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Museus têm programação para o feriado de aniversário de São Paulo

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Hoje (25), feriado do aniversário da cidade de São Paulo, museus, bibliotecas, oficinas culturais e fábricas de cultura 4.0 terão sua programação ampliada para que os paulistanos aproveitem o dia de folga.

Com os horários diferenciados, as instituições culturais oferecerão exposições, apresentações, shows, oficinas, exibições de mágicas, workshop aberto de dança e atividades que visam ensinar palavras em línguas indígenas. Só estarão fechados o Museu da Diversidade Sexual, a Sala São Paulo e a Oficina Cultural Alfredo Volpi.

O Museu do Futebol terá apresentação musical com o grupo Groove 011, com mostra de samba rock, incluindo bate-papo contando a história, importância e sua resistência enquanto movimento preto paulistano.

A apresentação será seguida de aula demonstrativa e discotecagem ao vivo, com participação inclusiva do público. No mesmo local, haverá oficina de slackline com o atleta campeão mundial Alisson Ferreira e o grupo Rebricando com contação de história com o tema “Todo mundo pode jogar“, para crianças e adolescentes. A entrada é gratuita. Mais informações.

Flâmulas

No Museu da Língua Portuguesa haverá a Estação Férias – nossas palavras são flâmulas, com a apresentação do Coral Mirim Guarani, além de oficinas que visam ensinar palavras em línguas indígenas de forma lúdica.

A ação está ligada à exposição temporária Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação, que fala sobre línguas e culturas dos povos originários do Brasil, em cartaz no museu até abril. Entrada grátis. Mais informações.

No Museu da Casa Brasileira, a mostra “Remanescentes da Mata Atlântica & Acervo MCB” tem o objetivo de estimular a reflexão sobre a transformação da floresta brasileira, passando pela exuberância das árvores de grande porte até o desaparecimento de espécies.

Há ainda a atividade “Casa na Praia”, aberta a todos os públicos. Ela tem como missão levar a praia para o jardim do museu, convidando o público a construir essa praia juntos, confeccionando elementos desse cenário. As famílias poderão sentir a areia nos pés. A participação é gratuita, mediante inscrição pelo site museu. Mais informações.

No Museu das Culturas indígenas haverá contação de histórias com Daniel Munduruku, além de música e pintura corporal com os Mestres de Saberes Indígenas do Museu das Culturas Indígenas, e brincadeiras xinguanas, além de uma roda de conversa, a partir do livro “Crônicas de São Paulo”. A entrada não será gratuita, mas a participação nas atividades, sim. Mais informações.

Arte Sacra

O Museu de Arte Sacra de São Paulo terá a primeira visita patrimonial para explorar a arquitetura do complexo da Luz e o protagonismo do edifício no desenvolvimento da região em que se encontra, além de refletir sobre as possibilidades técnicas empregadas no período colonial e suas funcionalidades na contemporaneidade. Entrada gratuita. Mais informações.

O Museu da Imigração promove uma visita a espaços ligados à história da imigração com o público conhecendo lugares de memória relacionados aos processos migratórios de diferentes décadas e a herança cultural e patrimonial deixada por esses movimentos.

Os destaques são a imigração italiana, libanesa, espanhola e boliviana. O passeio começa na antiga Hospedaria de Imigrantes do Bráse e totaliza um percurso de 25km em uma van disponibilizada pelo Museu. Mais informações.

Outra atividade convidará os visitantes a conhecerem os sambas dos compositores Adoniran Barbosa, Geraldo Filme e Toinho Melodia. A partir das composições, acontecerá um bate-papo sobre as transformações e as problemáticas da Terra da Garoa. A ação será voltada para o público acima de 12 anos. Não há necessidade de inscrição prévia, sendo que as vagas serão limitadas e por ordem de chegada.

No Museu Catavento, o Espetáculo teatral Perigo invisível mostra que o perigo à saúde nem sempre é visível, como os vírus, bactérias, fungos e como são importantes os bons hábitos de higiene na prevenção de doenças, além de números de mágicas. Mais informações.

No Museu da Imagem e do Som (MIS) serão exibidas as obras em grafite “Grandes Personalidades Negras” que homenageiam 81 artistas negros, como o Emanoel Araujo, artista e idealizador do Museu Afro Brasil, falecido em 7 de setembro de 2022. Também, serão exibidos os filmes: “O Enfermeiro” e “Oriundi”, de Paulo Autran. Mais informações.

Fotografia

No Paço das Artes, a mostra comemorativa Nova Fotografia 10 Anos, realizada em parceria com o MIS, exibe 60 trabalhos de fotógrafos contemplados pela convocatória do MIS, que se distinguem pela qualidade e inovação. O visitante poderá conferir, por exemplo, a realidade dos palestinos e israelenses em Tel Aviv, Jerusalém, apresentada em “Entre muros e ideias”, de Marcos Muniz. Mais informações.

Na Pinacoteca de São Paulo será exibida a exposição “Pelas ruas: vida moderna e experiências urbanas na arte dos Estados Unidos. 1893-1976”, com 150 obras de 78 artistas, dentre eles, reconhecidos nomes da arte norte-americana, como Andy Warhol, Edward Hopper. Entrada será gratuita.

No Memorial da Resistência de São Paulo, a exposição “Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência” apresenta ao público um panorama histórico de mais de um século de lutas por direitos da população negra no estado de São Paulo, abrangendo o período de 1888 até os dias de hoje. Mais informações.

O Museu Afro Brasil Emanoel Araujo traz a exposição Mestre Didi – Deoscoredes Maximiliano dos Santos, que conta com 42 esculturas do artista plástico, escritor e sacerdote baiano e afro-brasileiro que colaborou com a difusão da cultura dos povos africanos. E, também, tem a exposição de longa duração do acervo do Museu Afro Brasil Emanoel Araujo. Entrada gratuita. Informações. Para informações sobre outros museus basta acessar.

Edição: Kleber Sampaio

Fonte: EBC Geral

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Ação Social

No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

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Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

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