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Minas Gerais mantém abertura de leitos de UTI, mas falta de medicamentos é a maior preocupação

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O Governo de Minas mantém os esforços para abertura de leitos de UTI em todo o estado. Nesta quarta-feira (7/4), por exemplo, foram implantados outros dez leitos de terapia intensiva no Hospital Eduardo de Menezes, da rede Fhemig, em Belo Horizonte. A maior dificuldade, porém, é em relação à falta de medicamentos para atendimento aos pacientes internados, em especial os sedativos.

Durante coletiva nesta quinta-feira (8/4), o governador Romeu Zema e o secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, ressaltaram que a fila atual de espera por um leito de UTI em Minas está reduzindo, o que demonstra uma desaceleração no número de casos. Hoje, são 615 pessoas no estado, enquanto em Belo Horizonte a fila é de 80 doentes.

“Esse número é o menor evidenciado nas últimas semanas. Essas aberturas (de leitos) são muito importantes e existem ainda os chamamentos abertos na tentativa de progredir nessa expansão. Estamos com expectativa de abrir na rede Fhemig mais leitos na capital. Tentamos em Juiz de Fora e Patos de Minas, onde temos mais autonomia de gestão. Em relação aos prestadores que não são do Estado, temos o financiamento com valores diferenciados para que a gente consiga aumentar os leitos em algumas regiões”, pontua o secretário, citando ainda tentativas de mais UTIs nas regiões Leste e Oeste, onde a situação é crítica.

Depois de suspender a transferência de doentes entre as regiões devido à sobrecarga de todo o sistema hospitalar, o Estado já voltou a conseguir deslocar os doentes. “Todo paciente que se encontra em um município que não tem capacidade de atender, encaminha a informação e a regulação estadual busca em outros municípios e regiões uma vaga. Estamos vendo uma queda no número de casos na regulação. Vivemos um momento difícil em que todas as regiões estavam com um sistema de Saúde muito tenso, mas agora já conseguimos o deslocamento de pacientes de locais que não conseguem dar assistência adequada”, esclarece Fábio Baccheretti.

Sem estoque

Mas, com a baixa no estoque de medicamentos, especialmente do chamado kit intubação, qualquer tentativa de abertura de leitos se torna mais complicada. “Temos poucos medicamentos e sedativos. Nosso papel é evitar o aumento de casos já que isso implica maior consumo”, alerta Baccheretti.

Segundo o governador, após enfrentar os problemas no fornecimento de oxigênio, a falta de sedativos passou a ser alarmante.

“As unidades hospitalares do estado, que trabalhavam com estoque de 60 dias ou mais, hoje têm estoque para no máximo três dias. Isso é muito preocupante. Estamos correndo risco de pacientes intubados acordarem porque faltou sedativo e sabemos que isso não pode ocorrer de forma alguma”, adverte Zema, esclarecendo que a mudança de procedimento adotada pelo Ministério da Saúde foi a causadora da crise. “O ministério fez requisição administrativa desses insumos e não tem conseguido distribuir com velocidade adequada. Hoje a situação é crítica e, amanhã, podemos ter notícias desagradáveis com relação a isso caso o fornecimento não seja normalizado”, afirma.

O Governo de Minas tem buscado solucionar o problema de forma paliativa, remanejando o estoque atual. “Quando uma unidade hoje tem estoque para sete dias, ela remaneja para aquela que tem só para um dia, coisa que antes não acontecia. Então, isso demanda uma sobrecarga ainda maior dos profissionais de Saúde. E estamos tentando compras alternativas, inclusive no exterior”, explica o governador.

Segundo o secretário, fiscais do Estado e também dos municípios têm apoiado na fiscalização dos estoques dos medicamentos nos hospitais para garantir a distribuição justa entre as unidades.

“Temos uma rede solidária. Assim vamos garantindo, conforme a chegada dos medicamentos do governo federal, um estoque médio de três dias. Todo o estoque recebido pela secretaria já foi disponibilizado, hoje não temos nada. O que nós fazemos se alguma instituição estiver com problema de estoque é buscar na rede solidária algum hospital que está com estoque um pouco maior ou buscar alternativas. Têm vários sedativos, bloqueadores neuromusculares. Às vezes falta um, mas temos outro. É muito difícil, não era até então papel da secretaria fazer, isso era realmente algo de gestão hospitalar, mas estamos dando esse apoio para que não haja nenhum risco. Por isso a importância de reduzir o número de pacientes, para que o mercado se adeque a essa quantidade de consumo”, explica Baccheretti.

Hospital de campanha

Romeu Zema voltou a lembrar que o Hospital de Campanha não é a solução para atender aos pacientes que aguardam leitos no Estado, uma vez que esse tipo de unidade conta com unidades de enfermaria, e estas estão com ocupação de 75%.

“O Hospital de Campanha tinha 700 leitos de enfermaria e em um ano de pandemia conseguimos agregar ao sistema de saúde do estado o equivalente a quase 15 hospitais de campanha e com qualidade muito maior, pois foram agregados a unidades hospitalares que contam com uma série de recursos que o de Campanha não tem, como exames, laboratórios etc”, afirma o governador.

O Estado conta, atualmente, com 4.635 leitos de UTI e 20.878 de enfermaria.

