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Manifestantes dificultaram combate ao fogo, diz Corpo de Bombeiros

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Bombeiros que tentavam apagar as chamas em veículos incendiados durante tumulto na área central de Brasília, na noite desta segunda-feira (12), também foram alvo dos ataques dos manifestantes.

Segundo o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, o grupo que tomou as ruas da cidade, bloqueando o trânsito e incendiando ao menos oito veículos, incluindo ônibus, lançou pedras e outros objetos contra ao menos três viaturas da corporação no momento em que os militares faziam seu trabalho, atrapalhando o combate ao fogo.

“A corporação ficou muito limitada em sua área de atuação, pois, em razão da violência da manifestação, o perigo às guarnições de bombeiros era real”, informou a corporação, em nota. Só o Corpo de Bombeiros mobilizou 18 viaturas e 63 pessoas para atender às várias ocorrências.

Ainda de acordo com a corporação, só uma pessoa precisou de atendimento médico: um homem de 67 anos, cujo nome não foi divulgado desmaiou, durante a confusão. Atendido primeiramente pelos bombeiros, ele foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) de São Sebastião, região administrativa do Distrito Federal, reclamando de ter inalado gás lacrimogêneo e de estar sentindo dor de cabeça.

Segundo o Corpo de Bombeiros, quatro ônibus e quatro carros foram incendiados em um raio de 1 quilômetro, entre o início da Asa Norte e o começo da Asa Sul, no centro da capital federal, a apenas 4 quilômetros da Praça dos Três Poderes.

A confusão começou depois que parte dos manifestantes que estão acampados em frente ao Quartel General do Exército há mais de um mês, protestando contra o resultado das eleições presidenciais, tentaram invadir a sede da Polícia Federal, na Asa Norte, no início da noite de ontem.

O catalisador dos atos violentos teria sido a prisão do indígena José Acácio Serere Xavante, decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Acácio, um dos manifestantes acampados diante do QG do Exército, foi detido ontem à tarde.

Ex-candidato à prefeitura de Campinápolis (MT), ele se apresenta como uma das lideranças da Terra Indígena Parabubure e, em vídeos compartilhados pelas redes sociais, questiona o processo eleitoral e a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva na eleição presidencial. A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), Moraes determinou a detenção de Acácio por suspeita de crime de ameaça, perseguição e ataques ao estado democrático de direito.

Contido pela Polícia Militar, o grupo que pedia a liberação de Acácio tomou as ruas da área central, bloqueando o trânsito e incendiando veículos, incluindo ônibus – um deles estacionado em frente ao prédio da PF, no Setor Comercial Norte.

Para conter a baderna, policiais militares usaram bombas de efeito moral e gás pimenta, mas não prenderam ninguém. Em nota divulgada hoje (13), a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou que ninguém foi detido porque as forças de segurança agiram para dispersar a manifestação, procurando “reduzir danos e evitar uma escalada ainda maior dos ânimos”. A secretaria assegurou, contudo, que a Polícia Civil está tentando identificar os responsáveis pelo quebra-quebra para responsabilizá-los.

Hoje, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, classificou como “lamentáveis” os fatos desta segunda-feira. Em sua conta pessoal no Twitter, Ibaneis escreveu que as forças policiais (criticadas por não terem efetuado nenhuma prisão em flagrante) agiram com rapidez e da maneira mais adequada possível.

“Junto do secretário de Segurança do Distrito Federal, acompanhei todas as ações e orientei que todos, devidamente identificados, que participaram desse ato de vandalismo sejam punidos conforme prevê a lei”, acrescentou o governador, assegurando que esteve em contato com o Ministério da Justiça e Segurança Pública e com o governo de transição durante todo o tempo.

Os atos de vandalismo ocorreram faltando 20 dias para a posse de Lula e do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, ambos diplomados ontem, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Antes mesmo das forças de segurança pública conseguirem pôr fim ao tumulto, o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, o senador eleito Flávio Dino, se reuniu com o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo. Após a reunião, os dois deram declarações a jornalistas. Dino disse que alguns manifestantes confundem liberdade de expressão com direito de cometer crimes.

“Há pessoas que, infelizmente, desejam o caos antidemocrático e ilegal? Sim, há. Só que essas pessoas não venceram e não vencerão amanhã. Este é o sentido principal da nossa mensagem: tranquilidade. Temos plena confiança nas garantias do governo do Distrito Federal”, afirmou Dino.

Já Danilo confirmou que ao menos parte das pessoas envolvidas na confusão participa do acampamento em frente ao QG do Exército. “A gente não pode garantir que são todos porque alguns podem inclusive residir em outros locais, mas parte realmente estava lá no QG, lá no acampamento, e participou desses atos. Quem for identificado será responsabilizado”, assegurou o secretário distrital.

