Distrito Federal

Categoria LGBTQIA+ é incluída no cadastro de agentes culturais

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Aberta ao diálogo com diversos setores e artistas da Cultura LGBTQIA+, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) percebeu a necessidade de criar políticas públicas inclusivas aos segmentos de diversidade de gênero, principalmente para formalizar e estimular a criação de mais carreiras culturais na área.

Desse modo, a pasta ampliou as perspectivas desses artistas, com a inclusão da categoria no Ceac (Cadastro de Entes e Agentes Culturais), a partir da publicação da Portaria nº 54/2021, na terça-feira passada (4) . A categoria reúne representantes de movimento político e social que defende a luta por mais igualdade e respeito à diversidade.

Portaria da Secretaria de Cultura é comemorada por artistas da cultura LGBTQIA+ (Foto tirada antes da pandemia) | Foto: Divulgação / Secec

“O que estamos fazendo é alinhá-los com a política pública de acesso sem qualquer distinção” Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura

A respeito da publicação da portaria, o secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, fez o seguinte comentário: “No caso específico dos agentes LGBTQIA+, é também uma luta contra o preconceito, a invisibilidade e todas as formas de exclusão que esses artistas sofrem ao longo do tempo. O que estamos fazendo é alinhá-los com a política pública de acesso sem qualquer distinção”.

Carolina Ribeiro, mulher trans, jornalista e produtora cultura de Planaltina | Foto: Divulgação / Secec

Cultura, dignidade e respeito mútuo

Carolina Ribeiro, mulher trans, jornalista e produtora cultural de Planaltina, afirma que, com a alteração no Ceac, as pessoas LGBTQI+ possuem mais chances de sair da informalidade, situação vivida por muitos no país.

“Agora somos reconhecidas como profissionais da cultura. Em um país que lidera o ranking de mortes e vulnerabilidade de pessoas trans, fomos finalmente abraçadas como um segmento que faz um trabalho sério na arte e cultura”, celebra.

Marco

Presidente do coletivo cultural Distrito Drag, Ruth Venceremos considera a Portaria 54 um marco histórico e uma conquista importante, pois se trata de um reconhecimento por parte do poder público da existência do fazer artístico e vivências culturais.

“Essa inclusão permitirá o mapeamento dos e das profissionais que compõem essa arte que se consolidou como área própria de atuação, e com isso fortalecerá uma rede de produção, circulação e difusão das manifestações culturais e artísticas de pessoas LGBTQIA+”, celebra a Drag Queen.

“Hoje, todos os artistas contemplados com a inclusão no Ceac estão em festa. Estamos dispostos a sempre colaborar com a cultura em todos os lugares do Distrito Federal” Baby Brasil, produtora cultural e moradora do Gama

Ruth lembra que, no próximo dia 17, é celebrado o Dia de Combate à LGBTfobia, e “começar esse importante mês com essa incorporação de nova área no Ceac é uma forma de fortalecer políticas afirmativas, tirando da invisibilidade centenas de artistas e profissionais LGBQIA+”.

Artista Drag Queen e produtora cultural há 18 anos, Baby Brasil é moradora do Gama e sempre atuou em prol da cultura LGBTQIA+ no Distrito Federal. Ela considera a inclusão dos artistas de seu segmento um grande avanço e o resultado de um diálogo de articulação junto à Secec.

“Estou imensamente satisfeita, pois por meio do Ceac poderemos acessar mais políticas do governo, que tem, sim, se disponibilizado em incluir sempre a pauta da diversidade. Hoje, todos os artistas contemplados com a inclusão no Ceac estão em festa. Estamos dispostos a sempre colaborar com a cultura em todos os lugares do Distrito Federal”, arrematou a drag.

FAC Brasília Multicultural

A Portaria nº 54/2021, no Diário Oficial do Distrito Federal, na prática, inclui ainda artistas e grupos de circos itinerantes de lonas, profissionais da arte técnica (backstage) e de gastronomia no Ceac.

Nesse sentido, esses artistas poderão, a partir do cadastramento no Ceac, inscrever projetos segmentados nos editais do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC) e da Lei de Incentivo à Cultura (LIC).

Com a alteração da portaria, os artistas LGBTQIA+ podem tirar o Ceac dentro da própria categoria e se inscrever no FAC Brasília Multicultural, publicado na sexta-feira passada (30), desde que apresentem os documentos até o dia 13 de maio para análise em tempo hábil de concorrer ao edital, que estará aberto para receber propostas no período de 14 de maio a 18 de junho.

*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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