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Alunos voltam às aulas presenciais em 85 escolas de Minas Gerais

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Nesta segunda-feira (21/6), 85 escolas em 16 municípios retomaram as atividades presenciais no modelo híbrido desenvolvido pela Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG). A semana marca importante passo nas atividades da rede estadual, após quase um ano e meio de ensino remoto.

Com toda segurança e cuidado com a comunidade escolar, foram aplicados os protocolos sanitários, definidos pelo Comitê Extraordinário Covid-19 e Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), e implementado um checklist nas unidades de ensino para garantir que todos estejam e se sintam seguros neste momento.

A retomada está sendo feita, nesta semana, em escolas de municípios localizados nas ondas amarela e/ou verde do Plano Minas Consciente, e nos quais as prefeituras não apresentaram nenhuma restrição.

Além disso, a participação dos estudantes nas atividades presenciais é facultativa às famílias. Nos casos em que os pais ou responsáveis optarem por não liberar o aluno para o ensino presencial, será mantido o regime totalmente remoto, para garantir a continuidade dos estudos. O estudante que optar por permanecer com suas atividades de forma remota, continuará desenvolvendo suas atividades sem prejuízos.

Alegria pelo retorno

Na Escola Estadual Eleonora Nunes Pereira, em Itabira, a manhã foi de recepção aos alunos e comemoração pelo reencontro. Juliana Luciana Santos, mãe do aluno Davi Emmanuel Santos, destaca o acolhimento e segurança do cumprimento dos protocolos para confiar seu filho à escola. “É uma satisfação imensa ver o sorriso no rosto do meu filho, de estar de volta à escola. Conhecer os novos amigos, a professora, a escola de forma geral”, destaca.

Ainda de acordo com Juliana, perceber o trabalho para deixar o ambiente seguro a deixou tranquila. “Pude perceber os cuidados, a segurança que a escola está nos fornecendo e eu me senti muito feliz com esse cuidado com o público. Não só com as crianças; a gente pode notar, eles passam essa segurança pra gente e pudemos ver isso”, pontua.
 

SEE / Reprodução

Empolgada, a diretora da unidade de ensino, Rosilene Simone de Carvalho, recepcionou pais e alunos na entrada da escola. Emocionada com o momento, ela faz um chamado para quem ainda não pôde voltar às aulas. “Estamos preparados para receber a comunidade escolar como um todo e ter nossos alunos de volta. Portões estão abertos esperando todos os estudantes”, ressalta.  

Segurança dos protocolos

Em Morro do Pilar, a felicidade em poder voltar ao convívio escolar não foi diferente. Na porta da Escola Estadual Cardeal Mota, os alunos foram recebidos com muita alegria e, desde o momento da chegada, já começaram a ter contato com os protocolos estabelecidos para a segurança sanitária. 

A vida voltando aos corredores e salas de aula das escolas, com a presença dos alunos, é muito importante, mas ainda não foi possível em todos os municípios e regiões de Minas. Todo o processo de retomada está sendo feito de forma planejada, segura e gradual, respeitando os protocolos sanitários e as evoluções das ondas do plano Minas Consciente, que monitora os índices epidemiológicos no estado. Assim, é fundamental que as famílias fiquem atentas às comunicações feitas pelas escolas para que recebam todas as orientações necessárias. Em caso de dúvidas, o contato com o gestor escolar é de extrema importância para esclarecimentos de todas as informações.

Para que o retorno aconteça com toda segurança, todas as escolas estaduais passaram por um checklist criterioso, validado pelo diretor da escola e pelo inspetor escolar, para aplicação dos protocolos sanitários, com adequações no ambiente e disponibilização dos equipamentos de proteção e produtos de higiene e limpeza. Tudo foi feito com muito cuidado para proporcionar à comunidade escolar um ambiente seguro.

Para confirmar em qual onda do Plano Minas Consciente seu município está, acesse www.mg.gov.br/minasconsciente

Ondas

Sempre que algum município for classificado na onda amarela ou verde, podendo ser consideradas também as microrregiões, será possível a retomada das atividades presenciais, desde que não exista nenhum decreto municipal de impedimento.

Havendo disponibilidade, o retorno sempre se dará primeiramente com o acolhimento dos professores e profissionais nas escolas em uma semana e, na semana seguinte, com a volta dos alunos. Essa dinâmica gradual e alternada – de acolhimento primeiramente dos profissionais e na outra semana dos alunos – deve prevalecer para a retomada em cada unidade de ensino. Por isso, é importante que as famílias mantenham sempre o contato com a direção da escola para acompanharem as informações.

A retomada das atividades escolares presenciais começa a partir dos anos iniciais do ensino fundamental, nível de ensino com estudantes em fase de alfabetização e com maior necessidade de apoio presencial para o processo de aprendizagem e para a criação de vínculos com as escolas e os professores. No ensino híbrido, haverá alternância entre o atendimento presencial e o remoto.

Nesta semana de 21 a 25/6, por exemplo, os alunos participam das atividades pedagógicas presenciais; na semana seguinte, as unidades de ensino não terão atividades presenciais e os professores farão o atendimento pelo aplicativo Conexão Escola. Já na outra semana, as atividades voltam a ser presenciais – e assim por diante.

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