Saúde

Estado de São Paulo altera regras da quarentena

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O governo de São Paulo mudou parte das regras do plano de quarentena contra o novo coronavírus no estado. O anúncio feito nesta sexta-feira (8) permite que mais serviços mantenham-se abertos durante a Fase Laranja – uma das mais restritivas -, mas endurece os indicadores para a reclassificação nas etapas de maior flexibilização.

O chamado Plano São Paulo de quarentena contra o coronavírus tem quatro etapas de classificação – vermelha, laranja, amarela e verde – da mais restritiva para a de maior flexibilização. Segundo a classificação apresentada hoje, 90% da população do estado está em regiões classificadas na Fase Amarela. Apenas quatro regiões estão na Fase Laranja: Presidente Prudente, Marília, Sorocaba e Registro. As três últimas estavam na Fase Amarela e regrediram devido à piora dos indicadores.

Para serem classificadas na Fase Laranja, as cidades precisam, agora, ter um índice de ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) de até 70%, e não mais 75%. O governo também passou a considerar o número de casos por 100 mil habitantes como um dos indicadores para determinar a fase de cada município na quarentena. Para chegar à Fase Verde, é preciso, em 15 dias, ter até 3 mortes por 100 mil habitantes e 30 internações na mesma proporção.

Casos e mortes

Nesta semana, o número de novos casos de covid-19 no estado aumentou 34%, com a contaminação de 9.441 pessoas. Atualmente, 5.060 pacientes contaminados com a doença estão internados em UTIs, com a ocupação de 63% desse tipo de leito em todo o estado. Até o momento, foram registradas 48.029 mortes por covid-19 em São Paulo.

Restrição a bares

Com as mudanças no plano, os parques estaduais e todas as atividades permitidas na Fase Amarela agora também podem funcionar na Fase Laranja. O atendimento presencial em bares, no entanto, é proibido nos municípios classificados na etapa laranja e com limite de horário até as 20h na amarela.

Em todos os setores, a ocupação dos estabelecimentos autorizados a funcionar é limitada a 40% da capacidade na Fase Amarela e entre 20% e 40% na laranja. Os empreendimentos podem permanecer abertos por até 10 horas diárias na primeira e entre 4 e 8 na segunda fase.

O coordenador executivo do Centro de Contingência covid-19, João Gabbardo, disse que as mudanças partem de uma avaliação de que o funcionamento de determinadas atividades com protocolos de controle tem menos impacto na disseminação do vírus do que o lazer e a circulação no período noturno, especialmente em bares e restaurantes. “Nós aprendemos nessa epidemia que o problema não são os ambientes controlados. O aumento da transmissibilidade ocorre nos bares, no lazer noturno, nas atividades que ocorrem à noite, nas baladas, nas festas, nas comemorações”, enfatizou.

Vacinação

O secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, informou que está mantido o início da vacinação contra o novo coronavírus no estado para o dia 25 de janeiro. De acordo com o secretário, o planejamento da imunização em São Paulo ocorre em complemento à estratégia nacional.

“Pelo recrudescimento da pandemia, nós não podemos aguardar”, ressaltou Gorinchteyn, ao descartar a possibilidade de que o estado deixe para começar a vacinação em sintonia com o restante do país. “Nós entendemos, por uma questão federativa, que cada um dos estados tem a prerrogativa de estar protegendo a sua população.”

O Instituto Butantan deve fornecer, até abril, 46 milhões de doses da vacina para serem usadas em todo o território nacional.

Segundo o secretário, o Instituto Butantan enviou, na manhã de hoje, à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido de autorização temporária para uso emergencial da vacina CoronaVac.

Gorinchteyn disse que o relatório completo com os estudos que embasam o pedido tem cerca de 10 mil páginas e que, após a análise da Anvisa, o material será disponibilizado para o público em geral.

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Saúde

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Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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