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Museu do Ipiranga recebe visita de diplomatas

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Representantes do corpo consular de São Paulo estiveram hoje (28) no novo Museu do Ipiranga para uma visita guiada. A visitação mostrou as novidades implantadas em setembro com a reinauguração, após nove anos de fechamento.

A comitiva que visitou o museu foi composta por representantes de Angola, Bélgica, Canadá, Coreia, Colômbia, Cabo Verde, Chipre, Equador, Egito, Gabão, Jordânia, França, Índia, Irlanda, Israel, Hungria, Lituânia, Noruega, Luxemburgo, Malta, México, Moldávia, Moçambique, Myanmar, Namíbia, San Marino, Panamá, Paraguai, Países Baixos, Peru, São Cristóvão e Neves, Suécia, Suíça, Sudão, Uruguai e Japão. 

A cônsul da Geórgia, país localizado na Europa Oriental, se disse impressionada com um quadro de Pedro Américo. “O quadro é maravilhoso, onde o artista [desenha] o grito da independência, a gente tem vontade de ficar lá o dia todo admirando”, disse Carmen Ruette. Ela citou a pintura “Independência ou Morte” do artista brasileiro Pedro Américo. Na obra, ele eternizou o que teria sido o marco do fim da colonização portuguesa no Brasil. 

Ruette acrescentou a importância da iniciativa. “Temos que manter o patrimônio e a história do Brasil registrada em um lugar como esse, e a iniciativa de trazer os cônsules e mostrar para vários países o novo Museu foi muito importante”, salientou.

Visita guiada com representantes do corpo consular de São Paulo no Museu do Ipiranga. Visita guiada com representantes do corpo consular de São Paulo no Museu do Ipiranga.

Diplomatas de 36 países visitaram o Museu do Ipiranga. – Rovena Rosa/Agência Brasil

O cônsul-honorário da República da Moldávia, localizada no leste da Europa, destacou a maquete da cidade de São Paulo como a mais relevante para ele. “São muitas as obras que impressionam, mas a maquete de São Paulo do início do século passado, que mostram as luzes que destacam o Largo do São Francisco e outros pontos, achei linda, mas todo o museu é maravilhoso”, afirmou Flavio Mendes Bitelman. 

A maquete que Bitelman busca reproduzir a cidade de São Paulo em 1841. Foi projetada e modelada em gesso de 1920 a 1922 pelo artista holandês Henrique Bakkenist. Ela tem seis metros de comprimento e cinco de largura e foi encomendada para celebrar o centenário da Independência do Brasil, em 1922.

Já o cônsul-geral de Israel disse que “este museu é impressionante, já vi muitos museus no mundo, mas esses é um dos mais impressionantes que vi em muito tempo”, disse Rafael Erdreich.

Ele destacou ainda a infraestrutura do museu. “É muito particular a infraestrutura. Os detalhes arquitetônicos deste edifício são impressionantes. Elementos como estes, com água dos rios do Brasil, são verdadeiramente uma ótima ideia. Pude ver o que eu não conhecia antes sobre São Paulo e a chegada dos portugueses no Brasil”, confessou. 

O cônsul destacou, ainda, ânforas de cristal com líquido retirado de alguns dos principais rios brasileiros, dispostas nas escadarias de mármore do saguão principal do Museu do Ipiranga.

Rios

Há amostras dos rios Parnaíba, Tocantins, Paraíba, Madeira, Carioca, Paraná, Negro, Capibaribe, São Francisco, Paraguai, Amazonas, Uruguai, Jaguaribe, Piranhas-Açu, Doce e Tietê. 

O embaixador Affonso Massot, secretário executivo de Relações Internacionais do governo de São Paulo, comentou a razão da visita guiada.

“O objetivo foi proporcionar ao corpo consular uma visita a este museu, que é extremamente especial, porque ele foi construído na década de 80 do século 19, às margens do rio onde foi proclamada a Independência do Brasil. Estes atos são importantes, sobretudo, a participação do corpo consular para que a gente tenha oportunidade de ver uma obra que qualificou muito o estado de São Paulo. Este museu se insere no marco dos grandes museus brasileiros, de modo que é importante que os estrangeiros, esses cônsules que representam outros países, possam vê-lo e admirar boa parcela da nossa história contemporânea”, explicou Massot.   

Vice-diretor do museu, o professor Amâncio Jorge de Oliveira destacou a relação das obras e exposições do museu com outros países. “A pintura de Pedro Américo foi feita na Europa, toda a museografia é inspirada muito nos pintores e artistas europeus, então temos essa relação, mas não só isso, também temos nas exposições muita relação com a herança africana na cultura brasileira porque a exposição não é só sobre a independência, mas também sobre as minorias, sobretudo, os negros e a comunidade indígena, a relação com essas comunidades é total, sem contar Portugal, com quem temos uma relação especial”, enfatizou.   

Museu

O Museu Paulista da Universidade de São Paulo, mais conhecido como Museu do Ipiranga, foi reinaugurado no dia 7 de setembro deste ano como parte das comemorações pelo bicentenário da independência do Brasil. A expectativa com a nova estrutura é que de 900 mil a um milhão de pessoas visitem o prédio todos os anos.

