Ação Social

MPGO lança curso a distância para fortalecimento dos Conselhos dos Direitos da pessoa idosa e capacitação de Conselheiros

Publicado

em

Com o objetivo de definir ações para fortalecer e capacitar os Conselhos dos Direitos da Pessoa Idosa recém criados, foi lançado nesta segunda-feira (26/2) o curso de educação a distância (EaD) Fortalecimento dos Conselhos dos Direitos da Pessoa Idosa. Ele surge como uma ferramenta do Ministério Público de Goiás (MPGO) para oferecer apoio a esses conselhos.

Com o recente aumento na quantidade de conselhos de direitos, como resultado do programa Conselho do Idoso é de Lei!, o projeto + Perto busca respaldar esses órgãos dentro de suas atuações. Isso é possível por meio da aproximação do MPGO com instituições parceiras, como o Conselho Regional de Contabilidade (CRC), União dos Vereadores de Goiás (UVG), Comissão de Atenção à Pessoa Idosa, Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa, Sociedade Brasileira de Geriatria e o Conselho Estadual de Psicologia dos conselhos municipais.

De acordo com o coordenador da Área de Políticas Públicas e Direitos Humanos do MPGO, Marcelo Miranda, a aproximação dessas instituições com a população idosa é fundamental, pois solidifica o propósito da criação dos conselhos. “Na nossa percepção, não adiantaria nada a gente criar formalmente o conselho e deixá-los depois, no segundo momento, desamparados”, disse o promotor, que é um dos organizadores e participantes do projeto.

O + Perto tem o intuito de promover encontros regionais e reunir os órgãos para criar uma rede de apoio informal desses conselhos de direitos, dentro de seus campos de atuação. Além da aproximação dessas instituições, é necessária a sua capacitação. Desta forma, o lançamento do Curso EaD Fortalecimento dos Conselhos dos Direitos da Pessoa Idosa é uma ferramenta criada com o suporte da Escola Superior do MPGO (Esump) e do Conselho Estadual de Direitos da Pessoa Idosa. O curso conta com vários professores do Brasil, ministrando aulas em sete módulos, para tratar de aspectos fundamentais para a formação dos conselheiros.

Como produto resultante deste curso, e também a partir do material produzido pelos professores do curso, será elaborada uma cartilha ilustrada para consulta rápida das conselheiras e conselheiros. Marcelo Miranda ponderou a necessidade do projeto como um facilitador das atuações em prol da pessoa idosa. “Essas ações de fortalecimento têm como objetivo a entrega para a população idosa um conselho que seja capaz de articular localmente a política pública, de fazer essa interface entre a pessoa idosa e o poder público municipal em cada um desses municípios.”

Importância da atuação em rede

Durante o evento, Marcelo Miranda reiterou a necessidade do evento como um facilitador da atuação desses conselhos municipais no auxílio das causas da pessoa idosa e destacou a importância da parceria das instituições nesse fortalecimento.

A Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Fabiana Lemes Zamalloa, enfatizou a importância do projeto Conselho do Idoso é de Lei! na implantação de mais unidades de conselhos municipais. “Não é possível falar em política pública de proteção ao Idoso, sem os conselhos municipais”, apontou.

Os representantes das instituições parceiras expressaram suas apreciações a respeito do projeto. Francisco Carlos de Carvalho, também conhecido como vereador Chiquinho, destacou a atuação do MPGO como um todo na causa da pessoa idosa.

O presidente do Conselho Regional de Psicologia (CRC), Wadson Arantes, afirmou que é preciso dar relevância à dignidade e qualidade de vida dos idosos. “Uma iniciativa louvável e necessária para a promoção da Cidadania, da dignidade e da qualidade de vida da pessoa idosa”, resumiu. A presidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRC), Sucena Hummel enfatizou o papel do contador no projeto, tanto no auxílio da captação de recursos e na regularidade financeira.

Cláudia Regina, conselheira nacional representante da Sociedade Brasileira de Geriatria, reforçou a necessidade de fortalecer o trabalho em rede das instituições, nos seus mais diversos níveis de atuação. Biany Lourenço, presidente do Conselho Regional dos Direitos da Pessoa Idosa contextualizou o envelhecimento da população brasileira e a necessidade de prover direitos e zelar pela pessoa idosa no Brasil. Por fim, em sua fala, o deputado Ricardo Quirino parabenizou o projeto e a atuação dos representantes do MPGO.

Participaram do evento também o promotor de Justiça Vagner Jerson Garcia; Raphael Castelo Branco, presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa; Luciana Amorim de Santana Mota, coordenadora-geral do Conselho Estadual do Idoso de Goiás, e Luiz Cláudio Carvalho de Almeida, promotor de Justiça do Ministério Púbico do Rio de Janeiro. (Texto e fotos: Lucas Yuji/Estagiário da Assessoria de Comunicação Social do MPGO – Supervisão: Ana Cristina Arruda)

Comentários do Facebook

Ação Social

No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

Publicados

em

Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA