Distrito Federal
FAC Multicultural tem categoria para primeiros inscritos
O edital do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) Brasília Multicultural contará com categoria exclusiva para primeiros inscritos. Com recursos de R$ 53,6 milhões em pelo menos 802 projetos vai oferecer, ainda, vagas para pessoas com deficiência (PcD) e oportunidade para aqueles que não tiveram acesso ao fundo anteriormente.
Dividido em duas subcategorias – FAC em Rede e Projeto Livre –, o Meu Primeiro FAC oferece R$ 5 milhões a 95 novos projetos culturais, de acordo com previsão da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Acesse na íntegra a Categoria Meu Primeiro FAC.
As vagas para a subcategoria Projeto Livre destinam-se a pessoas físicas e jurídicas. Já o FAC em Rede é direcionado somente a PJ (Pessoa Jurídica) e deve apresentar uma iniciativa de execução conjunta, para unir segmentos culturais e de território, composta por, no mínimo, três entidades que terão as funções de coordenadores, diretores e produtores do macroprojeto.
“Eu acho superinteressante esse edital porque o intuito dele é de contemplar quem nunca foi contemplado” Felipe Portilho, pianista de Brasília
Mel da Terra
Felipe Portilho, pianista de Brasília, é um desses artistas que tiveram o acesso dificultado ao FAC devido à concorrência. Com essa oportunidade, o músico pretende submeter à seleção do Fundo um projeto em homenagem ao seu pai, Remy Portilho, falecido em 2020 em decorrência de um câncer no sistema nervoso central. Remy foi um dos integrantes da banda brasiliense Mel da Terra.
“Eu acho superinteressante esse edital porque o intuito dele é de contemplar quem nunca foi contemplado. É realmente muito importante usar o dinheiro público da melhor maneira possível e de uma maneira mais justa, distribuindo melhor a verba.”, diz Felipe.
Inclusão e acessibilidade
Um dos editais mais democráticos da história do FAC inclui o anticapacitismo como temática central. O texto garante vagas exclusivas para PcDs em projetos autorais. Também atribui pontuação aos proponentes que incluírem a contratação dessa força de trabalho para atuar em diversas áreas da produção cultural. Outra inovação é a obrigatoriedade de estruturas físicas e logísticas acessíveis às pessoas com mobilidade reduzida.
“Resolvemos pontuar os critérios que tratam de acessibilidade. Dessa forma, o projeto não apenas precisa tê-los. Quanto mais tiver melhor será avaliado” João Moro, subsecretário de Fomento e Incentivo Cultural
Desse modo, o proponente deve oferecer instrumentos facilitadores – ajudas técnicas e tecnologias assistivas voltadas para os PcDs. Entre esses estão o uso de intérpretes, acessibilidade arquitetônica, oralização, leitura labial, audiodescrição, elevadores, braile e legendas em português. Projetos que não atendam a essas especificidades serão desclassificados.
O subsecretário de Fomento e Incentivo Cultural, João Moro, explica que um edital que atenda a todos de forma inclusiva era um pedido recorrente. Antes, aponta, os textos apenas sugeriam ações que se preocupassem com essa população. Agora é um fator eliminatório. “Resolvemos pontuar os critérios que tratam de acessibilidade. Dessa forma, o projeto não apenas precisa tê-los.. Quanto mais tiver melhor será avaliado”, esclarece Moro.
Registro no Ceac
Para submeter um projeto ao FAC em Rede, o agente cultural proponente deve possuir, no mínimo, dois anos de registro no Cadastro de Entes e Agentes Culturais do Distrito Federal (Ceac). No caso do Projeto Livre, o registro pode ser novo. No entanto, é preciso que não tenha celebrado termo de ajuste com o FAC anteriormente.
Para concorrer às vagas exclusivas de PcD, é necessário apresentar laudo médico emitido há menos de três anos. Em função da pandemia de covid-19, os projetos devem prever data para realização a partir de janeiro de 2022.
A Secec promove live para tirar dúvidas sobre a categoria Meu Primeiro FAC nesta sexta-feira (14), às 17h, em seu canal do YouTube. Acompanhe e fique por dentro de todas as etapas do edital.
Como se inscrever
As inscrições ocorrem por meio do sistema eletrônico. Os projetos culturais devem ser enviados com toda a documentação obrigatória de 14 de maio até as 18h do dia 18 de junho de 2021.
Quem ainda não regularizou o Cadastro de Entes e Agentes Culturais (Ceac) e deseja inscrever projetos no edital FAC Brasília Multicultural tem até esta quinta-feira (13.05) pra efetuar inscrição ou renovar o cadastro.
O Edital n° 6/2021 e o Anexo II da Categoria Meu Primeiro FAC, bem como demais anexos do edital estão disponíveis na íntegra no site da Secec e no site do FAC.
*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
Distrito Federal
Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental
No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.
No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.
Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.
Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.
“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental
A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.
O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.
*Com informações do Brasília Ambiental
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