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Governo Lula libera mais R$ 7 milhões para vítimas de São Sebastião

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Ajuda federal inclui ainda ajuda das Forças Armadas e doação de cerca de R$ 11 milhões em objetos apreendidos pela Receita Federal para a cidade do Litoral Norte de SP

O governo Lula segue empenhado na reconstrução de São Sebastião e no socorro às vítimas do forte temporal que atingiu o Litoral Norte de São Paulo no último fim de semana (veja as principais medidas já em andamento).

Na quarta-feira (22), foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) portaria da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, liberando R$ 7,077 milhões para ações de defesa civil no município.

Deve chegar nesta quinta-feira (23) em São Sebastião o maior navio da Marinha brasileira para auxiliar no resgate dos afetados e isolados pelas chuvas e desabamentos no Litoral Norte de São Paulo.

O governo federal também autorizou o repasse de R$ 4,5 milhões a cidades do País afetadas por desastres naturais, valor acrescido aos R$ 28,7 milhões transferidos pela Defesa Civil, entre 13 e 17 de fevereiro, a 50 cidades nos estados de Santa Catarina, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Rio Grande do Sul, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Goiás e São Paulo.

Um dos desafios das autoridades é retirar os cerca de 400 mil turistas que passavam o feriado de Carnaval em São Sebastião, município com cerca de cem mil habitantes, já que as principais rodovias que dão acesso à região estão com diversos trechos obstruídos por queda de barreiras.

Apoio e solidariedade do governo foram imediatas

Na segunda-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobrevoou a região e visitou São Sebastião acompanhado de nove ministros de Estado.

Ao lado do prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto, e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, Lula anunciou que o governo federal vai garantir recursos para a reconstrução de casas destruídas pelo forte temporal e recuperação da Rodovia Rio-Santos, interditada em vários pontos por conta de deslizamento de encostas.

Veja o apoio da Petrobras às vítimas da tragedia no litoral paulista

As fortes chuvas causaram danos e destruição em seis cidades da região: São Sebastião, a mais afetada, com 47 mortes, Ubatuba (uma morte), Caraguatatuba, Ilhabela, Bertioga e Guarujá.

A tragédia no Litoral Norte de São Paulo deixou, até o momento, 48 mortos. As buscas por desaparecidos prosseguem, com o número de pessoas variando entre 38 e 57.

A ajuda federal a São Sebastião inclui:

– Unificação de datas de pagamento do Bolsa Família nos municípios atingidos pelas chuvas (Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome);

– Doação de R$ 11 milhões em mercadorias apreendidas pela Receita Federal, como roupas, calçados, itens de cama, mesa e banho, higiene pessoal, material de limpeza e utensílios de cozinha (Ministério da Fazenda);

– Liberação de “saque calamidade” do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e prioridade para casas populares no programa Minha Casa Minha Vida (Ministério do Planejamento e Orçamento);

– Distribuição de kits com 25 medicamentos e 13 insumos, beneficiando 4,5 mil pessoas durante um mês (Ministério da Saúde);

– Restabelecimento de energia elétrica nos municípios atingidos pelas fortes chuvas no Litoral Norte de São Paulo (Ministério de Minas e Energia);

– Liberação de R$ 2 milhões para as pessoas afetadas pelo desastre (Ministério dos Portos e Aeroportos).

Bolsonaro deixou R$ 25 mil para combater desastres

O ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, afirmou que o governo Bolsonaro deixou no orçamento apenas R$ 25 mil para ações de combate a desastres em 2023. Situação corrigida durante o gabinete de Transição, que identificou o problema e destinou mais de R$ 500 milhões para ações de defesa civil por meio da PEC da Transição.

Góes disse que existem cerca de 14 mil áreas de risco no Brasil, onde vivem cerca de 14 milhões de pessoas. “É fundamental haver continuidade em programas habitacionais de demanda dirigida. É uma alternativa que precisa ser constante”, afirmou.

Volume de chuva

O temporal no Litoral Norte é o maior já registrado no Brasil. Em pouco mais de 24 horas choveu mais que o dobro da previsão esperada para todo o mês de fevereiro na região.

Segundo o Centro Nacional de Previsão de Monitoramento de Desastres (Cemaden), as chuvas entre sexta-feira e madrugada de domingo resultaram no acumulado de:

  • 682 milímetros em Bertioga,
  • 626 milímetros em São Sebastião,
  • 337 milímetros em Ilha Bela,
  • 335 milímetros em Ubatuba
  • 234 milímetros em Caraguatatuba.

Da Redação

 

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Ação Social

No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

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Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

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