Política

Vetada matéria sobre inserção de recém-graduados no mercado de trabalho

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Iniciou tramitação na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) o projeto de lei nº 7580/21, da Governadoria, que veta integralmente o Autógrafo de Lei nº 159, do dia 1º de setembro de 2021. Trata-se do projeto de lei nº 6739/21, de autoria do deputado Maycllyn Carreiro (PRTB), aprovado por 25 votos, que altera a Lei nº 20.918, de 21 de dezembro de 2020, que dispõe sobre a contratação por tempo determinado para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos do art. 92, inciso X, da Constituição do Estado de Goiás.

“Comunico-lhe que, a partir da análise do teor do autógrafo, decidi, no uso da competência a mim conferida pelo § 1º do art. 23 da Constituição do Estado de Goiás, vetá-lo totalmente”, ressalta o governador Ronaldo Caiado (DEM), em mensagem à Alego. Ressalta que o fez, após ouvir manifestações da Secretaria de Estado da Administração (Sead) e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE).

Entre as razões do veto, Caiado coloca que o autógrafo em exame objetiva assegurar a reserva de 20% das vagas dos editais do processo seletivo simplificado de contratação por tempo determinado aos profissionais com até três anos de conclusão da graduação. E frisa que a Sead, órgão a quem a Lei nº 20.491, de 25 de junho de 2019, que dispõe sobre a organização administrativa do Poder Executivo estadual, atribuiu a responsabilidade pela gestão de pessoal, inclusive dos temporários, pronunciou-se desfavoravelmente ao autógrafo referenciado.

Salienta que a Sead argumentou que o candidato que acabou de se graduar e que possui pouca ou nenhuma experiência profissional não se amolda ao perfil traçado legalmente para o atendimento imediato de uma necessidade temporária de excepcional interesse público. “Como a contratação temporária objetiva a garantia da prestação ou da continuidade dos serviços públicos, a reserva de vagas a recém-graduados é incompatível com finalidade desse tipo de admissão de pessoal. A Sead, então, opinou pelo veto total ao autógrafo, por entendê-lo contrário ao interesse público”, enfatiza o Chefe do Executivo.

Caiado acrescenta que a PGE também recomendou o veto total ao autógrafo. “Ela alegou vício de inconstitucionalidade formal subjetiva, com a violação aos arts. 61, § 1º, inciso II, alíneas “a” e “e”, e 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição federal, também às alíneas “b” e “e” do inciso II do § 1º do art. 20 e ao inciso XVIII da Constituição do Estado de Goiás. A PGE afirmou que, a pretexto de conceber política pública, uma proposição parlamentar não pode interferir no campo de autonomia constitucionalmente assegurado ao Poder Executivo, com a fixação de critérios de contratação temporária sob regime administrativo que atingem diretamente a definição dos selecionados para esses ajustes”.

Diz mais o governador: “A PGE ponderou que o projeto não se compatibiliza com a iniciativa reservada ao Governador do Estado para dispor sobre admissão a funções provisórias. Ela explicou que, como modalidade excepcional de admissão no serviço público e exceção ao princípio do concurso público, a contratação por tempo determinado requer compreensão mais restritiva e assertiva quanto ao atendimento da necessidade temporária que a justifica, o que atrai para o Chefe do Poder Executivo a iniciativa de lei sobre tal matéria”.

E conclui:  “Desse modo, por concordar com os pronunciamentos da Secretaria de Estado da Administração e da Procuradoria-Geral do Estado, vetei totalmente o autógrafo em questão. Agi por meio de despacho dirigido à Secretaria de Estado da Casa Civil, inclusive com a determinação de ela lavrar as razões que ora subscrevo e ofereço a esse Parlamento”.

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“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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