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A dupla jornada das mães atletas para vencer desafios

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Os sentimentos de superação, paixão e conquista fazem parte do cotidiano de uma esportista de alto rendimento, mas, também, podem definir o cotidiano da mulher que opta pela maternidade. As duas realidades combinadas costumam ser o grande desafio das mães-atletas, que continuam a se dedicar em alto nível sem deixar de lado as responsabilidades do dia a dia com os filhos. Neste domingo (9), em que se celebra o Dia das Mães, a Secretaria de Esporte e Lazer (SEL) apresenta três histórias inspiradoras.

Luciana Leite Santos Bueno, 32 anos, viu seu mundo mudar após a gestação de Ana Luísa, hoje com 10 anos | Foto: Arquivo pessoal

“Não foi nada fácil combinar as duas carreiras, a de treinar, a de ser atleta, cuidar dos filhos e da casa. Foram os sonhos que realizei, de ser mãe, atleta e advogada. Mas tive ajuda do meu marido e da minha secretária. Houve ajuda, também, da minha família, dos meus irmãos e do meu pai”Gianetti Oliveira de Sena Bonfim, a Gia, corredora de marcha atlética

Tal mãe, tal filho

A primeira brasileira a ganhar uma medalha internacional na marcha atlética, Gianetti Oliveira de Sena Bonfim, a Gia, fez história na modalidade com uma série de triunfos, entre 1996 e 2004, e despertou no filho mais novo, Caio Bonfim, a vontade de seguir os passos da mãe no esporte. Não deu outra: campeão mais de 30 vezes na marcha atlética, entre títulos nacionais e internacionais. Ele parte, no próximo mês, para a sua terceira participação em Jogos Olímpicos.

“Não foi nada fácil combinar as duas carreiras, a de treinar, a de ser atleta, cuidar dos filhos e da casa. Foram os sonhos que realizei, de ser mãe, atleta e advogada. Claro que a gente não realiza nada sozinha, tive ajuda do meu marido e da minha secretária, que trabalhou comigo por 22 anos, desde quando eu estava grávida do Caio. Houve ajuda, também, da minha família, dos meus irmãos e do meu pai”, explica Gia, que ainda conseguiu encontrar tempo para atuar na área de direito. E Caio tem um irmão mais velho.

Para Gianetti, marchar em família é muito mais gratificante. Nessa missão há ainda é destacada a participação do marido e treinador, João Evangelista de Sena Bonfim. Todos fazem parte do Centro de Atletismo de Sobradinho (Caso), em Sobradinho, que tem o intuito de capacitar e treinar crianças, jovens e adultos a se tornar atletas de alto rendimento. Retornando de uma viagem internacional, acompanhando o filho atleta, Gia vai conseguir reunir a família no domingo. “Vamos estar todos juntos em casa, sempre é gostoso, embora todos os dias seja o Dia das Mães”, define.

“Eu tinha que ser forte porque o meu filho precisava de mim com saúde para estar com ele. Minha força maior veio dele, pois queria vê-lo crescer e se tornar um homem realizado. Ele só tinha a mim naquele momento e eu teria que ajudá-lo também a superar essa fase. Quando mudamos para Brasília, estávamos em uma cidade onde não conhecia quase ninguém”Ana Paula Gonçalves Marques, a Ana Gaúcha, paratleta

Mudanças

Para a paratleta Ana Paula Gonçalves Marques, 38 anos, os maiores desafios de sua vida se apresentaram quando seu único filho, André Júnior, completou três anos, e eles ainda moravam em Porto Alegre (RS). Ela sofreu uma tentativa de homicídio, o que a deixou paraplégica, e precisou se adaptar à nova realidade. Em reabilitação no Hospital Sarah Kubitschek, passou uma temporada em Brasília, descobrindo, na cidade, o esporte paralímpico.

“Eu tinha que ser forte porque o meu filho precisava de mim com saúde para estar com ele. Minha força maior veio dele, pois queria vê-lo crescer e se tornar um homem realizado. Ele só tinha a mim naquele momento e eu teria que ajudá-lo também a superar essa fase. Ele sentiu comigo todas as minhas dores. Quando mudamos para Brasília, estávamos em uma cidade onde não conhecia quase ninguém. Só tínhamos um ao outro”, relembra a paratleta Ana Gaúcha, como assina nas redes sociais.

Após passar por diversas modalidades, Ana se encontrou na vela adaptada, onde conquistou o Mundial em 2018, e no halterofilismo, levando o terceiro lugar no ranking brasileiro do mesmo ano. Após uma adaptação difícil nos primeiros anos, André Júnior completou em abril 22 anos e divide o seu tempo entre conversas com a mãe e encontro com amigos. A programação para o Dia das Mães continua indefinida por causa da pandemia. “Vamos ver se pedimos comida em casa ou damos uma volta no parque”, avalia ela, que já viajou pelo Compete Brasília e recebeu o Bolsa Atleta. Ambos programas são geridos pela SEL.

”A vida de atleta é um constante desafio, mas foi por meio dela que consegui muitas coisas”Luciana Leite Santos Bueno, jogadora de futebol

Entre o campo e a maternidade

Já Luciana Leite Santos Bueno, 32 anos, viu seu mundo mudar após a gestação de Ana Luísa, hoje com 10 anos. Antes da gravidez, ela gostava de jogar bola e tinha atuado em clubes como o Cresspom. Quando engravidou, decidiu dar um fim à carreira de esportista. “Não queria mais saber de futebol. Até que meu sogro me incentivou a voltar ao campo, pelo time de Santa Maria, cidade onde moramos. Não queria mais jogar na época por conta da minha filha”, diz a volante.

De volta ao esporte, ela se entregou novamente à paixão futebolística e teve que conciliar a maternidade com o trabalho dentro de campo. “A vida de atleta é um constante desafio, mas foi por meio dela que consegui muitas coisas. Hoje não imagino nem eu nem ela sem essa rotina diária”, completa a jovem que defende o Real Brasília desde 2019 e, com o grupo, sagrou-se campeã candanga, levando o time ao Acesso A2 do Brasileirão e, com o bicampeonato no ano seguinte, ao acesso A1.

Atualmente, Luciana Leite segue uma rotina disciplinada de fisioterapia e academia para a recuperação do joelho direito, após rompimento parcial do ligamento durante uma partida, o que a fez passar por uma cirurgia recentemente. A expectativa é voltar aos treinamentos com força no próximo mês e, em breve, retornar ao trabalho de alta performance, onde viajava o país, sempre acompanhada da filha. Antes disso, o Dia das Mães da jogadora será marcado por um encontro de gerações: de avó, mãe e filha.

*Com informações da Secretaria de Esporte e Lazer

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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