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Museu da Língua Portuguesa destaca mulheres em processos de migração

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Mulheres migrantes foram tema das atividades propostas neste domingo (13) pelo Museu da Língua Portuguesa, na Luz, região central da capital paulista. A migração é apresentada como um processo atravessado pelo idioma na exposição Sonhei em Português!, que fica em cartaz até de 12 junho na instituição.

A mostra, construída em grande parte a partir dos relatos de migrantes de outros países que vivem na cidade de São Paulo, foi apresentada, nas visitas guiadas propostas para a semana do Dia Internacional da Mulher, a partir da presença feminina. Entre as 13 pessoas de diversas partes do mundo que trouxeram suas histórias, seis são mulheres da África, Ásia e América Latina.

O universo de dificuldades e desafios envolvidos na migração aparecem já na instalação Travessia, de Leandro Lima. No trabalho feito especialmente para a exposição, o esqueleto de um barco é impulsionado por remos luminosos no escuro da galeria. Na obra, misturam-se referências da tecnologia contemporânea com a antiga ação dos deslocamentos humanos.

O impacto das tecnologias presentes na vida dos migrantes é lembrado de forma mais explícita na instalação da sala seguinte, formada por telefones celulares antigos e novos pendurados. Uma referência às pessoas que vão para outros países e precisam continuar em contato com a família, amigos e círculos de afetos do lugar de origem.

Também têm espaço objetos tradicionais trazidos pelas migrantes, como a capulana, exposta em uma vitrine e apresentada em depoimento pela moçambicana Lara. O pano tradicional, que têm usos diversos entre as mulheres de Moçambique, é recordado pela imigrante como praticamente uma extensão do corpo de sua mãe. “Quando eu era pequenininha, foi o meu primeiro berço nas costas dela”, conta Lara em vídeo.

Sobre seu processo de adaptação no Brasil, Lara estaca especialmente uma telenovela em que se identificou com uma personagem lésbica presente na trama. “Você vai ver uma novela dessas e não vai se sentir sozinha. Eu me perguntava se eu era a única que gostava de mulheres no mundo”, disse Lara sobre os pensamentos que surgiram a partir da história.

Processos com a língua

O aprendizado da língua aparece como ponto importante em diversos relatos. A boliviana Jobana vê o aprendizado do idioma português como um processo em que passam necessariamente os afetos. “De alguma forma, quando você aprende uma língua, você também ama”, reflete Jobana. Por isso, depois de alguns anos no Brasil, ela disse que só passou a realmente dominar o idioma quando se apegou à cidade. “Comecei a me apaixonar por este lugar. Eu amo São Paulo.”

Em outros momentos, os depoimentos revelam estranhamentos com as palavras. A síria Joanna conta que se espantou ao se ver citada como “empresária” pela primeira vez em um material de divulgação elaborado por uma organização internacional que apoia refugiados. “Eu estava começando um projeto para trabalhar com outros refugiados. Era um projeto tão pequeno, e essa palavra é muito grande”, lembrou o espanto sentido naquele momento.

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Geral

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Governo lança campanha “Fé no Brasil” e destaca avanços na economia

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Iniciativa ressalta resultados alcançados em pouco mais de um ano da atual gestão federal, a partir de políticas que fomentam a geração de empregos e combatem as desigualdades

Menor taxa de desemprego em nove anos. Crescimento do salário mínimo acima da inflação. Isenção de imposto de renda para mais de 15 milhões de pessoas. Retorno do Brasil à lista das dez maiores economias do mundo. Dívidas de mais de 14 milhões de brasileiros negociadas pelo Desenrola. Esses e outros avanços atingidos a partir de políticas públicas do Governo Federal estão destacados na campanha publicitária batizada de “Fé no Brasil“, lançada nesta quarta-feira, 1º de maio, Dia do Trabalhador.

As peças partem do conceito de que, mesmo que as pessoas tenham pensamentos diferentes, existem realizações e conquistas que são positivas para todos. O primeiro vídeo retrata um almoço de domingo de uma família brasileira, em que a preferência de alguns é por carne, enquanto a de outros é por legumes. Contudo, o principal é que todos tenham acesso à alimentação.

Por isso, o Governo investe em políticas de redução da fome e da pobreza, além de impulsionar a economia e a geração de empregos. Ações que já geraram resultados positivos. Em 2023, primeiro ano da atual gestão, 24,4 milhões de pessoas deixaram de passar fome no Brasil. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave caiu 11,4 pontos percentuais entre 2022 e 2023, segundo projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

SÓ O COMEÇO — Além de ressaltar avanços já alcançados, a campanha indica que o país trilha um caminho de progresso e convida a população a ter esperança e fé em tempos melhores. “A gente pode até pensar diferente, mas nisso o brasileiro concorda: quando a economia melhora, é bom para você, para a sua família, é bom para todo mundo. Isso é só o começo, tem muito trabalho pela frente. Fé no Brasil. A gente está no rumo certo”.

Dividida em quatro temáticas de interesse da sociedade (economia, educação, saúde e agro), a campanha conta com um filme base para cada eixo. Com 60 segundos de duração, cada um deles apresenta nuances de discurso para conversar com diferentes faixas da população, tanto na mídia tradicional quanto no ambiente digital. A campanha terá duração de seis semanas.

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