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Geral

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Lula segue para o Rio Grande do Sul, acompanhado de ministros e líderes dos poderes Legislativo e Judiciário

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Estado registra 329 municípios atingidos e 686.482 pessoas afetadas. A frente fria tem previsão de altos volumes de chuva para o norte do Rio Grande do Sul, todo o estado de Santa Catarina e sul do Paraná

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, seguiu para o Rio Grande do Sul na manhã deste domingo, 5 de maio, acompanhado por uma comitiva de ministros e líderes dos poderes Legislativo e Judiciário. O grupo se une aos ministros Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), que já estão no estado e acompanham de perto as ações de socorro e assistência do Governo Federal à população gaúcha.

Embarcaram com o presidente a primeira-dama, Janja Lula, e os ministros Rui Costa (Casa Civil), José Mucio (Defesa), Fernando Haddad (Fazenda), Renan Filho (Transportes), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Camilo Santana (Educação), Nísia Trindade (Saúde), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Wellington Dias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Jader Filho (Cidades), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais). Também seguem para o Rio Grande do Sul os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, os ministros Edson Fachin (STF) e Bruno Dantas (presidente do Tribunal de Contas da União), além do comandante do Exército Brasileiro, general Tomás Paiva.

Neste domingo, durante o Regina Caeli (uma das peças da liturgia católica, denominadas “antífonas marianas”), o Papa Francisco manifestou solidariedade e dirigiu suas orações aos povos dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, afetados pelas fortes chuvas e enchentes.

Atualizações nas ações de socorro e assistência ao Rio Grande do Sul

Ministério da Defesa
Resgate de pessoas isoladas em Lajeado, Encantado, Taquari, Estrela, Nova Santa Rita, Montenegro, Sinimbu, Canoas, Bento Gonçalves, Campo Bom e São Sebastião do Caí. Em São Gabriel, Bagé, Alegrete e Cristal, também foram realizadas operações de apoio à reestruturação de imóveis destruídos e realocação de pessoas desabrigadas. Em Candelária e São Valentim do Sul, o contingente ainda realizou a desobstrução de vias. Em Restinga Seca, atuaram para o lançamento de uma ponte e restituição dos acessos. Em Porto Alegre e Cachoeira do Sul, atuaram no apoio à organização e distribuição de doações e aos abrigos de desabrigados. Foram realizados 9.749 resgates nos últimos dias, sendo 402 aéreos, 2.340 fluviais e 7.007 terrestres – 69 pessoas demandaram um trabalho de evacuação aeromédica. São 647 militares das Forças Armadas envolvidos nas operações, sendo 426 do Exército, 155 da Marinha e 66 da Força Aérea.

Força Aérea Brasileira (FAB)
Nesta madrugada, a aeronave KC-390 Millennium transportou mais de 18 toneladas de materiais do Grupamento de Apoio Logístico de Campanha (GALC). Decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ) com destino à Base Aérea de Canoas, transportando geradores, banheiros químicos, barracas operacionais, colchões, materiais de apoio elétrico e hidráulico que vão prover suporte de alimentação, alojamento, higienização (banho e sanitários) e manutenção da assistência à população gaúcha. Além de toda a carga, a aeronave ainda transportou 14 militares do GALC, que farão a montagem de toda a estrutura em Canoas. A atuação desse efetivo tem a finalidade de apoiar logisticamente as operações na calamidade pública.

Polícia Rodoviária Federal (PRF)
No balanço da manhã, a PRF apontou a previsão de reforço de 75 agentes no efetivo envolvido nas operações. Até o momento, estão destacados 99. A força relatou extrema dificuldade de movimentação do efetivo em razão dos pontos bloqueados. Estão empregadas na operação 20 viaturas e três aeronaves. Cento e cinquenta resgates terrestres já foram realizados e 54 pessoas (e três animais) demandaram resgate aéreo.

BALANÇO — De acordo com a última atualização do governo estadual, são 329 municípios atingidos e já são 686.482 pessoas afetadas. O estado contabiliza 79.253 desalojadas e outras 14.447 pessoas em abrigos, com 72 mortes, 150 feridos e 103 desaparecidas.

PREVISÃO DO TEMPO — De acordo com os órgãos de monitoramento e previsão hidrometeorológica — Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Serviço Geológico do Brasil (SGB) e Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) — a frente fria tem previsão de altos volumes de chuva para o norte do Rio Grande do Sul, todo o estado de Santa Catarina e sul do Paraná.

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