Nacional

Feriado de Corpus Christi movimenta os principais aeroportos do país

Publicado

em

O feriado prolongado de Corpus Christi, celebrado nesta quinta-feira (16), deve impulsionar o movimento nos aeroportos de todo o país, segundo projeções de concessionárias e da Infraero, que administra 17 terminais públicos.

No Rio de Janeiro, o Aeroporto Internacional do Galeão estima uma movimentação de 76.125 mil passageiros nos próximos quatro dias, o que representa aumento de 280% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entre os dias 15 e 20 de junho, estão previstos um total de 455 voos no maior terminal fluminense.

A GRU Airport, concessionária que administra o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, o maior da América do Sul, informou que estão previstos 519 mil passageiros em voos nacionais e internacionais, entre os dias 15 e 20 de junho. Os destinos nacionais mais procurados são Porto Alegre, Recife e Curitiba. Dentre os destinos internacionais mais buscados, estão Buenos Aires, Madrid e Miami.

A Inframerica, administradora do Aeroporto de Brasília, estima que cerca de 165 mil passageiros passem pelo terminal brasiliense de 15 a 20 de junho. A expectativa é que o movimento deste feriado seja 20% superior ao mesmo feriado estendido de 2021. A movimentação aérea prevista para o período é de 1.341 pousos e decolagens.

Para atender a demanda, seis voos extras foram adicionados à malha aérea do Distrito Federal. Os dias com maior concentração de voos serão nesta quarta-feira (17), e na segunda-feira (20). A concessionária calcula que nestes dias de maior movimento circulem pelo terminal brasiliense uma média diária de 33 mil passageiros. Os maiores fluxos estão concentrados nos horários entre 7h e 10h e das 19h às 22h.

Os voos nacionais mais procurados partindo de Brasília são para: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Salvador. As rotas diretas da capital federal para o exterior também devem movimentar a área internacional do aeroporto neste feriado. Os destinos operados diretos de Brasília são para Miami, Orlando, Lisboa, Panamá, Cancun e Buenos Aires.

Um total de 7,3 mil pessoas devem viajar para o exterior neste feriadão. A concessionária orienta os passageiros a chegarem no aeroporto com pelo menos duas horas de antecedência e lembra que vem mantendo todas as medidas sanitárias contra a covid-19, incluindo o uso obrigatório de máscaras em salas de embarque e nas aeronaves, por determinação em vigor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Cerca de 150 mil pessoas são esperadas de 15 a 20 de junho, no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte/Confins. O número é 66% superior à movimentação registrada no ano passado, que foi de 90 mil passageiros.

Segundo a concessionária BH Airport, que administra o principal terminal de Minas Gerais, a Azul Linhas Aéreas planeja 48 voos extras nos próximos cinco dias, incluindo Guarulhos, Viracopos e Congonhas, em São Paulo; Cabo Frio, no Rio de Janeiro; Porto Seguro, Salvador e Guanambi, na Bahia; Governador Valadares, Montes Claros, Uberlândia e Ipatinga, em Minas; Vitória, no Espírito Santo; Maceió, em Alagoas; e Natal, no Rio Grande do Norte. O planejamento da Gol inclui 11 voos extras para Congonhas, Porto Seguro, Maceió e Natal.  

“As projeções sinalizam o aumento na variação do número de voos entre 2021 e 2022, demonstrando um cenário favorável para a retomada após o momento crítico da pandemia”, avalia o diretor de Operações e Infraestrutura da BH Airport, Herlichy Bastos. “Considerando a movimentação histórica registrada este ano, o número de passageiros nas partidas internacionais tem sido superior aos das chegadas”, acrescenta.

Infraero

Os 17 aeroportos administrados pela estatal Infraero devem receber 625.204 passageiros, no período de 15 a 20 de junho. O número é 137% maior que o movimento do ano passado, quando 263.279 pessoas embarcaram e desembarcaram nestes terminais, entre os dias 2 e 7 de junho, momento em que a segunda onda de covid-19 ainda se abatia sobre o país. Estão previstos também 4.595 pousos e decolagens no período, 112% a mais que os 2.169 voos realizados em 2021.

A projeção foi elaborada a partir das programações informadas pelas empresas aéreas e comparou o estimado para 2022 com o mesmo feriado de 2021. No Aeroporto Santos Dumont, na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, estão previstos mais de 1,4 mil voos e circulação de 187.101 passageiros.

Já no Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, também administrado pela Infraero, são esperados 2.206 voos e uma movimentação de mais de 321 mil passageiros. Este é o segundo terminal mais movimentado do país, atrás apenas de Guarulhos.   

Informações sobre viagens, direitos e responsabilidades do passageiro e da companhia aérea podem ser consultadas nas orientações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A página traz informações sobre oferta e compra de passagem, documentos para embarque, orientações em caso de atraso, cancelamento e preterição, acessibilidade, entre outras.

Edição: Denise Griesinger

Fonte: EBC Geral

Comentários do Facebook
Continue lendo
Propaganda
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Ação Social

No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

Publicados

em

Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA