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Caminhos da Reportagem focaliza Campanha Gaúcha, o vinho dos pampas

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Dos pampas gaúchos, ressurge uma tradição que veio com os imigrantes para o sul do país: a produção de vinhos. A região da Campanha Gaúcha, na fronteira brasileira com o Uruguai e Argentina, tem se destacado por ser um local quente no verão e com menor volume de chuvas, o que beneficia as uvas viníferas, produzindo vinhos de qualidade.

A equipe do programa Caminhos da Reportagem foi até a região sudoeste do Rio Grande do Sul conhecer os vinhos, produtores e histórias por trás das vinícolas que se destacam no cenário nacional. Os vinhos tintos, brancos e rosé da Campanha Gaúcha receberam o selo de indicação geográfica em 2020, pela qualidade do produto feito na região.

A equipe do Caminhos visitou vinícolas como a Campos de Cima, em Itaqui. O casal Hortência e José Ayub investiram em uvas numa época em que pouco se falava de vinho por ali. “Eu me lembro muito da primeira garrafa de vinho que produzimos, foi como ter um filho nas suas mãos, porque você começa todo o trabalho do nada”, lembra Hortência. José avalia que a presença da vinícola abriu as portas para outros negócios. “Depois que a gente implantou a área de vinho, já tem gente plantando aqui noz pecan e oliveiras”, conta.

Enologia

Em 2006, a Universidade Federal do Pampa (Unipampa) criou o curso de bacharelado em Enologia. Uma aposta que, para a reitora do campus do município de Dom Pedrito, Nádia Bucco, deu certo.“Temos profissionais renomados como professores e isso faz com que os nossos alunos saiam como profissionais de excelência”, afirma. A demanda por enólogos ainda é maior do que a universidade consegue formar.

A Guatambu optou por ser uma vinícola de boutique, com pequenos lotes, limitados e garrafas numeradas.

As vendas, durante a pandemia aumentaram 60%. Uma realidade vista também por outros produtores, como Renê Almazar, co-proprietário da Bodega Sossego. “Na pandemia, teve bloqueio de fronteiras, o dólar ficou alto e as pessoas acabaram tendo acesso ao vinho brasileiro, quase que forçado, porque era o que tinha, mas tiveram uma surpresa muito agradável”, avalia.

A cooperação entre os produtores é essencial. A vinícola Batalha, por exemplo, além da produção dos próprios vinhos e ser aberta ao turismo, também fabrica vinhos para outras marcas. “O produtor traz a uva e nós fazemos o vinho, isso é uma característica muito forte na Campanha Gaúcha, essa parceria entre quem tem uma marca comercial e as vinícolas”, conta.

Essa e outras histórias estarão no episódio “Campanha Gaúcha, o vinho dos pampas”, que vai ao ar neste domingo (18), às 22h, na TV Brasil.

Ficha técnica

Reportagem: Ana Graziela Aguiar

Reportagem cinematográfica: André Rodrigo Pacheco

Auxílio técnico: Marcelo Vasconcelos

Produção: Carol Oliveira e Tiago Bittencourt

Edição de texto: Carina Dourado

Edição: Kleber Sampaio

Fonte: EBC Geral

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Educação

Em função da calamidade no Rio Grande do Sul, Governo adia Concurso Público Nacional Unificado

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A nova data será anunciada quando houver condições climáticas e logísticas de aplicação da prova em todo o território nacional

Em razão da situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul, o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) será adiado em todo o país. A nova data vai ser anunciada assim que houver condições climáticas e logísticas de aplicação da prova em todo o território nacional. O anúncio foi feito na tarde desta sexta-feira, 3 de maio, pela ministra da Gestão e Inovação nos Serviços Públicos, Esther Dweck.

A decisão foi tomada de forma coletiva, após análise das condições no Rio Grande do Sul, em conjunto com a Advocacia-Geral da União (AGU), a Defensoria Pública da União (DPU) e a Procuradoria-geral do Estado do Rio Grande do Sul, além do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). A oficialização da medida foi efetivada a partir de um Termo de Acordo (confira em anexo).

“Essa decisão de adiamento busca garantir a integridade dos participantes, inclusive sua integridade física nas regiões onde seria impossível o deslocamento. Mas é uma integridade em todas as dimensões, preservando a vida das pessoas e também conferindo segurança jurídica ao concurso, que é algo essencial para todo mundo que está prestando concurso”, afirmou Esther Dweck.

A ministra assegurou que nos próximos dias, após a resolução das questões logísticas envolvidas, será anunciada a nova data. “Não temos uma nova data. Eu quero deixar claro que podemos, nas próximas semanas, divulgar a nova data. Nesse momento, toda a questão logística envolvida com a prova não nos permite dar uma nova data com segurança. A gente imagina que algumas semanas, ou até menos, a gente consiga divulgar a nova data”, enfatizou.

A ministra Esther Dweck enfatizou que a solução é a mais segura para todos em todo o país, ao garantir as mesmas chances para todos os candidatos em todos os lugares. “O adiamento reforça o compromisso do governo com a construção de um país melhor, um país mais inclusivo, com respeito ao próximo e a construção de uma democracia com a cara do Brasil. Por isso a gente não pode deixar ninguém de fora”, declarou Dweck.

O governo ouviu a população gaúcha e decidiu pelo adiamento. O Brasil se solidariza com o Rio Grande do Sul neste momento de dificuldades e vai prestar toda ajuda necessária” Paulo Pimenta, ministro da Secom

EMERGÊNCIA – Para o ministro Paulo Pimenta, a decisão, além de garantir isonomia a todos os candidatos, permite ao Governo Federal focar ainda mais os esforços na ajuda humanitária necessária ao Rio Grande do Sul. “O governo federal ouviu a população gaúcha e decidiu pelo adiamento da prova em todo Brasil. O Brasil se solidariza com o Rio Grande do Sul neste momento de dificuldades e vai prestar toda ajuda necessária”, disse.

O ministro afirmou que o foco do Governo Federal está no resgate das vítimas e restabelecimento das condições básicas de infraestrutura, como desobstrução de vias e restabelecimento de serviços essenciais, como energia elétrica e comunicações. Ele destacou que, devido à continuidade das chuvas, ainda não é possível calcular o alcance total dos danos. “Isso é aquilo que chamamos de segunda etapa: trabalho de reconstrução. E esse levantamento dos valores se dará a partir do plano de trabalho apresentado por cada município e pelo estado, mediante homologação da defesa civil”.

Pimenta disse que não há um valor acordado, mas assegurou que o Governo Federal não estabelecerá um limite para os recursos e irá prover o suporte financeiro necessário para a reconstrução das cidades. “O que o presidente Lula afirmou ontem é que não há limite definido. Vamos disponibilizar o recurso necessário para que, nas questões de responsabilidade do Governo Federal, todos os pleitos de reconstrução sejam atendidos”, declarou. Pimenta e o ministro da Integração de do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, voltam neste sábado para o Rio Grande do Sul para instalar um escritório de governo no estado.

ENEM DOS CONCURSOS – Conhecido como Enem dos Concursos por sua abrangência, o Concurso unificado tem mais de 2,14 milhões de inscritos de todas as regiões do país. Eles vão concorrer a 6.640 vagas em 21 órgãos da Administração Pública Federal. Quando remarcadas, as provas devem ocorrer em 228 municípios de todos os estados e no Distrito Federal.

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