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Festival de vinhos movimenta Petrópolis e região serrana do Rio

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A 11ª edição do Serra Wine Week, em Petrópolis, maior evento de vinhos do estado do Rio de Janeiro, começa no dia 8 e vai até dia 18 no município da região serrana fluminense. A gerente executiva do Petrópolis Convention & Visitors Bureau, Marcia de Paula, disse hoje (4) à Agência Brasil que o evento fortalece a cidade imperial como destino de inverno da alta temporada, com gastronomia de excelência. “O incremento da economia acontece naturalmente”, disse.

Marcia assegurou que o Serra Wine Week é super positivo para o município, confirmando, além da cerveja, a tendência de inverno pelo consumo de vinho. Segundo a gerente executiva, o festival tem a característica de unir toda a região serrana “que está super-aquecida, apesar da pandemia do novo coronavírus”. No ano passado, em função da pandemia, o evento não foi realizado.

O idealizador do festival, Rogério Elmor, disse que o evento injeta recursos na economia local. “Traz gente de fora que vem para o evento”, disse. Segundo a organização, o Serra Wine Week representa aumento de até 15% nas reservas dos hotéis e pousadas e um incremento de até 20% na venda de vinhos nos estabelecimentos participantes.

Fórmula

O Serra Wine Week foi criado por Elmor em 2009, visando solidificar o destino de Petrópolis como referência gastronômica nacional e destino do vinho. Segundo ele, o Serra Wine Week tem uma fórmula que garante o sucesso, porque é comercial. Participam do evento 21 estabelecimentos, entre restaurantes, bistrôs, delicatessens, hotéis e pousadas, inclusive lojas virtuais, ofertando vinhos selecionados com descontos de até 37%.

Os restaurantes se juntaram para fazer uma grande promoção. Fizeram uma compra coletiva e, com isso, conseguiram preços razoáveis e atrativos para o público. A compra total envolveu 3 mil garrafas, com destaque para rótulos nacionais. A carta única de vinhos que será oferecida pelos estabelecimentos participantes tem nove rótulos de vinhos com preços especiais de R$ 49,90 até R$ 219,90.

Elmor informou que o Casa Salvador Merlot, por exemplo, que é um vinho nacional que deve agradar principalmente quem está se iniciando no mundo do vinho, baixará o preço de R$ 80 para R$ 49,90. Já o Petite Fleur Malbec, um argentino Gran Reserva, que fora do evento custa, em média, R$ 340, será vendido aos visitantes por R$ 219,90 no festival.

Além desses, mais sete rótulos poderão ser consumidos a valores promocionais nas casas participantes: o Casa Salvador, Chardonnay (Brasil), Casas Del Maipo, um Gran Reserva oferecido em três tipos de uvas diferentes (Chile), Viña Marty, Merlot (Chile), Karta Tinto Douro DOC, uvas variadas (Portugal), Kauzo, Malbec/Malbec (Argentina), Toscanini Classic, Tannat (Uruguai) e Sol fa Soul, Malbec (Argentina). Em média, por ano, são comprados pelos estabelecimentos entre mil e 1,5 mil garrafas. Este ano, o resultado surpreendeu. “Já chegou a 3 mil garrafas”, disse Elmor. O aumento alcança perto de 50%. O impacto direto na economia petropolitana supera R$ 600 mil durante o evento, informou.

Ganhos

O organizador do evento, Felipe Bento, disse que a fórmula de sucesso do festival está na estratégia adotada, onde todos saem ganhando. “Ganha o importador, que este ano é a Del Maipo/ Adega W, pois consegue vender de uma só vez para vários restaurantes; ganha o ‘restauranteur’, que adquire vinhos a preços reduzidos exclusivos para o evento; e ganha o consumidor, pois durante o período do festival os vinhos são oferecidos praticamente ao preço de custo que o restaurante normalmente compraria”, disse.

A organização do festival informou que a adoção dos protocolos de segurança sanitária garante a eleição de Petrópolis como um dos 22 destinos mais seguros do país. Os cuidados com clientes e colaboradores incluem distanciamento entre as mesas, capacidade de ocupação reduzida, uso correto de máscaras por toda a equipe dos estabelecimentos, disponibilização de álcool em gel nas mesas e boas práticas de higiene alimentar na cozinha, fiscalizadas pelos órgãos competentes.

Maiores informações podem ser obtidas nas redes sociais do festival (@serrawineweek no Instagram e Facebook).

Edição: Fábio Massalli

Fonte: EBC Geral

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Ação Social

No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

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Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

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