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Comissão de Segurança Pública

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A Comissão de Segurança Pública (CSP) da Assembeia Legislativa de Goiás (Alego) avaliou 20 projetos, ao longo do primeiro semestre de 2021. Apenas três receberam relatórios contrários e foram rejeitadas pelo colegiado. Todas as demais obtiveram parecer favorável aprovado e aguardam entrada na primeira fase de votação plenária. Em razão das medidas de segurança adotadas pela Casa para a contenção da pandemia, as reuniões deliberativas seguiram sendo realizadas de forma remota. 

Dentre as matérias aprovadas, estão projetos que defendem os direitos das mulheres, crianças e idosos, medidas de combate à covid-19 e melhorias no sistema prisional. Para o presidente do colegiado, o deputado Delegado Eduardo Prado (DC), ainda merecem destaque as discussões acerca da aprovação da PEC da Polícia Penal (Emenda Constitucional n° 68) e do requerimento que decretou prioridade na vacinação contra covid-19 para as forças de Segurança Pública do estado de Goiás.

Em razão das restrições impostas pela pandemia, o colegiado informa ter ficado impossibilitado de realizar audiências públicas e outras atividades presenciais previstas nas suas atribuições regimentais. Mas informa ter promovido, virtualmente, três reuniões ordinárias, neste primeiro semestre.

“Para garantir o pleno funcionamento dos trabalhos, esta Comissão adaptou as suas atividades de forma a respeitar as regras de distanciamento social, mas ainda mantendo a qualidade do debate legislativo. Como resultado, o colegiado realizou um intenso trabalho virtual neste período, avaliando um número recorde de projetos e contribuindo, assim, para a aceleração de pautas importantes em favor da Segurança Pública no estado”, informa o texto do relatório que divulga o balanço semestral do referido grupo temático.

Dentre os assuntos prioritários da pauta, estava o projeto n° 2145/20, que propõe medida de auxílio no combate à covid-19. De autoria do deputado Gustavo Sebba (PSDB),  a matéria visa obrigar o Estado a proporcionar condições para que os reeducandos das penitenciárias goianas produzam máscaras cirúrgicas e equipamentos de proteção individual (EPI). A propositura recebeu a aprovação do colegiado, a partir do relatório favorável do deputado Wilde Cambão (PSD).

Outra matéria de destaque é a que propõe melhorias no sistema prisional. Protocolada sob o n° 2534/20, a propositura dispõe sobre a colocação de telas de proteção em espaço aéreo nas unidades prisionais. Assinada pelo ex-deputado Diego Sorgatto, o projeto contou igualmente com o relatório favorável de Wilde Cambão e também foi aprovado pelo colegiado.

Informações mais detalhadas sobre os trabalhos da Comissão e seus respectivos canais de interação com a sociedade, podem ser acessadas clicando aqui.  

Proteção a minorias

Os projetos que visam assegurar direitos de proteção à minorias contra violências foram maioria entre os assuntos deliberados e beneficiam principalmente as mulheres. Ao todo, 10 matérias sobre o tema foram discutidas e tiveram seus relatórios devidamente aprovados pelo colegiado, ao longo dos trabalhos do primeiro semestre. Crianças e idosos foram especialmente contemplados em três dessas proposituras. 

Seguindo ordem cronológica de tramitação, a mais antiga é referente ao processo n° 1809/19, de autoria do deputado Henrique Arantes (PTB) e relatada pelo deputado Major Araújo (PSL). A medida visa reduzir o número elevado de casos de assédio sexual no Estado e facilitar a punição de assediadores, a partir da criação de aplicativo para denúncias. Ela teve o relatório favorável aprovado pelo colegiado. 

Na sequência vem o projeto n° 5447/19, de autoria do deputado Paulo Trabalho (PSL). A matéria visa capacitar agentes das empresas de transporte público para difusão da Lei Maria da Penha. Ela recebeu o relatório favorável com emenda da deputada Delegada Adriana Accorsi (PT) e também foi aprovada pela CSP. Aguarda agora a primeira fase de votação plenária. 

O rol de matérias aprovadas inclui, ainda, a propositura do deputado Gustavo Sebba (PSDB) protocolada sob processo de nº 6373/19. O projeto de lei, que defende a obrigatoriedade da comunicação, aos órgãos de segurança pública, de quaisquer ocorrências de violência doméstica e familiar ocorridas em condomínios residenciais, recebeu o relatório favorável do deputado Wilde Cambão (PSD) e também aguarda a primeira fase de votação plenária.

Acatando o parecer emitido pelo relator Humberto Teófilo (PSL), o processo de n° 7859/19 foi rejeitado pelo colegiado. Na propositura, o deputado Karlos Cabral (PDT) defende que mulheres vítimas de violência sejam atendidas por policiais do sexo feminino. 

Já outro processo que recebeu a aprovação do colegiado foi o de n° 1985/20, de autoria da deputada Lêda Borges (PSDB). A matéria, que obriga a fixação de cartazes para denúncias de violência e assédio contra mulheres, crianças, adolescentes e idosos, nos veículos de transporte por aplicativos e outros meios similares, contou com o parecer favorável do deputado Humberto Teófilo. 

Também foi rejeitado pela CSP o projeto de n° 2017/20, que visa tornar obrigatória a abertura de conta bancária para a arrecadação de fundos destinados a tratamentos de saúde de menores, idosos, incapazes e pessoas hipossuficientes. Assinada pelo deputado Vinícius Cirqueira (Pros), a matéria recebeu o parecer contrário do relator, o deputado Major Araújo (PSL).

O processo n° 2295/20 recebeu o relatório favorável da deputada Adriana Accorsi (PR) e também esteve entre as matérias aprovadas pelo colegiado. De autoria do ex-deputado Diego Sorgatto, o projeto visa explicitar a divulgação referente ao direito de atendimento prioritário de que dispõem crianças, adolescentes e conselheiros tutelares nas delegacias de Polícia e Institutos Médicos Legais. 

Foi igualmente validado pelo colegiado, o relatório favorável do deputado Humberto Teófilo ao processo n° 2317/20. Na matéria, o deputado Major Araújo defende a instituição de bolsa para aquisição de arma de fogo a ser utilizada por mulheres vítimas de violência.

O processo n° 2834/20 também esteve entre as matérias aprovadas. De autoria da deputada Delegada Adriana Accorsi, a propositura visa instituir a CNH Feminina, no rol dos beneficiados pelo Programa Estadual da CNH Social. O projeto contou com o parecer favorável do relator Humberto Teófilo. 

Por fim, foi rejeitado ainda o processo n° 3488/20, também de autoria da deputada Delegada Adriana Accorsi. A matéria dispõe sobre a remoção, a pedido da servidora pública, independentemente do interesse da administração, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher. O projeto recebeu o parecer contrário do deputado Major Araújo. 

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Política

“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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