Cidades

Estudo avalia ataque secundário em crianças e adolescentes

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O estudo intitulado “Secondary household transmission of Sars-CoV-2 among children and adolescents: Clinical and epidemiological aspects” produzido pela Universidade Federal de Goiás (UFG) avaliou entre os meses de março e outubro de 2020 a taxa de ataque secundário em 267 crianças e adolescentes de 5 a 19 anos contactantes domiciliares de trabalhadores de atividades essenciais infectados pelo Sars-CoV-2, descrevendo dados clínicos e epidemiológicos associados.

Os pesquisadores observaram que uma em cada quatro crianças e adolescentes foram positivas para o Sars-CoV-2. Os sinais e sintomas clínicos que foram preditores da covid-19 na amostra foram febre, congestão nasal, diminuição do apetite, náusea, diminuição do paladar e do olfato. Verificou-se ainda que famílias que possuíam mais de um adulto infectado no domicílio, apresentaram maior transmissibilidade do Sars-CoV-2 para crianças e adolescentes.

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Os resultados contribuem para a hipótese de que, durante um período de distanciamento social e fechamento de escolas, crianças e adolescentes não foram fontes importantes de transmissão da Sars-CoV-2 no ambiente domiciliar; embora sejam suscetíveis à infecção no domicílio por meio do contato com adultos infectados.

O estudo faz parte do projeto Tenda Triagem Covid-19 da Faculdade de Enfermagem da UFG que apresenta o objetivo geral de realizar a triagem, diagnóstico e acompanhamento de trabalhadores de atividades essenciais, como profissionais de saúde e segurança pública, com sintomas da covid-19. O projeto, que se encontra atualmente em seu formato itinerante, já realizou mais de 7 mil testes moleculares no seu público-alvo. Inicialmente planejado para atender adultos, o projeto passou a incluir crianças e adolescentes contactantes dos casos positivos em parceria com o Departamento de Pediatria da UFG.

Estudos na população infantil

O aumento do número de casos de adoecimento entre trabalhadores de atividades essenciais, como as da área da saúde, tem sido um dos aspectos relevantes na epidemiologia da covid-19 e evidencia o risco ocupacional de infecção pelo Sars-CoV-2. A preocupação com a ocorrência de transmissão secundária desses profissionais para outras pessoas da comunidade, incluindo seus núcleos familiares, passou a ser objeto de estudo em diferentes locais durante a pandemia.

Outros estudos relataram resultados similares, mas ainda são poucos no mundo. Em Wuhan, o primeiro epicentro de covid-19 no mundo, crianças e adolescentes de 6 a 19 anos eram suscetíveis à infecção pelo Sars-CoV-2 em suas casas, na presença de um caso primário; com taxa de ataque secundário de 10,8% para o período avaliado (Lancet Infect Disease, 2021). Um estudo em Cingapura relatou transmissão secundária do Sars-CoV-2 de um adulto para uma criança de contato domiciliar em 5,2% das famílias avaliadas (J.Pediatr., 2020). No Brasil, estudo multicêntrico constatou que 39% das 79 crianças internadas em unidade de terapia intensiva (UTI) por causa da covid-19 tiveram contato com casos suspeitos, sendo 87% dos casos procedentes do ambiente domiciliar (J.Pediatr., 2020).

O estudo publicado poderá contribuir para políticas públicas e adoção de medidas de prevenção da infecção pelo Sars-CoV-2 em crianças e adolescentes no Brasil.

Projeto Tenda

Publicação

O estudo foi publicado no dia 12 de outubro na revista Pediatric Pulmonology, uma das mais prestigiadas publicações científicas do mundo na área da pediatria. O trabalho liderado pela Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás, também envolveu diversas outras unidades: Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) e Instituto de Ciências Biológicas (ICB). A Faculdade de Farmácia e o Hospital das Clínicas (HC)/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) também colaboraram no projeto.

O texto é assinado pela professora Claci F.W. Rosso, diretora da FEN/UFG e coordenadora do projeto de extensão e pelo professor Rafael A. Guimarães, coordenador científico e da pesquisa. Também é assinado pelos pesquisadores Eliane T. Afonso, Solomar M. Marques, Lusmaia D. C. Costa, Patrícia M. Fortes, Fernanda Peixoto, Danielli C. Bichuetti-Silva, Natália D.A. Aredes, Faétila dos S. Oliveira, Fabíola S. Fiaccadori, Menira B. de L.D. e Souza, Elisângela de P. Silveira-Lacerda, Gabriela S. Bazilio, Clayton L. Borges, Juliana A.P. Rocha, Alessandra V. Naghettini e Paulo S.S. da Costa.

