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Mais 2,5 mil aprendizes vão ajudar a reformar seis Regiões Administrativas

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Mais qualificação profissional, inclusão no mercado de trabalho e, de quebra, a reforma de equipamentos públicos. O ciclo produtivo promovido pelo programa Renova-DF ganha mais um capítulo nesta sexta-feira (10) com a formatura de cerca 800 alunos, que atuaram na recuperação de praças, parques, calçadas, quadras poliesportivas, estacionamentos e outros espaços em Ceilândia e Samambaia.

A primeira turma do Renova-DF recebeu os certificados do programa no Ginásio do Sesi, em Taguatinga, das mãos do governador Ibaneis Rocha, que anunciou na ocasião o ingresso de mais 2,5 mil novos aprendizes.

Foram pouco mais de três meses de ensinamento e execução de serviços em espaços públicos. Neste período, o programa recuperou 92 equipamentos, desde parquinhos infantis até o estádio Rorizão, em Samambaia; e a movimentada Feira Central de Ceilândia.

O governador Ibaneis Rocha exaltou o objetivo do programa, que ganha destaque ao capacitar profissionais, facilitar o ingresso no mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, reformar espaços públicos | Foto: Renato Alves / Agência Brasília 

Além dos formandos – entre brasileiros e estrangeiros -, a Secretaria de Trabalho vai convocar mais 2,5 mil alunos até o fim do ano. As novas turmas serão distribuídas em seis cidades. Ceilândia, novamente, terá a oportunidade de contar com o “exercício prático” dos aprendizes do Renova-DF. Outras duas Regiões Administrativas também já estão definidas: São Sebastião e Arniqueira. As outras serão divulgadas posteriormente.

Durante a cerimônia de certificação, o governador Ibaneis Rocha exaltou o objetivo do programa, que ganha destaque ao capacitar profissionais, facilitar o ingresso no mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, reformar espaços públicos.

“Não adianta fazer programa de inserção profissional se não tiver visão de futuro. Estamos num momento de retomada da nossa economia e é o setor da construção civil que vai contratar os alunos que fizeram parte do programa”, avaliou. “Esse programa é um programa duradouro e fecha todas as pontas. Traz o lado social, do emprego e da formação profissional, que é eterna. Ninguém tira mais isso de vocês”, acrescentou Ibaneis, ao mencionar também que muitas mulheres foram capacitadas em atividades majoritariamente exercidas por homens.

Para o secretário do Trabalho, Thales Mendes, o Renova-DF além de embelezar as cidades, é um projeto social. “Ele é uma transformação de vidas, capacita pessoas e já temos empresas que querem contratar esses alunos, dando continuidade ao projeto e movimentando o mercado de trabalho, que tem a demanda por esses profissionais”.

Uma das formandas na primeira turma do programa é Nathália Souza, de 27 anos, que recebeu o certificado em jardinagem. “Vi a oportunidade. Tinham várias categorias e uma delas era jardinagem. Um curso maravilhoso, aprendi bastante coisa. Saio com uma profissão nova e acredito que vai abrir muitas oportunidades, inclusive atividades em casa.

Sobre o Renova-DF

Capacitar profissionais, facilitar o ingresso no mercado de trabalho e reformar espaços públicos são alguns dos objetivos do programa Renova-DF. Os participantes recebem salário mínimo, além de auxílio-transporte e seguro contra acidentes pessoais.

Os alunos devem ter frequência e aproveitamento igual ou acima de 80% para receber os auxílios e o certificado de conclusão de curso. Os que ficarem acima desse percentual poderão participar, gratuitamente, de qualquer outra formação oferecida pelo Senai-DF. Alunos analfabetos terão curso de alfabetização sem custos.

Os estudantes já foram selecionados e entregaram toda a documentação, portanto, não há como se inscrever mais no Renova-DF. Participam pessoas com mais de 18 anos; moradores do DF; nato, naturalizado ou estrangeiro em situação regular no país; e em situação de desemprego.

A mão de obra qualificada pelo Renova-DF já tem colhido frutos no mercado de trabalho. A H2F Engenharia, empresa de manutenção predial, sinalizou a contratação de 20 profissionais entre os formandos do programa. “Como o governador Ibaneis Rocha falou, no pós-pandemia é o setor de construção civil que vai alavancar a economia. E o Renova-DF tem o que precisamos, que são pessoas capacitadas para atuar nas manutenções que fazemos”, explica Fernando Marquês Teodoro, diretor de engenharia da empresa.

O Renova-DF é uma parceria entre as Secretarias de Trabalho, Governo e Transporte e Mobilidade; Novacap; companhias de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) e Energética de Brasília (CEB); Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF).

A Câmara Legislativa (CLDF) também colaborou com o programa liberando R$ 15 milhões de recursos da Casa. Na formatura em Taguatinga, o presidente daquela casa legislativa, deputado Rafael Prudente, e, os distritais Robério Negreiros e Jorge Vianna estiveram presentes.

Além do programa, o governo oferece qualificação e capacitação em vários órgãos. Entre 2019 e 2020 e no primeiro semestre de 2021, mais de 28 mil pessoas participaram de cursos presenciais e virtuais oferecidos gratuitamente para as mais diversas áreas.

Fonte: Governo DF

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Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino

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Nova etapa de execução é concretizada via convênio entre MDS e Consórcio Nordeste, no valor de R$ 311 milhões. Na área rural de Juazeiro (BA), os moradores estão otimistas com as novas possibilidades trazidas pelo acesso à água

No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.

Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural

A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.

O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.

Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.

“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.

A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.

PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.

“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.

A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.

Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.

CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.

Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.

“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.

O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.

“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.

AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.

As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.

 

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