com a roupa do corpo. Outros tentam pegar algo para entregar a parentes ou amigos, igualmente atingidos.

Desabrigados pelas chuvas em Petrópolis buscam roupas e calçados em centro de distribuição de donativos em frente ao Morro da Oficina. Desabrigados pelas chuvas em Petrópolis buscam roupas e calçados em centro de distribuição de donativos em frente ao Morro da Oficina.

Desabrigados pelas chuvas em Petrópolis buscam roupas e calçados em centro de distribuição de donativos em frente ao Morro da Oficina. – Fernando Frazão/Agência Brasil

“Na semana que caiu a gente teve que sair [de casa] porque tinha risco. Só que a gente não tem para onde ir e voltamos para casa. Esse é o grande problema. O aluguel social aumentou [de valor], porém os aluguéis aumentaram junto”, disse Kathlen Fonseca, que está grávida de 7 meses e tentava encontrar, na montanha de donativos, roupas de cama, toalhas de banho e sapatos.

Desabrigados pelas chuvas em Petrópolis buscam roupas e calçados em centro de distribuição de donativos em frente ao Morro da Oficina. Desabrigados pelas chuvas em Petrópolis buscam roupas e calçados em centro de distribuição de donativos em frente ao Morro da Oficina.

Desabrigados pelas chuvas em Petrópolis buscam roupas e calçados em centro de distribuição de donativos em frente ao Morro da Oficina. – Fernando Frazão/Agência Brasil

Ao lado dela, outras pessoas também tentavam conseguir uma roupa que servisse ou um par de calçados, que estavam todos misturados, tornando difícil encontrar o par certo.

“Eu perdi tudo. Caiu, desmoronou. Todos se salvaram, pois saímos rápido. Agora estou na casa de uma prima. Estou procurando roupas, mas sapato ainda não consegui. Até agora ninguém falou de aluguel social. Eu não quero mais morar aqui, pretendo ir embora. É muita lembrança ruim de Petrópolis”, disse a aposentada Sandra Viana, que trouxe o filho para ajudar.

Cães farejadores

Enquanto isso, no alto do Morro da Oficina, o trabalho dos bombeiros e socorristas continuava na busca de desaparecidos. Com a ajuda de cães farejadores e informações de parentes, eles formavam grupos, atuando em determinadas áreas onde era provável a localização dos corpos.

As equipes são guiadas pelo faro dos cães da corporação, alguns vindos de outros estados. É o caso dos bombeiros catarinenses Thiago Amorim, com a cadela Moana, de Itajaí, e Guilherme Galli, com o cão Sasuke, de Lages, ambos animais da raça Labrador.

Os bombeiros de Santa Catarina Thiago Amorim e Guilherme Galli trabalham com os cães farejadores da raça labrador Moana e Sasuke na busca por vítimas do deslizamento de terra no Morro da Oficina, após as chuvas em Petrópolis. Os bombeiros de Santa Catarina Thiago Amorim e Guilherme Galli trabalham com os cães farejadores da raça labrador Moana e Sasuke na busca por vítimas do deslizamento de terra no Morro da Oficina, após as chuvas em Petrópolis.

Os bombeiros de Santa Catarina Thiago Amorim e Guilherme Galli trabalham com os cães farejadores da raça labrador Moana e Sasuke na busca por vítimas do deslizamento de terra no Morro da Oficina, após as chuvas em Petrópolis. – Fernando Frazão/Agência Brasil

“A gente emprega os cães com intervalos necessários para o descanso deles. Tudo é feito de acordo com a saúde física do animal. Eles não são colocados em nenhuma condição que não estejam aptos para atuar. Grande parte das vítimas que foram encontradas nesta tragédia foi por indicação dos cães. Estamos há oito dias atuando aqui. É uma situação que cansa não apenas a parte física, mas também a parte mental, do humano e do cão”, contou Amorim.

No total, são 50 duplas de homens e cães, incluindo equipes dos estados de São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Santa Catarina e das cidades fluminenses de Magé, Teresópolis e Rio de Janeiro.

Cenas impactantes

Alguns bombeiros chegaram horas depois da tragédia, no meio da noite, vindos do Rio de Janeiro, em apoio às equipes locais, e estavam praticamente trabalhando sem cessar desde então, com raras folgas para o descanso.

Equipes de resgate trabalham na busca por vítimas do deslizamento de terra no Morro da Oficina, dez dias após as chuvas em Petrópolis. Equipes de resgate trabalham na busca por vítimas do deslizamento de terra no Morro da Oficina, dez dias após as chuvas em Petrópolis.

Equipes de resgate trabalham na busca por vítimas do deslizamento de terra no Morro da Oficina, dez dias após as chuvas em Petrópolis. – Fernando Frazão/Agência Brasil

“Foram cenas impactantes. Com certeza, foi uma das ocorrências que mais me marcou. Porque a gente teve a oportunidade de chegar no local logo em seguida ao que aconteceu. Pegamos a estrutura crua, sem uma organização para poder fazer o suporte. No momento é buscar os corpos possíveis de encontrar. A gente ainda está na adrenalina. Perdi as contas do número de corpos que encontramos. Foram dezenas”, relatou o major médico Leonardo Rodrigues, que já atuou em ocorrências como a queda do Edifício Liberdade, no centro do Rio, em 2012, o rompimento da barragem de rejeitos em Brumadinho (MG), em 2019, e a explosão de nitrato de amônio no porto de Beirute, no Líbano, em 2020.

Edição: Pedro Ivo de Oliveira

Fonte: EBC Geral

Comentários do Facebook

Ação Social

No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

Publicados

em

Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA