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Mulheres são maioria dos beneficiados por programas do Estado para agricultura familiar

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Iniciativas do Goiás Social de inclusão produtiva, como PAA Goiás, Fomento Rural e Crédito Social, chegam a ter 84% do público feminino

Celebrado nesta sexta-feira (8/3), o Dia Internacional das Mulheres exalta a força e a determinação feminina e mantém viva a luta histórica por mais espaços e direitos em todos os setores. Assim como na cidade, o protagonismo delas no campo é crescente, e já são maioria em programas e ações do Governo de Goiás voltados ao setor rural. É o caso do PAA Goiás, do Crédito Social e do Fomento Rural, que integram o Goiás Social, com gerência da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), em parceria com outros órgãos e entidades, como o Gabinete de Políticas Sociais (GPS).

No último edital do PAA Goiás, 55% das propostas selecionadas foram enviadas por mulheres. De modo semelhante, no último ano, as produtoras rurais também foram maioria nos programas Crédito Social (65% dos beneficiários) e Fomento Rural (84%).

Além disso, as mulheres também marcam presença no Projeto de Fruticultura Irrigada do Vão da Paranã. Para a produtora rural Luciana de Neves, que comanda plantações de maracujá e manga em sua propriedade na região, as mulheres têm um cuidado especial com a produção. “A gente faz a polinização com muito capricho, que é para garantir que as frutas vão nascer”, explica.

Apoio
Ações como o Programa de Aquisição de Alimentos Estadual (PAA Goiás) têm sido fundamentais para impulsionar a produção familiar e o trabalho das mulheres no campo. Os beneficiários – homens e mulheres – recebem apoio financeiro e técnico para desenvolverem suas atividades agrícolas, contribuindo não apenas para o próprio sustento, mas também para o segurança alimentar da população em geral.

Por meio do Crédito Social, representantes de famílias em situação de vulnerabilidade têm acesso a cursos de capacitação profissional em avicultura, horticultura, apicultura e outros segmentos produtivos. Quem preenche os requisitos do programa também recebe repasse de recurso para investir na estruturação das atividades para as quais foram capacitadas.

Já o Fomento Rural, que tem o objetivo de ajudar os beneficiários a conquistar a segurança alimentar e nutricional e superar a situação de pobreza, combina acompanhamento social e produtivo e transferência direta de recursos financeiros não-reembolsáveis, no valor de R$ 4,6 mil, para que as famílias rurais mais pobres desenvolvam seus projetos produtivos.

Titular da Seapa, o secretário Pedro Leonardo Rezende destaca a importância do apoio do Governo de Goiás às mulheres do campo. “As mulheres não apenas compõem a maioria dos beneficiários dos nossos programas, mas também desempenham papel fundamental na produção agrícola. E, neste sentido, o apoio do Governo de Goiás não só reconhece o valor desse trabalho feminino, mas impulsiona o seu potencial para transformar suas comunidades”, destaca.

Foto: Enio Tavares / Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) – Governo de Goiás

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Brasil vai importar arroz para evitar especulação de preços

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Para evitar uma possível escalada no preço arroz, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai comprar o produto já industrializado e empacotado no mercado internacional. A informação foi dada nesta terça-feira (7) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Trata-se de um dos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz.

De acordo com o ministro, perdas na lavoura, em armazéns alagados e, principalmente, a dificuldade logística para escoar o produto, com rodovias interditadas, poderia criar uma situação de desabastecimento, elevando os preços no comércio.

“O problema é que teremos perdas do que ainda está na lavoura, e algumas coisas que já estão nos armazéns, nos silos, que estão alagados. Além disso, a grande dificuldade é a infraestrutura logística de tirar do Rio Grande do Sul, neste momento, e levar para os centros consumidores”, explicou. Os recursos para a compra pública de estoques de arroz empacotado serão viabilizados por meio da abertura de crédito extraordinário.

“Uma das medidas já está sendo preparada, uma medida provisória autorizando a Conab a fazer compras, na ordem de 1 milhão de toneladas, mas não é concorrer. A Conab não vai importar arroz e vender aos atacadistas, que são compradores dos produtos do agricultor. O primeiro momento é evitar desabastecimento, evitar especulação”, acrescentou o ministro. A MP depende da aprovação, pelo Congresso Nacional, de um decreto legislativo que reconhece a calamidade pública no Rio Grande do Sul e, com isso, suspende os limites fiscais impostos pela legislação para a ampliação do orçamento. O decreto, já foi aprovado na Câmara dos Deputados, deve ser votado ainda nesta terça pelo Senado.

Na primeira etapa, o leilão de compra da Conab, uma empresa pública federal, será para 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importados dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia. “Se a gente for rápido na importação, a gente mantém [o preço] estável”, garantiu. O restante, até totalizar 1 milhão de toneladas, será importando conforme a avaliação de mercado. Essa cota ainda poderá ser elevada, se for necessário, assegurou o ministro.

Fávaro explicou que a Conab só deverá revender o produto no mercado interno diretamente para pequenos mercados, nas periferias das cidades, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, para não afetar a relação dos produtores de arroz brasileiros com os atacadistas, que são seus principais clientes. Mais cedo, em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia antecipado a informação de que o país poderia ter que importar arroz e feijão. No entanto, segundo o ministro Fávaro, apenas a importação de arroz será necessária.

O Brasil produz cerca de 10,5 milhões de toneladas de arroz, sendo que entre 7 e 8 milhões vêm de produtores gaúchos. O consumo interno anual, de 12 milhões de toneladas, supera a produção nacional, e o país já costuma importar o grão todos os anos.

Prorrogação de dívidas

O ministro Carlos Fávaro também informou ter se reunido, mais cedo, com representantes da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul e 123 sindicatos rurais para avaliar as demandas do setor frente ao desastre causado pelas chuvas no estado. O titular da pasta da Agricultura adiantou que, a pedido dos produtores, o governo deverá analisar o pedido de  prorrogação imediata, por 90 dias, de todos os débitos do setor.

A prorrogação é do pagamento de parcelas de empréstimos e operações financeiras de custeio e investimentos, contratadas pelos produtores. A medida precisa de aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelos ministérios da Fazenda, do Planejamento e pelo Banco Central. O órgão deverá realizar uma reunião extraordinária nos próximos dias para encaminhar o pleito dos produtores gaúchos.

Edição: Aline Leal / Agencia Brasil

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