Para acessar o estudo completo basta acessar o link

Informações para a imprensa

Secretaria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás (Secom UFG)

E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Site: https://secom.ufg.br/ 

Fonte: Governo GO

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Ação Social

Agehab começa construção de casas a custo zero em 43 novos municípios

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Ordens de serviço para início das primeiras obras já estão assinadas. São mais 1,7 mil moradias nos próximos meses com investimento de R$ 310 milhões

O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Habitação (Agehab) e da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), dá início ainda este mês às obras de mais 1,7 mil casas a custo zero, em 43 novos municípios (confira lista abaixo). As moradias devem ser entregues nos próximos meses. As ordens de serviço (OS’s) para os primeiros 15 canteiros de obras já estão assinadas, o que significa liberação imediata para as construtoras iniciarem os trabalhos.

Em maio, vão ser assinadas outras 18 ordens de serviço e mais 10, em junho. De acordo com o presidente da Agehab, Alexandre Baldy, o volume do trabalho realizado hoje pela Agência é histórico, já que nunca antes na trajetória das políticas públicas estaduais de habitação foram construídas tantas unidades habitacionais. “O mais significativo é que a gestão Ronaldo Caiado chegou a um número inédito de unidades a custo zero e com qualidade. Qualquer cidadão que visitar um dos nossos canteiros poderá observar o alto padrão em que estão sendo empregados os recursos do contribuinte goiano”, destaca o gestor.

Baldy ressalta também que estes resultados se alinham com a determinação do governador de ampliar e facilitar o acesso às políticas de habitação de interesse social de Goiás especialmente para a famílias que mais precisam. “Tanto o governador como a primeira-dama Gracinha Caiado, que é a coordenadora do Goiás Social, fizeram do atendimento social no Estado uma prioridade”, sublinha.

Para o secretário da Infraestrutura, Pedro Sales, todos os esforços estão focados nesses objetivos com uma preocupação adicional: atender todos os municípios goianos, contribuindo assim para o desenvolvimento de todas as regiões. “É uma diretriz da gestão Caiado estar presente em todos os cantos de Goiás com atendimentos sociais, entre os quais está inserida a habitação”, frisa. Com essas novas moradias a custo zero, iniciadas agora, lembra o secretário, estão sendo injetados na economia goiana mais de R$ 310 milhões de investimentos, provenientes do Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás (Protege).

Com estes novos municípios, o programa Pra Ter Onde Morar – Construção/Casas a Custo Zero teve um crescimento de mais de 10%, expandindo sua presença de 130 para 144 cidades atendidas pelo programa, que passa a alcançar 58% dos 246 municípios que integram o Estado. Além disso, houve um aumento de aproximadamente 22% na quantidade de unidades habitacionais contratadas.

Para ser atendido, o município precisa propor ao Estado a cessão de terreno regularizados para a construção das unidades. “O Governo de Goiás quer atender todos, sem exceção. Basta que os prefeitos entrem na parceria com a Agehab, oferecendo os espaços urbanos regularizados para a construção das unidades”, salienta Alexandre Baldy.

Novos canteiros de obras:
Água Limpa, Bela Vista de Goiás, Bonópolis, Bom Jardim, Buriti Alegre, Caiapônia, Carmo do Rio Verde, Cezarina, Cristianópolis, Cromínia, Cumari, Diorama, Estrela do Norte, Faina, Formoso, Goiandira, Hidrolândia, Itauçu, Itapaci, Jataí, Jaupaci, Jesúpolis, Matrinchã, Mutunópolis, Nova Crixás, Novo Brasil, Novo Gama, Novo Planalto, Padre Bernardo, Quirinópolis (Módulo III), Quirinópolis (Módulo IV), Rubiataba, Santa Fé de Goiás, Santa Rita do Novo Destino, São Domingos, São Luís dos Montes Belos, Silvânia, Taquaral de Goiás, Turvelândia, Uruana, Vianópolis, Vila Boa, Vila Propício.

Fotos: Octacílio Queiroz / Agência Goiana de Habitação – Governo de Goiás

 

 

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