Com o novo espaço criado – 7 mil m² de área útil – o edifício ganhou entrada integrada ao Jardim Francês, bilheteria, café, loja, auditório para 200 pessoas, espaços e salas para atendimento educativo, e uma grande sala de exposições temporárias, com 900 m².

No edifício monumento foram realizados reparos em todos os detalhes da arquitetura, incluindo 7,6 mil m² das fachada que, pela primeira vez, passaram por limpeza, decapagem, recuperação dos ornamentos, aplicação de argamassa, tratamento de trincas e  pintura.

O custo da obra foi de R$ 235 milhões, bancados em sua maior parte pela iniciativa privada, com a participação do governo federal -por meio da Lei Rouanet – e com recursos do governo do estado de São Paulo.

Edição: Kleber Sampaio

Fonte: EBC Geral

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Educação

Em função da calamidade no Rio Grande do Sul, Governo adia Concurso Público Nacional Unificado

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A nova data será anunciada quando houver condições climáticas e logísticas de aplicação da prova em todo o território nacional

Em razão da situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul, o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) será adiado em todo o país. A nova data vai ser anunciada assim que houver condições climáticas e logísticas de aplicação da prova em todo o território nacional. O anúncio foi feito na tarde desta sexta-feira, 3 de maio, pela ministra da Gestão e Inovação nos Serviços Públicos, Esther Dweck.

A decisão foi tomada de forma coletiva, após análise das condições no Rio Grande do Sul, em conjunto com a Advocacia-Geral da União (AGU), a Defensoria Pública da União (DPU) e a Procuradoria-geral do Estado do Rio Grande do Sul, além do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). A oficialização da medida foi efetivada a partir de um Termo de Acordo (confira em anexo).

“Essa decisão de adiamento busca garantir a integridade dos participantes, inclusive sua integridade física nas regiões onde seria impossível o deslocamento. Mas é uma integridade em todas as dimensões, preservando a vida das pessoas e também conferindo segurança jurídica ao concurso, que é algo essencial para todo mundo que está prestando concurso”, afirmou Esther Dweck.

A ministra assegurou que nos próximos dias, após a resolução das questões logísticas envolvidas, será anunciada a nova data. “Não temos uma nova data. Eu quero deixar claro que podemos, nas próximas semanas, divulgar a nova data. Nesse momento, toda a questão logística envolvida com a prova não nos permite dar uma nova data com segurança. A gente imagina que algumas semanas, ou até menos, a gente consiga divulgar a nova data”, enfatizou.

A ministra Esther Dweck enfatizou que a solução é a mais segura para todos em todo o país, ao garantir as mesmas chances para todos os candidatos em todos os lugares. “O adiamento reforça o compromisso do governo com a construção de um país melhor, um país mais inclusivo, com respeito ao próximo e a construção de uma democracia com a cara do Brasil. Por isso a gente não pode deixar ninguém de fora”, declarou Dweck.

O governo ouviu a população gaúcha e decidiu pelo adiamento. O Brasil se solidariza com o Rio Grande do Sul neste momento de dificuldades e vai prestar toda ajuda necessária” Paulo Pimenta, ministro da Secom

EMERGÊNCIA – Para o ministro Paulo Pimenta, a decisão, além de garantir isonomia a todos os candidatos, permite ao Governo Federal focar ainda mais os esforços na ajuda humanitária necessária ao Rio Grande do Sul. “O governo federal ouviu a população gaúcha e decidiu pelo adiamento da prova em todo Brasil. O Brasil se solidariza com o Rio Grande do Sul neste momento de dificuldades e vai prestar toda ajuda necessária”, disse.

O ministro afirmou que o foco do Governo Federal está no resgate das vítimas e restabelecimento das condições básicas de infraestrutura, como desobstrução de vias e restabelecimento de serviços essenciais, como energia elétrica e comunicações. Ele destacou que, devido à continuidade das chuvas, ainda não é possível calcular o alcance total dos danos. “Isso é aquilo que chamamos de segunda etapa: trabalho de reconstrução. E esse levantamento dos valores se dará a partir do plano de trabalho apresentado por cada município e pelo estado, mediante homologação da defesa civil”.

Pimenta disse que não há um valor acordado, mas assegurou que o Governo Federal não estabelecerá um limite para os recursos e irá prover o suporte financeiro necessário para a reconstrução das cidades. “O que o presidente Lula afirmou ontem é que não há limite definido. Vamos disponibilizar o recurso necessário para que, nas questões de responsabilidade do Governo Federal, todos os pleitos de reconstrução sejam atendidos”, declarou. Pimenta e o ministro da Integração de do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, voltam neste sábado para o Rio Grande do Sul para instalar um escritório de governo no estado.

ENEM DOS CONCURSOS – Conhecido como Enem dos Concursos por sua abrangência, o Concurso unificado tem mais de 2,14 milhões de inscritos de todas as regiões do país. Eles vão concorrer a 6.640 vagas em 21 órgãos da Administração Pública Federal. Quando remarcadas, as provas devem ocorrer em 228 municípios de todos os estados e no Distrito Federal.

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